APLB-Itinerante encontra duas escolas funcionando no mesmo prédio, com salas precárias; professores fazem rodízio de turmas por conta do calor

APLB-Itinerante encontra duas escolas funcionando no mesmo prédio, com salas precárias; professores fazem rodízio de turmas por conta do calor

A direção da APLB-Sindicato recebeu denúncias sobre a estrutura da Escola Municipal Jorge Amado, no bairro de Itapuã, em Salvador, e visitou a unidade nesta quinta-feira (14/03). Lá, a diretora do sindicato, Ciclea Ramalho, confirmou a precariedade do local onde, na verdade, funcionam duas unidades de ensino, com 20 turmas, do 5º ao 9º ano do ensino fundamental II – 10 pela manhã e 10 no turno vespertino. 

“O local, onde antes funcionava a escola Marízia Maior, foi dividido ao meio – de um lado fica a Jorge Amado e do outro a Municipal do Pescador. Esta divisão sem um projeto arquitetônico adequado transformou a escola em uma verdadeira estufa. As salas de aula não possuem climatização adequada, estão sem ventilação, com ventiladores barulhentos que mais atrapalham do que refrescam o ambiente. Em alguns pontos há ar-condicionado, mas não funcionam e estão sem manutenção. Pais e professores solicitaram a visita da APLB para acompanhar de perto o descaso da prefeitura com a educação nesta comunidade”, conta Ciclea.

Ela disse ainda que os condensadores das salas onde os aparelhos funcionam são instalados no corredor das mesmas, fazendo com que o ar quente seja projetado para a área de circulação e entre em outras salas ocupadas por alunos/funcionários. Estudantes fizeram um abaixo-assinado denunciando a situação.

“A escola está funcionando em rodízio de turmas devido ao calor na sala de aula. Cada semana um grupo vai à escola e outro fica em casa realizando as atividades preparadas pelos professores. Hoje presenciamos aqui vários alunos e professores passando mal. A temperatura é absurda, o local é completamente inapropriado”, afirma a diretora da APLB.

No local foi contatada também a ausência de acessibilidade para Pessoas Com Deficiência (PCD). Os alunos nesta condição que foram matriculados na unidade tiveram que ser remanejados para outra escola, por falta de estrutura, o que vai contra a lei de inclusão da Pessoa com Deficiência, Lei n. 13.146/2015. 

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