PELA VIDA, NÃO ÀS ATIVIDADES PRESENCIAIS! SIM, ÀS ATIVIDADES REMOTAS!
Como se não bastasse a apreensão, o temor, a angústia por conta desse vírus letal, aliados ao adoecimento físico e mental, como o estresse, a ansiedade, por conta do isolamento social e pela perda de familiares, parentes, amigos, colegas, os trabalhadores em Educação estão sendo pressionados pelas Gerências Regionais e gestores escolares para cumprirem atividades presenciais nas escolas e na a Jornada Pedagógica.
Nesse momento em que a Bahia poderá entrar em um colapso no sistema de saúde, por conta do aumento dos casos de óbitos e internações diárias pela COVID-19, é inaceitável!
Essa informação parte exatamente dos entes públicos (governo do Estado e Prefeitura de Salvador), ao afirmarem que o quadro é preocupante! O próprio Prefeito de Salvador já revelou que são grandes os riscos de circulação de outra cepa do coronavírus, inclusive com 10 casos já confirmados aqui na Bahia, da mesma variante de Manaus. Por essa razão, já anunciou que não descarta a possibilidade de adotar medidas mais restritivas de isolamento social (lockdown).
Todos são sabedores que desde o inicio da propagação dessa doença (março 2020), a APLB-Sindicato apresentou ao governo do Estado e prefeitos de Salvador e demais cidades do interior, indicação de protocolos de biossegurança, além de diversos outros documentos oficiais com a posição DE DEFESA DA VIDA! AULAS PRESENCIAIS, SÓ COM VACINA!
Nesse momento de crise sanitária e humanitária e da insistência em expor ao risco de contaminação os profissionais da educação, a APLB-Sindicato encaminhou um documento ao Secretário da Educação reafirmando posição de que as atividades pedagógicas dos professores e coordenadores fossem INTEGRALMENTE REMOTAS, seja pelos riscos do contágio do coronavírus e, também, pela suspensão dos auxílios transporte, alimentação e a gratificação de periferia.
Submeter os professores e coordenadores pedagógicos a mais um aumento nas despesas pagando passagem do transporte coletivo é um absurdo!
Assim, a categoria quer saber:
- Por que exigem a presença do professor e do coordenador na escola e não defendem a devolução dos citados auxílios?
- Por que exigem a presença dos professores e coordenadores e não devolvem a gratificação de periferia, benefício indispensável por conta da dificuldade de deslocamento daqueles que atuam em escolas consideradas periféricas ou em locais de difícil acesso?
- Já não bastam seis anos sem reajuste salarial e os aumentos no orçamento desses profissionais pelo uso excessivo da energia e da internet para darem conta das atividades do trabalho remoto, sem qualquer ajuda financeira da parte da SMED?
- Por que a SMED não preparou a rede, não promoveu a formação dos professores e coordenadores oferecendo suporte necessário de atendimento ao processo de aprendizagem na transição do ensino presencial para as aulas remotas, sabendo que, lamentavelmente, o vírus permanecerá entre nós por muito tempo?
- Será que as escolas estão prontas, cumprindo rigidamente os protocolos de biossegurança? A COVID-19 não aceita “arranjos”!
É bom deixar claro que os professores, coordenadores pedagógicos e demais funcionários da educação não deixaram de trabalhar durante todo o isolamento social. E com uma sobrecarga de trabalho já que, além de dar conta das suas atribuições com as aulas remotas, somam-se aos trabalhos domésticos, aos cuidados e a educação em casa dos próprios filhos.
Ainda assim, essas (es) profissionais e a APLB vêm sendo covardemente atacados por pessoas inescrupulosas que não entendem de Educação, que nunca pisaram os pés no chão das escolas públicas, tentam jogar a sociedade contra uma categoria abnegada que dedica grande parte das suas vidas cumprindo o seu papel de mediadoras(es) do processo ensino e aprendizagem, de estarem sempre atentas (os) no despertar da consciência dos seus alunos, filhas (os) das (os) trabalhadoras (es) para que se tornem cidadãos conscientes, que disputem os seus espaços na sociedade em iguais condições e que possam ser tornar agentes transformadores da sociedade e da vida das pessoas.
É o desejo, sim, de todas (os) as (os) trabalhadoras (es) em Educação que sejam retomadas as aulas presenciais, mas com segurança! A prioridade da vacina defendida pela APLB-Sindicato não é privilegio! É uma necessidade e um direito à vida, pois o COVID-19 é um forte inimigo da humanidade, pois já matou milhares de pessoas e não queremos mais perder ninguém!
Da mesma forma, a APLB-Sindicato permanece firme no enfrentamento ao governo federal, contra um presidente irresponsável, genocida, negacionista da ciência, pois banaliza a doença, descredencia a vacina e não se comove com as mortes de tantos brasileiros que foram vencidos por esta doença. Se contrapor a esse governo, é tarefa nossa!
PELA VIDA, NENHUMA ATIVIDADE PRESENCIAL NEM DURANTE, NEM APÓS A JORNADA PEDAGÓGICA!
FORA BOLSONARO E MOURÃO!
VACINA JÁ PARA TODOS!
VAMOS JUNTAS (OS)!