POR MAIS INVESTIMENTO E VALORIZAÇÃO – Redação do CNU aborda como Educação pode reduzir desigualdades sociais
Na manhã do último domingo (18), os candidatos que concorreram às vagas do Concurso Nacional Unificado precisaram responder questões de múltipla escolha, além de discursivas e de redação.
Para os candidatos às vagas de nível médio, o “Enem dos concursos” exigiu uma redação com o seguinte tema: “Em que medida a educação e o progresso científico e tecnológico podem contribuir para reduzir as desigualdades socioeconômicas e ampliar o desenvolvimento da sociedade brasileira?”
A redação não foi cobrada para quem concorre às vagas de nível superior. Esse grupo resolveu uma questão dissertativa, com temas que variaram de acordo com o bloco temático escolhido pelo candidato.
A proposta de redação do ensino médio contava com alguns textos motivadores, incluindo trechos de leis e um artigo do Ipea que destacava, entre outras questões, o movimento antivacina e a desconfiança sobre a fatalidade do aquecimento global. Esses textos foram selecionados para contextualizar a importância da educação e da ciência na formação de uma sociedade mais equitativa e informada.
A APLB acredita que a escolha do tema reflete uma preocupação crescente com a forma como a educação e as inovações tecnológicas podem servir como ferramentas para enfrentar e mitigar as desigualdades sociais. A proposta desafiou os candidatos a pensar criticamente sobre como a educação pode promover a inclusão social e o desenvolvimento sustentável, abordando a relação direta entre acesso ao conhecimento e a capacidade de uma sociedade em superar disparidades econômicas e sociais.
Além disso, a inclusão de textos sobre movimentos antivacina e questões ambientais visou estimular uma reflexão mais ampla sobre como a educação pode combater desinformação e fomentar uma cidadania mais crítica e consciente. Ao integrar o progresso científico e tecnológico no tema da redação, o concurso buscou enfatizar a importância de uma formação acadêmica robusta e acessível, essencial para o avanço da sociedade como um todo.
Ceres Rabelo, professora de cursos preparatórios para concursos, elogiou a atualidade do tema.
— Quando falamos de educação e progresso tecnológico e científico, estamos tratando de questões atuais — afirmou.
Para a especialista, o assunto exige repertório, mas permite diferentes caminhos a serem explorados pelos candidatos.
— A tecnologia, por exemplo, oferece a possibilidade de democratizar o acesso à informação, permitindo que pessoas de diferentes origens econômicas se capacitem e competem em um mercado de trabalho cada vez mais exigente — diz.
O acesso à educação e à informação é um exemplo também mencionado.
— Os candidatos poderiam, por exemplo, discutir a questão do acesso à educação e a qualidade desse acesso em diferentes estratos sociais — sugere.
— Poderíamos pensar também no investimento em pesquisa científica para que houvesse desenvolvimento tecnológico, impactando positivamente na educação —.
O destaque dado ao tema da educação no Concurso Nacional Unificado sublinha o papel fundamental que a formação e o conhecimento desempenham na construção de um futuro mais igualitário. A proposta de redação exigiu dos candidatos uma análise profunda e uma articulação clara sobre como a educação pode ser um pilar para a transformação social, promovendo um desenvolvimento mais inclusivo e equitativo para o Brasil. A APLB defende que a Educação necessita de valorização dos profissionais da área e investimentos.
Com informações da: agenciabrasil.ebc.com.br/