A mídia e a educação nesta quinta-feira, 10 de abril

Servidores municipais decretam greve geral

Eloi Corrê Valmar Hupsel Filho, do A TARDE

 

Entre as reivindicações, estão assistência à saúde e Bolsa-escola para filhos de servidores

Servidores municipais decretaram greve geral por tempo indeterminado a partir da zero hora desta quinta. A decisão foi tomada em assembléia encerrada na noite desta quarta, na sede do Sinergia, nas Sete Portas, com a participação de representantes do Sindicato dos Servidores da Prefeitura do Salvador (Sindseps) e associações de servidores de autarquias e secretarias municipais.

Os trabalhadores rejeitaram a proposta enviada pela prefeitura, nesta quarta, à Câmara Municipal, que propõe uma reposição salarial de 5%, sendo 2,5% em maio e 2,5% em setembro. “O projeto foi mandado para ser votado em caráter de urgência, mas vamos trabalhar junto aos vereadores para a não-aprovação”, informou um dos diretores do Sindseps, Saulo Borges.

Ele estima que entre 60% e 70% dos cerca de 32 mil servidores municipais recebem salário mínimo. “O que a prefeitura propõe é um aumento de R$ 10 em maio e mais R$ 10 em setembro”, calculou o sindicalista. Segundo ele, a reclamação da categoria não se limita à questão financeira. “São 32 itens que não foram discutidos”, ressaltou.

Os trabalhadores reivindicam o retorno da assistência à saúde. Segundo Borges, o Instituto de Previdência de Salvador (IPS) não funciona desde 2005. Outras reivindicações são o retorno da Bolsa-Escola para filhos de servidores; aumento de 25% do auxílio-alimentação e de uma letra na gratificação de competência e implantação do plano de cargos e salários.

Educação – Os servidores da Rede Municipal de Ensino também rejeitaram a proposta e decidiram permanecer parados pelo segundo dia consecutivo. No encontro com os secretários municipais Oscimar Torres (Administração) e Carlos Soares (Educação), diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB) apresentou contraproposta de 6% de reajuste. Está marcada para esta quinta, às 17 horas, uma nova rodada de negociações.

O secretário de Administração do município, Oscimar Torres, considerou “intempestiva” a paralisação. Segundo ele, 20 dos 32 itens de reivindicações foram atendidos, além dos aumentos de salários nos anos anteriores. “O que podemos oferecer é o que foi mandado para a Câmara”, disse.

 

 

SERVIDORES MUNICIPAIS EM GREVE

 

Após Assembléia realizada ontem (09), os servidores municipais decretaram greve geral por tempo indeterminado a partir da zero hora de hoje (10). Eles rejeitaram a proposta enviada pela prefeitura, nesta quarta, à Câmara Municipal, propondo uma reposição salarial de 5%, sendo 2,5% em maio e 2,5% em setembro.

 

 

 

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Greve no município

Dezessete mil servidores param hoje por tempo indeterminado, mas mantêm efetivo mínimo de 30% nas atividades essenciais

 

Mariana Rios

Os 17 mil servidores públicos municipais estão em greve por tempo indeterminado a partir de hoje. Será mantido o efetivo mínimo de 30% apenas nos serviços considerados essenciais nas áreas de trânsito, transporte e saúde. Em assembléia realizada ontem à noite no Sindicato dos Eletricitários da Bahia (Sinergia), no bairro de Sete Portas, a categoria unida rechaçou a proposta do executivo municipal de reposição salarial de 5%, dividida em duas vezes, cujo texto está na Câmara de Vereadores.

Estão suspensos os serviços administrativos, de obras de infra-estrutura e manutenção da cidade. Já combalido, o atendimento nos 130 postos de saúde deve ficar ainda mais precário. Nas ruas, um contigente mínimo deve ordenar o tráfego. E em toda a orla, menos de 40 salva-vidas para garantir a segurança dos banhistas. Hoje, será feita uma avaliação do movimento e a intenção da categoria é pressionar a reabertura das negociações.

Segundo a presidente da Associação dos Servidores em Transporte e Trânsito do Município (Astram), Mércia Teixeira Arruti, estarão comprometidos serviços como ordenamento do tráfego, reparo de semáforos, fiscalização de transporte e estações de transbordo.
“Queremos uma proposta mais razoável. A votação, com mais de 400 servidores hoje (ontem) à noite foi unânime para a deflagração da greve por tempo indeterminado até que a prefeitura sente novamente para negociar com os servidores”, afirmou o coordenador-geral do Sindicato dos Servidores da Prefeitura do Salvador (Sindsesp), Helivaldo Alcântara.

