NAPAR repudia ato de racismo sofrido por Ducileide Queiroz, funcionária de posto de saúde, em Conceição de Feira
Em entrevista a um veículo de Comunicação, Ducileide contou que a acompanhante de uma paciente se referiu a ela como “nega preta”. “Na terça-feira eu sofri racismo aqui no meu trabalho, por uma senhora que veio pegar uma medicação aqui no posto. Como ela tinha quatro receitas das mesmas medicações, ela autorizou que eu rasgasse as duas mais velhas. Ai eu falei com ela que precisava marcar uma consulta com o médico para renovar a receita. Marquei a consulta dela, no outro dia ela trouxe a paciente para ser atendida, quando ela chegou,olhou para mim e disse assim: Foi aquela nega preta ali que rasgou sua receita. Levantei, fui até a sala do médico, que estava vazia no momento, e liguei para polícia, a Polícia veio, imediatamente, ela estava aqui ainda no momento e foi chamada para conversar, ela confessou para os policiais que tinha mesmo me chamado de nega preta”, relata Ducileide.
Conduzida para delegacia pelos policiais, a senhora prestará depoimento em audiência marcada para o dia 05 de agosto. “Ela foi conduzida até a delegacia para prestar depoimento, mas no momento a delegada não estava. Eu quero justiça, vou até o fim. Isso não pode ficar assim, é crime. Eu estava em serviço no momento. Eu sou negra sim e quero providência. Me senti péssima e humilhada”, concluiu a servidora pública.
Na última quinta-feira (05/08), uma manifestação foi organizada pela comunidade em protesto ao ato de racismo e em apoio à vítima.