Dia do Servidor – Rede Municipal vai às ruas
Foto: Getúlio Lefundes
Apesar da forte chuva que caiu em Salvador na manhã desta quinta-feira (28/10), Dia do Servidor Público, os trabalhadores e trabalhadoras em Educação da Rede Municipal de Salvador compareceram em peso na manifestação em frente à Secretaria Municipal de Educação (SMED, na Garibaldi. O protesto foi definido na última reunião ampliada da rede municipal e ficou marcado como o DIA MUNICIPAL DE LUTA EM DEFESA DA EDUCAÇÃO PÚBLICA DE QUALIDADE E CONTRA O DESRESPEITO AOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO E ALUNOS. Para o coordenador-geral Rui Oliveira, presente no ato público, logo após protestar também em frente à Governadoria do Estado, no CAB, junto à rede estadual e outros sindicatos, o dia foi de luta. “Estamos aqui para resistir e exigir respeito aos servidores e servidoras do estado e município. Temos que nos unir e lutar para que possamos ter melhores dias aqui na Bahia. Se não tivermos êxito em nossas reivindicações, e o reajuste salarial daremos o troco durante o processo eleitoral”, destacou Rui.
A direção da APLB-Sindicato se revezou ao microfone denunciando o descaso da Prefeitura de Salvador e do secretário de Educação que vem desrespeitando os trabalhadores em Educação e colocando em risco a comunidade escolar não atendendo aos protocolos de biossegurança de forma adequada nas escolas. “O carro-chefe dessa manifestação é contra a PEC 32, a nefasta Reforma administrativa que retira direitos dos trabalhadores. Hoje é dia de luta e estarmos nas ruas, com, chuva ou sol, para lutar também contra o descaso do Executivo Municipal”, pontuou Elza melo, diretora da APLB.
Os manifestantes fecharam o trânsito na Garibaldi durante cerca de duas horas nos dois sentidos provocando enormes engarrafamentos. A PM tentou impedir a manifestação, mas a categoria resistiu e com muita força e persistência continuou o movimento cantando palavras de ordem.
Na sequência, após o fechamento das vias, o ato teve continuidade em frente à SMED com a leitura do Manifesto dos Trabalhadores em Educação. Em seguida, foi prestada uma homenagem aos professores que faleceram durante a pandemia, vítimas da COVID- 19 e outras enfermidades com a chamada nominal dos que nos deixaram com todos falando bem alto PRESENTE!
Durante todo o protesto foram exibidas muitas faixas, cartazes, barulho com apitaço e instrumentos de som, música com a banda Tambores de Búzios e cantadas palavras de ordem e paródias. Os servidores protestaram e/ou reivindicaram pelas principais razões:
- Não pagamento do retroativo do auxílio alimentação, assim como a sua atualização no mês de agosto, quando ocorreu a retomada das aulas presenciais;
- Escolas com estrutura precárias para receber a totalidade dos alunos, nesse período de pandemia;
- Salas de aula que não comportam a totalidade dos alunos mantendo o distanciamento de 1,5m;
- Não cumprimento correto dos protocolos de biossegurança nas escolas (álcool 70%, máscaras distanciamento, etc.);
- Falta de ferramentas de trabalho (Tablet e notebooks);
- Ausência do quadro completo de funcionários para realizar a limpeza e a higienização nos ambientes da escola;
- Ausência de vice-diretores nas unidades escolares;
- Carência de professores em diversas disciplinas;
- Falta de segurança no entorno das escolas;
- Não pagamento da gratificação gerencial para os vice-diretores;
- Não publicação dos direitos dos trabalhadores em educação previstos em lei, como: gratificação aprimoramento, mudanças de nível, alteração e redução de jornadas de trabalho;
- Não publicação das aposentadorias dos professores que aguardam há anos os respectivos atos aposentadores; não liberação para aguardar a aposentadoria fora do local de trabalho; não liberação da licença prêmio dos aposentandos.
- Alimentação escolar de baixa qualidade e pouca quantidade que é oferecida aos alunos;
- Excesso de trabalho destinado aos professores para além da sala de aula, a exemplo de preenchimento de planilhas, como o SMA;
- Reajuste Salarial: cumprimento do Piso Salarial, cujo percentual é de 31,3% a ser aplicado linearmente em toada tabela salarial do Magistério;
- NÃO À PEC 32!
- Não à PEC do Calote nos Precatórios do FUNDEF (PEC 23)
- Pela revitalização da EJA
A chuva não foi empecilho e os servidores e servidoras mostraram a força e união da categoria neste dia de luta!
O secretário de Educação não recebeu a direção da APLB que protocolou um documento cobrando dele, mais uma vez, a realização da Conferência Municipal de Educação.
O ato foi encerrado com todos cantando parabéns em homenagem ao dia dos servidores e servidoras. Foi servido um gigante bolo aos presentes.
Viva a luta da APLB!
NÃO À PEC 32 REFORMA ADMINISTRATIVA!
NAO À PEC DO CALOTE!
FORA BOLSONARO!
CONFIRA A REPORTAGEM:
Leia abaixo o Manifesto dos Trabalhadores em Educação:
MANIFESTO REDE MUINICIPAL