Além de um percentual de reposição salarial maior que 5%, os servidores municipais reivindicam o retorno da assistência à saúde, da bolsa-escola e do aumento em 25% do vale-refeição (em R$10 atualmente). Segundo Alcântara, a categoria amarga um arrocho de nove anos, sem ganho real algum. “O Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) calculou em 127% (o percentual de reajuste salarial). Pedimos 50% e aceitamos negociar 10%, 12%, 15% agora e o restante para outro prazo”, argumentou Alcântara. Hoje à tarde, em local ainda não definido, será avaliado o movimento e sugeridas ações de mobilização como caminhadas e protestos.

Urgência – Em entrevista por telefone, o secretário municipal da Administração, Oscimar Torres, afirmou não existir ambiente propício para greve. “Na segunda-feira, a Câmara de Vereadores deve votar o regime de urgência para que na data-base em maio seja aplicado o reajuste de 5%”, afirmou Torres. Segundo ele, o executivo fez o que era possível fazer.

“Esperamos a compreensão dos servidores, que tiveram aumentos significativos nos primeiros anos de governo. O desejo da administração era conceder um aumento maior, mas existem limites impostos pela lei eleitoral e pela lei de responsabilidade fiscal”, defendeu Torres. A proposta do município encaminhada para a Câmara dos Vereadores prevê um reajuste de 5% – rateado entre maio e setembro. Segundo ele,a ampliação do percentual está sendo avaliada, mas não há sinalização da equipe econômica para sua viabilidade.

 

 

 

 

Dirigente da APLB nomeado para o Conselho Estadual de Educação

 

O governador Jacques Wagner nomeou, nesta segunda-feira (07/03), Jorge Carneiro de Souza para integrar o Conselho Estadual de Educação da Bahia (CEE), órgão que contribui para a formulação e regulamentação das políticas educacionais do estado. Integrante do PCdoB e diretor de Imprensa do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB – Sindicato), Souza, escolhido pelo governo numa lista tríplice encaminhada pela entidade, faz parte do processo de renovação do CEE, que teve 50% da sua composição alterada através de nomeações do governador.

 
Jorge Carneiro

É a primeira vez, após os últimos 16 anos de governos do grupo carlista, que o Governo do Estado indica nomes para a composição do CEE contemplando diversos segmentos da sociedade, como pais, estudantes, mestres e gestores garantindo ao órgão um viés mais participativo e plural. “A sociedade, plural e laica, é refletida no ensino que se oferta, assim, o órgão que disciplina o ensino também deve ser plural e laico, explorando o contraditório, discutindo políticas que elevem a qualidade do ensino”, destaca Souza.

 

O movimento sindical, esquecido pelas gestões anteriores por longos anos, passa a ocupar lugar destacado no Conselho, marcando presença nas Câmaras e Comissões. Para Souza, a presença de representantes dos trabalhadores garante ao órgão uma atuação diferenciada. “Ninguém melhor que um representante sindical para contribuir com a formulação de políticas para a educação no estado e lutar por avanços”, afirma Souza, que passa a ser o mais jovem integrante do CEE. Professor da rede pública licenciado em Geografia e pós-graduado em Educação, o dirigente sindical passa a integrar a Comissão de Jovens e Adultos e a Câmara de Educação Básica do Conselho, com mandato de quatro anos.

 

De Salvador,

Rodrigo Rangel Jr.

 

 

 

 

 

Escolas se programam para o Dia do Índio

 

Na próxima semana será comemorado o Dia do Índio. Devido a importância da data (19) para a história do Brasil, as escolas municipais Luiz Anselmo e Abrigo do Salvador elaboraram uma programação especial em suas unidades, com apresentações que têm como principal finalidade propor aos alunos da rede um maior contato com a cultura indígena.

No dia 14 (segunda-feira), a Escola Municipal Luiz Anselmo recebe a visita de índios da tribo Kariri-Xocó, que vivem em terras localizadas às margens do Rio São Francisco. O grupo vai realizar, nos turnos matutino e vespertino, apresentações do Toré (ritual indígena), danças e outras manifestações culturais que fazem parte de seu cotidiano.

