TANHAÇU – PARA ESCONDER DENÚNCIAS DA APLB, PREFEITO TENTA IMPEDIR DIVULGAÇÃO DE OUTDOORS

Os últimos dias têm sido de intensa mobilização dos professores municipais da cidade de Tanhaçu-Bahia, eles cobram o pagamento de 60% dos precatórios do FUNDEF que têm direito em receber, conforme a Lei que institui o fundo determina, e o prefeito insiste em não pagar. A prefeitura recebeu mais de 18 milhões e, com 3 processos em tramitação no judiciário que cobram tal pagamento aos educadores, o prefeito vem gastando essa parte que cabe aos professores com obras, mesmo sem esses processos serem julgados ainda, o que está provocando a revolta dos docentes. Com o apoio da APLB Sindicato e do SIMPRO (Sindicato dos Professores Municipais de Tanhaçu), várias ações vêm sendo organizadas pelos professores como publicações de cards, assembleias e reuniões online, panelaço virtual, publicação de outdoors, denúncias em blogs, participação na Câmara de Vereadores e carreata com buzinaço.

Ao invés de buscar atender a solicitação de reunião impetrado pelo sindicato para tentar uma negociação, o governo municipal tenta calar a voz dos professores. Primeiro, emitiu um ofício da Secretaria Municipal de Saúde tentando impedir a realização da carreata, sendo que já foi autorizado a abertura do comércio e feira livre, mas a carreata está mantida para próxima sexta-feira, dia 7 de agosto. Inconformado com as cobranças, o prefeito fere a liberdade de expressão e manda a empresa de outdoor da cidade “retirar ou cobrir” a propaganda da APLB Sindicato num prazo de 48 horas.

OUTDOOR DA APLB SINDICATO

Os dois outdoors instalados no dia 30 de julho no município, expõe uma campanha regional da APLB Sindicato intitulada “PREFEITO, NÃO META A MÃO NO QUE É NOSSO” que cobram dos prefeitos dessa região o pagamento dos 60% dos precatórios do FUNDEF que fazem jus aos professores. Incomodado, o prefeito emitiu no dia de ontem um ofício determinando a retirada dos outdoors, mesmo sem poder para tal, já que somente o Poder Judiciário é a instância capaz de emitir tal ordem. O ofício acusa a APLB de cometer crime de calúnia, já que, segundo o ofício, a APLB está acusando o prefeito de cometer diversos crimes, sem informar que crimes são esses. A única denúncia e cobrança que a APLB Sindicato faz nessa campanha é que o prefeito não está pagando os 60% dos precatórios do FUNDEF aos professores, e o próprio governo assume no ofício que isso é crime. Se é crime ou não gastar os 60% dos precatórios do FUNDEF, se a APLB Sindicato está cometendo o crime ou não de calúnia, cabe apenas o Poder Judiciário determinar e não o prefeito de Tanhaçu, assim como não cabe ao gestor mandar retirar o outdoor do sindicato sem mandato judicial.

Vivemos em plena democracia, onde atitudes coronelistas e autoritárias não são toleradas, por isso a APLB Sindicato repudia a atitude do prefeito do município de Tanhaçu que tenta calar a voz da categoria dos professores que lutam por seus direitos. Recorreremos de todas as instâncias jurídicas para garantir nossa liberdade de expressão e pensamento.

Diretoria de Tanhaçu