APLB É DESTAQUE NA IMPRENSA SOBRE DENÚNCIA POR APROVAÇÃO EM MASSA – Confira as matérias!

APLB É DESTAQUE NA IMPRENSA SOBRE DENÚNCIA POR APROVAÇÃO EM MASSA – Confira as matérias!

A APLB-Sindicato denunciou a Portaria 190 que permite a aprovação automática na rede estadual de ensino e foi destaque na imprensa nesta terça-feira (20/02). Confira algumas matérias abaixo: 

No Jornal Correio da Bahia:
Publicado em 20 de fevereiro de 2024 às 05:00
Por Yasmin Oliveira

Professores e coordenadores criticam medida do governo da Bahia que institui ‘aprovação em massa’

Sindicato dos docentes promete acionar Ministério Público e diz que portaria mostra o descompromisso da gestão estadual com o ensino

Professores criticam portaria estadual que prejudica aprendizado

Professores criticam portaria estadual que prejudica aprendizado Crédito: Divulgação

Uma portaria editada pelo governo estadual estimula os professores da rede a aprovarem os estudantes, mesmo aqueles que não frequentaram as aulas ou não obtiveram êxito em todas as disciplinas. Publicada no dia 27 de janeiro deste ano, a medida é vista pela APLB-Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia como incentivo para a “aprovação em massa” dos alunos.

A coordenadora pedagógica de uma escola da rede estadual, Arielma Galvão, discorda da portaria e avalia que haverá um desestímulo à progressão escolar de qualidade. Ela relata que o texto foi lançado durante as férias dos docentes sem qualquer diálogo com os profissionais. Ela critica o trecho da portaria que estabelece o efeito retroativo para o ano letivo de 2023, o qual possibilita que estudantes reprovados no ano passado avancem para as séries seguintes.

“Há unidades de ensino que têm alto índice de reprovação e sugerimos que a Secretaria fizesse o trabalho diretamente nessas unidades, mas não desconsiderar todo o trabalho feito pelas escolas. Então, alunos infrequentes foram aprovados, também houve alunos (aprovados) que foram reprovados a partir de cinco componentes curriculares chegando a até oito componentes curriculares. E agora foram aprovados sem considerar o que os professores pontuaram no conselho de classe de 2023”, declarou.

Para a coordenadora, com essa medida, os alunos reprovados vão zombar dos estudantes que foram aprovados com base no próprio desempenho. “Vão dizer ‘eu me matriculei, não frequentei, nada fiz e passei’. Vai fazer até chacota daquele que frequentou, que estudou, que fez a sua parte. Vai dizer que não precisa fazer nada disso e passou. Então, como é que fica a escola? A escola pública precisa, sim, ser de qualidade, a gente luta por isso”, afirma Arielma.

“Essa aprovação em massa diz claramente que o governo não tem compromisso com a Educação. Nós repudiamos a ação, que consideramos uma falta de respeito aos educadores que realizaram todo o processo pedagógico”, declara Rui Oliveira, ao salientar que o sindicato tomará medidas legais contra a portaria. “Nós vamos denunciar ao Ministério Público estadual, ao Conselho Estadual de Educação, na Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados e junto à CNTE-Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação”, acrescenta.

A medida é avaliada pelos docentes como forma de melhorar os índices baixos na Educação baiana, que ficou entre as dez piores do País, ao superar apenas o Amazonas, Acre, Roraima e o Amapá. Os dados são do Ranking de Competitividade dos Estados e Municípios 2023, divulgado pelo Centro de Liderança Pública (CLP).

Especialista em Educação, Claudia Costin afirma que a gestão pública precisa garantir um ensino que assegure aprendizado. “Evitar reprovação é muito positivo, mas não é positivo passar para frente sem que a criança aprenda”, ressalta.

Ela afirma que a contratação de professores auxiliares para trabalhar no contraturno e avaliações frequentes podem ajudar a melhorar o ensino no estado. “O estado da Bahia tem dificuldades maiores do que outros estados no Nordeste, e é um dos casos em que a Educação precisa avançar mais rápido. Então, desincentivar a reprovação sempre que possível, mas ao mesmo tempo evitando uma aprovação só pro forma. (…) A rede estadual, pelos dados que eu tenho, tem desafios enormes há bastante tempo. É urgente que se possa agir em cima disso para garantir um ensino de qualidade que assegure a aprendizagem de todo mundo”, salienta.

Sem respostas

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), não respondeu quando questionado ontem sobre a medida que incentiva a “aprovação em massa”. Perguntado pelo CORREIO sobre o assunto, o governador afirmou: “Você (jornalista) assistiu à minha aula hoje? Vá lá nas minhas redes sociais e veja lá o que falei. Minha resposta está lá”.

Até o fechamento da reportagem, o petista não havia respondido sobre a portaria nas redes sociais. Ele fez apenas registros a respeito do início do ano letivo de 2024, de inaugurações de obras e prometeu entregar novas escolas. A reportagem verificou tanto as publicações no X (antigo Twitter) quanto do Instagram.

O CORREIO também buscou uma posição da Secretaria de Educação da Bahia, que não se manifestou até o fechamento desta edição.

