Política Ao Vivo – “Se morrer alguém, vamos levar o caixão na governadoria”, protesta presidente da APLB

Política Ao Vivo – “Se morrer alguém, vamos levar o caixão na governadoria”, protesta presidente da APLB

Em entrevista ao Portal Política Ao Vivo o nosso coordenador-geral  Rui Oliveira fala sobre as declarações  do secretário de Saúde, Fábio Vilas-Boas sobre a possibilidade das aulas presenciais ocorrerem em setembro. Confira a matéria abaixo: 

O presidente do Sindicato dos Professores da Bahia (APLB), Rui Oliveira, subiu o tom contra o governador Rui Costa (PT), em conversa com o Política ao Vivo, nesta quinta-feira (13).

O motivo foi a fala do secretário de Saúde, Fábio Vilas-Boas, que em entrevista ao Correio disse que as aulas da rede estadual de ensino devem voltar em setembro, mesmo com a pandemia do novo coronavírus longe de ter fim, ou até outubro.

Rui Oliveira reafirmou a postura do sindicato com relação ao retorno e disse que, caso o governador insista em voltar com as aulas com o risco de contaminação entre alunos e profissionais, a categoria não aceitará a decisão, chamada pelo professor de ‘autoritária’.

“É obrigação do governador fazer essa previsão de volta. Mas ele vai assumir a morte de milhares de pessoas e caberá à sociedade julgar. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que é de direita, colocou em decreto que as aulas só retornem em 2021. No Acre, o governador que é ruralista também definiu o retorno para 2021 também. Agora, aqui ficam alguns querendo tapar o sol com a peneira. A gente vê nos telejornais que a Bahia estabiliza e aumenta o número de casos”, disse Rui, que ainda foi mais longe.

Ele falou que a categoria vai bater de frente com o governador e poderá, caso morra algum aluno ou profissional da educação vítima do novo coronavírus, levar o caixão até a governadoria.

“Não se pode dar o luxo de arriscar a vida. A APLB não vai aceitar, será complicado se isso acontecer [retorno das aulas]… Não vamos medir esforços e, se algum estudante morrer, esperamos que isso não aconteça, ou algum professor ou funcionário, faremos uma passeata com o caixão do morto e deixaremos na porta da governadoria… Vai ser uma tragédia esse retorno. É muito fácil falar dentro de uma sala com ar-condicionado e não conhecer a realidade… Nós vamos reagir”, declarou o professor

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