ARTIGO – POR JHAY LOPES – REPÚDIO À HOMOFOBIA NO AMBIENTE ESCOLAR

A APLB-Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia, por meio do seu do seu  Departamento da Diversidade de Gênero  Transformação,  entidade com um histórico de lutas em defesa da democracia, do estado democrático de direito, da cidadania e da educação pública de qualidade,   repudia e se posiciona contra todas as formas de violências discriminatórias dentro e para além dos muros das escolas. Lutar contra a LGBTfobia, defendendo uma educação que respeite a pluralidade, a  singularidade e a diversidade de pessoas faz com  que  reafirme o quanto a  educação é veículo de transformação social. 

Acreditamos no papel da escola e seus agentes como influenciadores e transformadores  dos diversos  valores sociais. Essas mesma escola,  que por muitas das vezes reproduz  uma heteronormatividade que eleva discurso  e atos segregadores, além da sala de aula, precisa se solidarizar e não normatizar  atos de violências verbais ou não. Defendemos que o ambiente escolar deva proporcionar interação, diálogo, discussão, reflexão e desmistificação dos inúmeros preconceitos, inclusive sobre a temática da diversidade sexual que tem como consequência a lgbtfobia.

Por mais que as diversas violências, dentro e fora da escola, sejam ainda existentes é papel da toda a comunidade escolar o combate aos preconceitos e os mesmos serem desconstruídos, dentro e fora da  escola, pois é a escola o lugar das diferenças, da pluralidade dos pensamentos e da troca de conhecimentos.

Esse fato (crime), sobre a violência contra um estudante de 16 anos num ônibus escolar por outros estudantes, fruto da homofobia, ocorrido no dia 25 de fevereiro, sexta-feira, mas que ontem (28/02), veio à tona, não é uma exceção. A violência contra a comunidade LGBTQIA + é fruto do conservadorismo irracional, que só agrava as estatísticas.

Algumas perguntas para refletirmos:

Por vezes esse fato foi gravado e colocado em redes sociais para viralizar com que intuito?  Será que foi na certeza da impunidade dos seus atores, visto que são colegas do estudante espancado?

Quando teremos uma escola que realmente escute seus estudantes e que eles e elas se sintam seguros e seguras?

Quando aprenderemos a conviver  junt@s respeitando a diversidade que cada pessoa traz consigo?

A Constituição traz no seu Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade,.. III – ninguém será submetido à tortura nem a tratamento desumano ou degradante. Lembrando que a Lgbtfobia é crime desde o dia 13 de junho de 2019 , esperamos que os órgãos competentes investiguem e tomes as medidas cabíveis aos responsáveis por mais este ato criminoso e cruel.

_{LGBTFOBIA É CRIME!}

E QUE O MESMO NÃO SEJA MAIS UM ACONTECIMENTO QUE CAIA NO ESQUECIMENTO!

ARTIGO – REPÚDIO CONTRA A HOMOFOBIA NO AMBIENTE ESCOLAR

POR JHAY LOPES

Diretora do Departamento da Diversidade de Gênero  e Transformação da APLB-Sindicato