29 DE JANEIRO – DIA DA VISIBILIDADE TRANS: APLB DEFENDE DEBATE E COMBATE À VIOLÊNCIA DE GÊNERO NOS ESPAÇOS ESCOLARES

29 DE JANEIRO – DIA DA VISIBILIDADE TRANS: APLB DEFENDE DEBATE E COMBATE À VIOLÊNCIA DE GÊNERO NOS ESPAÇOS ESCOLARES

O departamento da Diversidade LGBT da APLB- Sindicato  destaca hoje o Dia da Visibilidade Trans,  celebrado em 29 de janeiro, com o objetivo de tornar vista essa comunidade, promover a conscientização sobre a diversidade de gênero e continuar a luta contra toda forma de lgbtfobia / transfobia (que nesta pandemia se acentuou, tornando essa população ainda mais vulnerável), para além dos muros das escolas.

 A APLB-Sindicato defende que os espaços escolares sejam ambientes de promoção do conhecimento, do respeito e do combate a transfobia, com o compromisso de provocar discussões acerca de todos os temas educacionais e o universo das atividades que podem ser trabalhadas em sala de aula – como o debate imprescindível de gênero e combate às violências nos espaços escolares e fora deles, desmistificando preconceitos e estigmas criados pela sociedade patriarcal. A escola precisa acolher esse público, e garantir sua permanência, assim como seu desenvolvimento pleno, pois a vida escolar, na maioria das vezes, é decisiva à formação e ao desenvolvimento para a cidadania.

O departamento sempre lembra que a luta por respeito e igualdade de gênero não se resume só nesta data, são todos os dias e horas que essa a comunidade de travestis, transexuais e transgêneros enfrentam desafios para terem o direito garantido  de estarem vivos e serem reconhecidos como cidadãos e cidadãs.

Segundo o censo do IBGE (Instituto Brasileiro Geográfico de Estatística ), a expectativa de vida das pessoas trans é de, no máximo, 35 anos.

Em 2020, segundo dados registrados pela ‘Trans Murder Monitoring’, 124 pessoas transexuais foram mortas no Brasil, apenas nos primeiros nove meses do ano, o colocando, desse modo, no inglório topo do ranking dos mais violentos para essa parcela da população pelo 12º ano consecutivo.

Apesar das conquistas de décadas de luta e ativismo, a transfobia, a falta de oportunidades pelo mercado de trabalho, a rejeição pela própria família, a impunidade para atos violentos, e o continuo discurso de ódio disseminado por pessoas que, supostamente, deveriam proteger, ainda são uma dura realidade da nossa sociedade e que continuamente precisam ser enfrentadas.

A pandemia da Covid-19 agravou um problema que, para as pessoas trans, é ainda mais grave: o desemprego. Pesquisa da Secretaria de Direitos Humanos da Prefeitura de São Paulo, que será divulgada na íntegra também nesta sexta-feira, registra que as pessoas transsexuais estão majoritariamente excluídas do mercado de trabalho formal.

 

Entenda a diferença entre as identidades de gênero, que contemplam a letra “T”, na sigla LGBT

Transexual

Termo genérico que caracteriza a pessoa que não se identifica com o gênero de nascimento. Evite utilizar o termo isoladamente, pois soa ofensivo para pessoas transexuais, pelo fato de essa ser uma de suas características e não a única. Sempre se refira à pessoa como mulher transexual ou como homem transexual, de acordo com o gênero com o qual ela se identifica.

Travesti

Pessoa que vivencia papéis de gênero feminino, sendo uma construção de identidade de gênero feminina e latinoamericana. A travesti foi designada do gênero masculino ao nascer, mas se reconhece numa identidade feminina. O termo foi por muito tempo utilizado de forma pejorativa, mas tem sido ressignificado pelo movimento LGBT, como forma de reconhecer a importância da mobilização das travestis na luta por direitos igualitários no Brasil.

Trangênero

O termo “transgênero” ou “trans” se refere a uma pessoa cuja identidade de gênero – o sentimento psicologicamente arraigado de ser um homem, uma mulher, ou nenhuma das duas categorias – não corresponde à de seu sexo de nascimento.

As cores que se referem-se a  bandeira trans  ( transexual, travesti e transgenero ) são rosa, azul e branco.

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