“IA não substitui o/a educador/a”, diz diretora da APLB sobre escola do Reino Unido que criou turma sem professor

“IA não substitui o/a educador/a”, diz diretora da APLB sobre escola do Reino Unido que criou turma sem professor

Uma escola do Reino Unido chamou a atenção na internet ao divulgar sua primeira turma sem professor. Os alunos vão aprender em uma plataforma que mistura Inteligência Artificial (IA) e óculos de realidade virtual. Segundo o site britânico Computing, o colégio David Game College, em Londres, terá a primeira sala de aula com ensino inteiramente por tecnologia de IA. A partir deste mês de setembro, os alunos terão um aprendizado completamente desprovido de professores humanos.

“A partir de setembro de 2024, o David Game College estará testando um programa alternativo de estudo, com todas as disciplinas principais sendo ensinadas inteiramente por plataformas de aprendizado adaptativo orientadas por IA”, diz a escola em seu site.

De acordo com o colégio, essa abordagem inovadora ajudará os alunos a progredirem em seu próprio ritmo, enquanto recebem suporte individual de “dedicados mestres de ensino”.

Usando uma combinação de IA e headsets de realidade virtual, os alunos receberão instruções que são constantemente avaliadas e ajustadas com base em seus pontos fortes e fracos.

O diretor adjunto da David Game College, John Dalton, citado pelo Computing, diz que a IA pode fornecer um nível de precisão e exatidão que os professores humanos não conseguem alcançar: “Existem muitos professores excelentes por aí, mas todos temos fraquezas.”

Ele explica que é muito difícil atingir o nível de precisão e exatidão da IA, além da avaliação contínua que a plataforma faz do aluno. “No final das contas, se você realmente quer saber por que uma criança não está aprendendo, acho que os sistemas de IA podem identificar isso de forma mais eficaz”, completa o diretor adjunto.

Para a APLB-Sindicato, a visão da direção desta escola sobre Educação é totalmente equivocada. “A IA não substitui o/a educador/a, ela é interessante no ensino quando ocupa o lugar de suporte, no sentido de auxiliar no processo de ensino aprendizagem. No entanto, não é capaz de substituir ou fazer o papel do/a professor/a, profissional fundamental e necessário na mediação do ensino, na humanização e conexão de valores”, disse Arielma Galvão, diretora de Educação da entidade.

Quem quiser experimentar esse ensino altamente tecnológico, precisa gastar 27.000 libras (cerca de R$ 200.000). Conforme o site britânico, para garantir que os alunos recebam o suporte e a orientação necessários, o colégio contratou uma equipe de “mestres de aprendizagem” que estarão de prontidão na sala de aula para fornecer assistência, inclusive em assuntos nos quais a IA ainda tem dificuldade, como arte e educação sexual.

 

Fonte: Trendsbr

Foto: Freepik

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