“Enquanto vivemos risco de terceira onda, prefeito e secretário insistem em retomar aulas presenciais”, critica coordenador-geral da APLB-Sindicato

“Enquanto vivemos risco de terceira onda, prefeito e secretário insistem em retomar aulas presenciais”, critica coordenador-geral da APLB-Sindicato

O coordenador-geral da APLB-Sindicato, Rui Oliveira, reafirmou, nesta quarta-feira (19), a decisão de estado de greve e de manutenção das aulas remotas pelos trabalhadores de educação da rede municipal, principalmente após anúncio do prefeito Bruno Reis e do governador do Estado, Rui Costa, de que Salvador e a Bahia correm o risco de viver uma terceira onda da pandemia nos próximos dias.

Ele acrescentou que aguarda uma reunião entre o secretário municipal de Educação, Marcelo Oliveira, e a diretoria da categoria, uma vez que, na última segunda-feira (17), após carreata, os trabalhadores de educação não foram recebidos pelo gestor.

“Há um grande contrassenso, pois enquanto todos estão preocupados com o risco de terceira onda e com o aumento na taxa de ocupação de leitos de UTI, o prefeito e o secretário insistem em retomar as aulas presenciais num nítido desrespeito com a vida dos envolvidos no processo educacional”, declarou, se referindo ao último boletim da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SESAB) mostrando que a taxa de ocupação de leitos em Salvador chegou a 83%.

Conforme Oliveira, a entidade levou ao Ministério Público da Bahia (MP-BA) denúncias de que dezenas de escolas tiveram profissionais contaminados pela Covid após retomada de atividade presencial por meio do decreto municipal. Ao mesmo tempo, continua o coordenador, as escolas particulares já começam a suspender atividades presenciais, a exemplo do Colégio Salesiano, por conta da contaminação de uma professora da instituição de ensino.

“Tivemos um feriado de Dia das Mães, teremos Dia dos Namorados e de Santo Antônio, além dos festejos juninos. Tudo isso atrelado ao risco de uma terceira onda da pandemia no Estado e em Salvador. Continuaremos defendendo o não retorno das aulas presenciais, pois seria levar trabalhadores, estudantes e seus familiares para o corredor da morte”, destacou.

Ofício – Além da imunização completa dos trabalhadores de educação, com 1ª e 2ª doses da vacina, a categoria pede a revogação do decreto 33811, que obriga o retorno às aulas presenciais, e que se torne sem efeito o ofício nº 27 da SMED ameaçando corte de 2/3 do salário da categoria.

“É desrespeitoso com a comunidade escolar permanecer com a tentativa de retomar aulas presenciais, e contrariar os direitos trabalhistas dos servidores municipais ameaçando corte de salário por meio de um ofício que não tem força de lei. São muitas as evidências de que a retomada de aulas presenciais não tem o menor cabimento nesse momento. Por isso, tornamos a ressaltar nossas reivindicações e reafirmar que o essencial é a vida”, finalizou.

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