APLB promove seminário sobre ensino híbrido e defende diálogo ampliado

A APLB-Sindicato promoveu na manhã desta segunda-feira (28/09), o “Seminário Ensino Híbrido Possibilidades e Desafios”. Um dos objetivos do encontro, que alcançou mais de 7.400 pessoas através de transmissão Ao Vivo pela página do Facebook da APLB, foi o de fortalecer os vínculos com a categoria, além de debater conceitos e ideias importantes acerca de um tema tão importante para o momento. A APLB defende que às discussões acerca do assunto devem ser amplamente debatidas e dialogadas não só com os educadores, mas com a sociedade em geral.

O encontro promovido pela Comissão de Educação da APLB permanecerá gravado e disponível para posteriores consultas na pagina da APLB no Facebook. Acesse AQUI. 

Em sua fala Rui Oliveira coordenador-geral da entidade, parabenizou a Comissão de Educação e a direção da APLB pela iniciativa da abordagem deste tema e avisou que novas discussões sobre o tema serão construídas. “Este seminário é apenas o início de uma grande  discussão. Nós não temos a dimensão  do impacto que este ensino hibrido vai  ter na Educação, mas  não permitiremos que a Educação seja tratada como mercadoria. Temos que fazer uma profunda reflexão já que  os estados e  municípios não estão discutindo. A APLB está presente em mais de 400 municípios do estado da Bahia, por isso vamos tentar acabar com os dois vírus:  o do Covid e do Bolsonaro”, pontuou Rui.

Já a vice-coordenadora Marilene Betros teceu duras críticas ao governo Federal e ao ministério da Educação. Ela lamentou e se solidarizou sobre as perdas de pessoas neste período de isolamento, como a da Professora Clarice e no último sábado, do diretor Genivan Neri, de Vitória da Conquista. Marilene destacou a importância sobre a discussão do tema do seminário. “Estamos no século XXI, era da tecnologia, mas que não houve uma discussão, nem preparação para que nós pudéssemos tratar, com um outro olhar, esta situação que estamos enfrentando e que somos obrigados agora a enfrentar de uma forma açodada na pandemia. Aproveitem, bebam desta fonte da APLB utilizem dessas lives porque é uma formação que a entidade está fazendo”, enfatizou Marilene.

Olívia Mendes, diretora da Comissão de Educação, enfatizou  a importância da discussão das metodologias. “Quando se fala em ensino –aprendizagem  é entender que por detrás do ato de ensinar, educar, existem interesses e muitos deles contemplariam os excluídos. Discutir as metodologias é uma questão central para nós”, concluiu.

Ensino Híbrido

Para abordar a temática foram convidados Jade Cristiano Magalhães (Doutor em Difusão do Conhecimento pela UFBA) e Marcos Túlio Pinheiro (Doutor em Educação pela UFBA). Ambos abordaram o tema de forma bastante ampla destacando os desafios e possibilidades.

Marcos Túlio fez uma abordagem mais panorâmica e destacou que o repensar está acontecendo em várias áreas neste momento tão crítico. Mas que a reestruturação do ato de ensinar deve ser discutida em sociedade. “O desafio é muito grande. A gente se apropriar e reestruturar a nossa vida a partir de uma pandemia de um quadro social restritivo e que não nos permite sustentar as nossas instituições de uma maneira coerente porque estamos sendo desafiados e num momento tão trágico, digamos assim. Essa discussão é algo que emerge com muita força. A apropriação de novas linguagens de novas maneiras de fazer, de ‘novos pensares’ de uma apropriação de um ato comunicativo que nos leva à reflexão do ato de ensinar”, ressaltou.

Jader Cristiano defendeu a composição de um ecossistema para um ensino hibrido com plataformas e outros recurso externos. Com Metodologia e infraestrutura específicas. Durante sua exposição ele fez a revisão de alguns conceitos sobre o ensino híbrido, o emprego das metodologias digitais e a ampliação das discussões. “É importante que se abra estes polos de debates além da dimensão politica, para construir e partilhar estes conhecimentos para que possamos ter maiores debates. Parabenizo a APLB-Sindicato por esta iniciativa”, pontuou.  

NOVOS DEBATES

A diretora Arielma  Galvão mediou o evento e defendeu as políticas públicas.  “Este debate faz parte de um ciclo de estudos. A APLB Sindicato vai continuar com esta luta. Por instrumentos de políticas públicas para que todos e todas estejam incluídos no processo. É importante lembrar  das especificidades da educação. Temos como bandeira a defesa da vida, a bandeira da educação como um direito e o direito da classe trabalhadora”, concluiu Arielma.

A Comissão de Educação da APLB-Sindicato é formada pela diretora Arielma Galvão, Olívia Mendes, Claudenice Santana, Bárbara Virgens e Luciano Cerqueira.