APLB ataca projeto de Rui Costa para educação alegando privatização
O Sindicato dos Trabalhadores da Educação na Bahia (APLB) vai pedir explicações ao secretário estadual de Educação, Jerônimo de Souza, sobre a portaria publicada na última segunda-feira (9) no Diário Oficial que abre a possibilidade de entidades como Organização Social de gerir escolas estaduais em Salvador, Alagoinhas, Ilhéus e Itabuna. Seria uma espécie de terceirização ou privatização da gestão escolar proposta pelo governo do petista Rui Costa, como nos moldes defendidos pelo governo federal no programa Future-se nas universidades federais. As chamadas “OS” já atuariam, segundo fontes ouvidas pelo Política Livre, na área da saúde.
Segundo o coordenador-geral da APLB, Rui Oliveira, o sindicato é contra a qualquer tipo de privatização da educação brasileira, quer seja no município, no Estado ou na União. “Nós somos contra qualquer tipo de privatização da educação pública. Como Bolsonaro está fazendo no Future-se, qualquer que seja o governo que fizer a mesma coisa, nós seremos contra. Se essa portaria realmente prevê, porque tem um artigo muito vago do que vai acontecer, mas se for confirmado nós lutaremos para derrotar essa portaria. É inadmissível que na Bahia, nós, trabalhadores públicos, vamos para rua derrotar o governo Bolsonaro com sua política de privatização da educação pública e aqui não faremos diferente: vai ter enfrentamento”.
Segundo Oliveira, uma audiência para discutir outras pautas da APLB já havia sido marcada com o secretário estadual e deve acontecer até a próxima semana. “A audiência com o secretário é sobre outras pautas, como a questão da aposentadoria, promoção. Eu vou aproveitar para pedir esclarecimentos e dizer que somos contra a qualquer tipo de privatização ou terceirização da educação em todas instâncias”, disse o coordenador-geral ao Política Livre ressaltando, inclusive, que “todos partidos de esquerda (PT, PCdoB, PSB e Psol) são contra qualquer tipo de privatização da educação, quer seja no ensino superior – como o Future-se de Bolsonaro – ou no ensino fundamental e educação básica”.
Fonte: Política Livre