AS MEDALHAS DE OURO DO BRASIL VIERAM DA ESCOLA PÚBLICA – O futuro de nossos (as) campeões (ãs) começa com o suporte e a valorização do ensino

AS MEDALHAS DE OURO DO BRASIL VIERAM DA ESCOLA PÚBLICA – O futuro de nossos (as) campeões (ãs) começa com o suporte e a valorização do ensino

As conquistas de Rebeca Andrade e Beatriz Souza, medalhistas brasileiras nas Olimpíadas de Paris, são exemplos brilhantes de talento e dedicação, mas também destacam uma realidade fundamental: a importância de investir na educação e na valorização dos profissionais da área. Ambas as atletas vieram de escolas públicas e mostraram que, com o apoio certo, é possível atingir objetivos extraordinários.

O sucesso de Rebeca e Beatriz é um testemunho do potencial que reside em nossas escolas públicas e no sistema educacional como um todo. Quando jovens atletas como elas têm acesso a uma educação de qualidade e a um ambiente estimulante, suas chances de alcançar grandes feitos são significativamente ampliadas. Isso nos leva a uma reflexão essencial: investir em educação é mais do que uma questão de justiça social; é um fator determinante para o desenvolvimento de futuros campeões em todas as áreas.

“A trajetória de Rebeca Andrade e Beatriz Souza não é apenas uma celebração de conquistas individuais, mas um chamado à ação. É um lembrete de que, para que o Brasil continue a produzir atletas e profissionais de excelência, é essencial investir em nossa educação e valorizar aqueles que dedicam suas vidas a ensinar e inspirar nossos jovens. Parabéns Rebeca, Bia e todos os profissionais em educação”, comemora o coordenador-geral da APLB professor Rui Oliveira.

Valorização dos (as) educadores (as)

O futuro de nossos campeões e campeãs começa com o suporte e a valorização dos nossos educadores. Quando os profissionais da educação são valorizados e bem apoiados, eles se tornam agentes transformadores, capazes de cultivar habilidades, motivação e confiança nos alunos. Esse suporte é fundamental para que esses jovens possam se destacar não apenas academicamente, mas também em suas atividades extracurriculares, como o esporte. E assim, o ciclo virtuoso se completa: uma educação de qualidade abre portas, e os talentos brasileiros têm a oportunidade de brilhar no cenário internacional.

Para que mais Rebecas e Beatrizes possam surgir, precisamos garantir que as escolas públicas ofereçam não apenas o básico, mas uma educação de excelência. Isso significa investimentos em recursos didáticos e equipamentos, em treinamento contínuo para os professores e na criação de um ambiente de aprendizado que inspire e motive os alunos. Significa também reconhecer e recompensar o trabalho dos educadores, que são peças-chave na construção do futuro de nossos jovens.

A trajetória dessas medalhistas revela a importância de fornecer às escolas públicas não apenas infraestrutura adequada, mas também um suporte contínuo para professores e profissionais da educação. A valorização desses profissionais é crucial. São mentores que não apenas ensinam conteúdos acadêmicos, mas também desempenham um papel fundamental na formação integral dos alunos, incentivando-os a perseguir seus sonhos, seja no esporte, nas artes ou em qualquer outra área de interesse.

Confira abaixo um pequeno resumo da trajetória das nossas campeãs oriundas do ensino público e o relato de professores e professoras que contribuíram para essa vitória: 

A maior medalhista do Brasil na história! Rebeca Andrade conquistou nesta segunda-feira (5) a medalha de ouro no solo na Olimpíada de Paris 2024 e se tornou a atleta mais condecorada do país em Jogos Olímpicos. Com seis pódios olímpicos, quatro deles nesta edição da Olimpíada, a ginasta de 25 anos, em uma apresentação sólida, embalada por uma mistura das canções “End of Time”, de Beyoncé, e “Movimento da Sanfoninha”, de Anitta, a brasileira se apresentou com uma dificuldade de 5.900 e uma execução de 8.266, registrando uma nota de 14.166.

 

Das estrelinhas na escola para o topo do mundo: Rebeca Andrade chega a Paris como protagonista. Espoleta e sorridente, ela traz desde a infância sinais do triunfo que viria pela frente, e carrega história de esforço pessoal e superação.