No dia 15 (terça-feira), é a vez da Escola Municipal Abrigo do Salvador realizar a homenagem, que tem como proposta demonstrar para os alunos como a cultura indígena está inserida no cotidiano, através do vocabulário, culinária e brincadeiras infantis. A escola vai realizar apresentações interdisciplinares para os alunos da Educação Infantil e do Ensino Fundamental I.

Entre as atividades estão: artesanato (do grupo de Educação Infantil), jogos e brincadeiras (do grupo do 1º ano), dança e música sobre a história do índio (do grupo do 2º ano), culinária (do grupo do 3º ano), cultura indígena (do grupo do 4º ano) e lendas indígenas (do grupo do 5º ano).

 

 

 

 

 

SERVIDORES MUNICIPAIS DA PREFEITURA SALVADOR DECIDEM POR GREVE GERAL

 

Assembléia Geral dos servidores municipais da Prefeitura de Salvador realizada no final da tarde desta quarta-feira, 9, decidiu pela realização de uma greve geral até que o secretário de Administração, Oscimar Torres, ou o prefeito João Henrique (PMDB) decidiam modificar os termos dos reajustes salariais.

Inconformados com o aumento de 5% divido em duas vezes dado aos servidores municipais, os vereadores protestaram, na Câmara Municipal. A maioria dos vereadores exigiu do prefeito um aumento maior do que uma simples reposição da inflação do período.

Discursando para as lideranças sindicais que representavam à categoria, o vereador Everaldo Augusto (PCdoB), argumentou que, para a grande maioria desses trabalhadores, esse aumento será insignificante. “Esse acréscimo representará menos de R$ 10 para mais de 70% dos servidores municipais. É assim que João Henrique trata seus servidores?”, indagou Augusto.

O vereador Antônio Lima (DEM), dotado do seu peculiar senso de humor, também desfez do acréscimo que será repassado aos servidores. “O pai dele, João Durval, só chegou ao senado todo metralhado porque, quando era governador do estado, tratava muito bem seus funcionários e isso João Henrique não aprendeu”, debochou.

Para Silvoney Sales (PMDB), a reposição dada pela prefeitura era a única coisa que poderia ser feita no momento. “Se o município pudesse dar mais com certeza faria. Apenas no primeiro ano, houve um aumento de 15% e até hoje o salário dos servidores já foi aumentado cerca de 37%, que é um número muito significante. Dessa vez, só é possível a reposição da inflação”, afirmou o peemedebista.

 

 

APLB/FEIRA CONDENA APLB/SALVADOR E DIZ: PROFESSOR ESTÁ SENDO ENGANADO

 

Chegou à imprensa através de nota de esclarecimento publicada nos jornais de Salvador, nesta quarta-feira, 9, uma queda-de-braço entre a APLB/Sindicato de Salvador com a APLB/Feira, no sentido de que, esta última, não concorda com o reajuste dado pelo governo à categoria dos professores.

Segundo a nota, a Delegacia Regional Sertaneja do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia, em assembléia realizada no último dia 4, esclarece que nenhum diretor da APLB/Feira “jamais participou de qualquer negociação salarial com o governo do Estado” e que a questão salarial e outras relativas a educação básica têm sido conduzidas, apenas, pela diretoria Executiva da APLB, “composta de professores e funcionários residentes em Salvador e interior do Estado, estes ocupantes de cargo-vice regional”.

Diz ainda a nota, assinada pelas professoras Idiacira Gomes Boaventura, Iara Figueiredo, Maria das Graças e Germano Barreto com a marca “APLB/Feira – Sindicalismo sem Partidarismo” que “até as reuniões de cúpula (executiva) da APLB sequer fomos chamados”.

Por fim, a nota situa que o índice de reajuste salarial, que segundo o governo varia de 9.12% a 12.57% (para os níveis 1 e 3, respectivamente), se situa na realidade entre 4.43% e 6.81 (para os níveis E e P, respectivamente) uma vez que 5.11% do que o governo considera como “aumento” foi subtraído da gratificação de Estímulo a Atividade de Classes (GEAC), um direito conquistado pela classe com muita luta e regsitrado em nosso estatuto”.

Esclarece ainda que “a referida gratificação já foi de 50% sobre o salário base e sofreu cortes de 13.71% e 5.11% (sendo esses percentuais agregados ao salário base). Tal fato – conclui a nota – demonstra que o desrespeito a essa gratificação (GEAC) é uma constante no Governo do Estado (independente do viés político) e mascara um aumento salarial em índices que, de fato, não correspondem à verdade”.

 

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