*Com orientação da subeditora Monique Lôbo e colaboração do editor Flávio Oliveira 

 

A portaria de número 190 prevê, inclusive, a aprovação automática para alunos que não frequentam as aulas, segundo a APLB

Sindicato afirmou que tomará as medidas legais contra portaria Crédito: Antonio Queirós/GOVBA

A APLB-Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia denunciou uma portaria do governo da Bahia que orienta a “aprovação em massa” de estudantes. Em nota publicada no site da entidade, o sindicato disse que a medida tem “causado grande inquietação junto aos profissionais ligados à área da Educação, principalmente professores”.

De acordo com o coordenador-geral da APLB, Rui Oliveira, a portaria de número 190 prevê, inclusive, a aprovação automática para alunos que não frequentam as aulas.

“Essa aprovação em massa diz claramente que o governo não tem compromisso com a Educação. Nós repudiamos a ação, que consideramos uma falta de respeito aos educadores que realizaram todo o processo pedagógico. A ação foi tomada sem nenhuma interlocução, sem nenhum diálogo. Uma atitude drástica que só faz com que a educação na Bahia piore cada vez mais”, afirmou.

Rui Oliveira declarou que o sindicato tomará as medidas legais. “Nós vamos denunciar ao Ministério Público estadual, ao Conselho Estadual de Educação, na Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados e junto à CNTE-Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação”, ressaltou. 

O CORREIO pediu um posicionamento da Secretaria de Educação e aguarda retorno da pasta.

 

Portal Bocão News:

Política

Sindicato condena fala de Jerônimo Rodrigues sobre ‘aprovação em massa’ de estudantes; entenda

Segundo sindicato, portaria 190 do governo prevê, inclusive, aprovação automática para alunos que não frequentam as aulas  |    Dinaldo Silva / BNews

Publicado em 19/02/2024, às 23h01   Redação BNews

A APLB-Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia denunciou uma declaração do governador Jerônimo Rodrigues (PT) sobre uma portaria do governo da Bahia que orienta a “aprovação em massa” de estudantes. Segundo o sindicato, o petista “jogou a crise da falência de sua política de educação nas costas dos professores”.

Através das redes sociais, o sindicato publicou um vídeo em que o petista dá a declaração durante uma aula inaugural em Feira de Santana, nesta segunda-feira (19). A portaria 190, de acordo com a APLB, “foi uma medida generalista e sem nenhum diálogo com a categoria.”

“Eu fico muito triste como governador e como professor quando eu vejo professoras e professores reprovando alunos. Não pode ser um professor, um educador que tenha que dizer no final do ano, você está reprovado. Quando se reprova, é a escola que está reprovada, é a escola que não tem condições de dizer ‘eu quero curar você da escuridão’. A escola que reprova é uma escola autoritária, é uma escola preconceituosa e não cabe na Bahia de Anísio Teixeira, na Bahia de Rui Barbosa, não cabe a escola ser autoritária. Porque a escola que nós tínhamos, a escola da escuridão, a escola dos autoritários era aquela que além de reprovar quando chamava o pai ou a mãe, nenhum pai e nenhuma mãe queria ir, porque sabia que era bronca, porque sabia que era para esculhambar os filhos dela e dele, falar mal dos meninos e das meninas”, declarou o governador no vídeo publicado.

Na publicação, o sindicato afirmou que “não é justo atribuir essa responsabilidade única e exclusivamente aos professores, professoras ou à qualquer instituição de ensino.”

“Temos problemas graves como a evasão escolar, a insegurança, a falta de estrutura, a desvalorização dos trabalhadores em educação. Como professor, o governador sabe que o ato de ensinar não pode se resumir na aprovação ou desaprovação do aluno. Vai muito mais além! Reafirmamos que a aprovação precisa respeitar o processo pedagógico, o tempo de aprendizagem dos alunos de forma qualificada para que
possam cumprir o percurso escolar da melhor forma”, finalizou a APLB.

Bahia Econômica:

SINDICATO DENUNCIA ORIENTAÇÃO DO GOVERNO DA BAHIA PARA ‘APROVAÇÃO EM MASSA’ DE ESTUDANTES

Uma portaria do governo da Bahia que orienta a “aprovação em massa” de estudantes, está sendo denunciada pela APLB-Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia. Em nota publicada no site da entidade, o sindicato informou que a medida tem “causado grande inquietação junto aos profissionais ligados à área da Educação, principalmente professores”.

Segundo o coordenador-geral da APLB, Rui Oliveira, a portaria de número 190 prevê, inclusive, a aprovação automática de para alunos que não frequentam as aulas.

“Essa aprovação em massa diz claramente que o governo não tem compromisso com a Educação. Nós repudiamos a ação, que consideramos uma falta de respeito aos educadores que realizaram todo o processo pedagógico. A ação foi tomada sem nenhuma interlocução, sem nenhum diálogo. Uma atitude drástica que só faz com que a educação na Bahia piore cada vez mais”, afirmou.

Rui Oliveira disse que o sindicato tomará as medidas legais. “Nós vamos denunciar ao Ministério Público estadual, ao Conselho Estadual de Educação, na Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados e junto à CNTE-Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação”, afirmou.

Foto: Antonio Queirós/GOVBA

 

 

 

 

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