 

 

Mais de 15 anos depois, parada no centro da quadra de piso de concreto da Escola Estadual Francisca de Assis Ferreira Novak, em Guarulhos (SP), a professora de Educação Física Elisa Maria Leal de Moraes lembra com emoção, como se fosse hoje, quando ela sentava na miniarquibancada, pintada na cor azul, para fazer a chamada.

Esse era um dos momentos em que uma de suas alunas aproveitava para dar várias ‘estrelinhas’ ou ficar de cabeça para baixo apoiando o corpo com as mãos no chão. Os mesmos movimentos também se repetiam pelos longos corredores e pelas escadas da escola. A menina de 8 anos de idade era Rebeca Andrade ou ‘Bebeca’, como é chamada carinhosamente pela professora. “Às vezes, eu dizia para ela: ‘Ser humano anda com pezinhos, não com as mãos’. Porque ela andava a escola inteira assim. Os corredores viram muito a Rebeca de cabeça para baixo. Quando você via, ela estava dando ‘estrelinhas’, estava em parada de mão. É um talento que eu considero que nasceu com ela. Foi aprimorado, claro. Mas estava no olhar dela, na postura. A Rebeca já era uma campeã e ela superou muitas dificuldades para estar onde está”, afirma a educadora de 58 anos.

Jornal guardado pela professora Elisa desde 2009 e autografado pela Rebeca Andrade

Foto: Marcela

Coelho/Redação Terra

Ouro em Paris, Beatriz Souza fez o Ensino Fundamental em escolas públicas 

A conquista orgulhou e fez chorar muitos professores que conviveram com ela

A judoca brasileira Beatriz Souza venceu a medalha de ouro no judô, categoria peso pesado, nos Jogos Olímpicos de Paris-2024. Foi a primeira medalha de ouro do Brasil na edição. Essa é a primeira participação em Olimpíada da atleta brasileira, aos 26 anos. Com um waza-ari, ela bateu a israelense Raz Hershko, segunda colocada no ranking mundial da modalidade e vice-campeã da categoria nos Jogos Olímpicos de Tóquio, que ficou com a medalha de prata em Paris.

A vitória desta sexta-feira (2) orgulhou e fez chorar muitos professores e conhecidos que conviveram com ela e torceram pela sua vitória, veja:

“A minha emoção foi dentro de casa, ao assistir a luta dela, vibrando, entendeu? Fiquei gritando feito um doido, maluco: ‘Vai, Bia! Vai, Bia, eu acredito em você’. Quando ela deu a vitória lá, pulei de alegria. Se eu encontrar com ela por aí, quero abraçá-la muito, porque ela foi uma aluna muito querida”, disse o professor, Antônio Maurício Costa Neto, que deu aulas de Artes para Bia na E.E. Jardim São João.

Além de lá, Beatriz estudou na EMEI Vereadora Ana Maria Mesquita, EMEF Professora Terezinha Rodrigues Kalil e na EE Carmen Miranda. Depois, mudou-se para São Paulo onde foi cursar o Ensino Médio.

Antônio Maurício disse também que ela foi uma excelente aluna, dedicada e que os elogios dados à atleta também servem para todos os familiares, por quem ele tem muito apreço e carinho.

Sexta medalhista mulher

Com o feito, Beatriz se tornou a sexta mulher a ganhar o ouro olímpico em provas individuais. Ela se junta a Maurren Maggi (salto em distância, 2008, Beijing), Sarah Menezes (judô,2012, Londres), Rafaela Silva (Judô, 2016, Rio), Ana Marcela (nas águas abertas, 2021, Tóquio) e Rebeca Andrade (ginástica artística, 2021, Tóquio), mas todas elas já tinham participado dos jogos olímpicos em edições anteriores. Como estreante, só a Bia conseguiu o êxito máximo.

Beatriz Souza é atleta do Esporte Clube Pinheiros,  tem 1,78m de altura e pesa cerca de 135kg. Antes do ouro olímpico, Beatriz já foi destaque nos pódios das principais competições do esporte, como campeonatos mundiais, torneios por equipes mistas e individuais e Jogos Pan-Americanos, entre outros.

Fonte: Portal terra.com.br/

Fonte: Portal: Diário do Litoral

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