FRENTE DE EDUCAÇÃO EM DEFESA DA VIDA: SEM VACINA, VOLTA ÀS AULAS REPRESENTA GENOCÍDIO
No Brasil, o número de mortes pela COVID-19 já chega a quase 88 mil. Mesmo assim, por pressão do poder econômico, diversas atividades como shoppings já voltaram a funcionar em várias cidades do país. A reabertura das escolas também já esta na pauta de discussão.
A APLB-SINDICATO, entidade que representa os trabalhadores em Educação do Estado da Bahia, rechaça toda e qualquer proposta de volta às aulas sem protocolos rígidos voltados para as áreas pedagógicas e de infraestrutura das escolas, visando à garantia da saúde dos estudantes, professores e funcionários.
“Isso é um atentado à vida! A APLB vem lutando, junto com a CNTE, para defender a vida. Nosso lema é esse! Já perdemos muita gente, já perdemos uma diretora da APLB. Reposição de conteúdo a gente consegue fazer depois, mas reposição da vida, não dá fazer. Será um genocídio.” diz Rui Oliveira, coordenador-geral da APLB-Sindicato.
O retorno dos alunos às aulas deverá colocar em risco 9,3 milhões de idosos e adultos (4,4% da população do país) com problemas de saúde e comorbidades, de acordo com pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) que conta com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O grupo tem chance de pegar a Covid-19 por viver na mesma casa que crianças e adolescentes em idade escolar. “Na Bahia, por exemplo, temos 670 mil pessoas com mais de 60 anos. A estimativa é que com a reabertura, como querem o governador e o prefeito de Salvador, 37 mil pessoas venham óbito na primeira quinzena, não podemos permitir isso” enfatiza Rui Oliveira.
FRENTE DA EDUCAÇÃO EM DEFESA DA VIDA
A Frente da Educação em Defesa da Vida, composta pela APLB-SINDICATO, ASSUFBA, APUB, SINASEFE, SINPRO-BA, ADUNEB E CTB, foi organizada para debater os riscos de um eventual retorno às aulas durante o período de pandemia. Nesta segunda-feira (27), de forma remota, vai ser realizado o primeiro debate. A reunião contará com a presença de representantes da UNE, da UBES, da CUT, do Ministério Público, do Conselho estadual de Educação, das Comissões de Educação da Câmara Municipal e da Assembleia Legislativa.
“O nosso objetivo é discutir e impor protocolos para que a reabertura das escolas seja feita de maneira segura, sem exposição de alunos e trabalhadores ao coronavírus. A Frente está aberta para receber outras entidades que queiram contribuir com propostas. Vamos organizar um manifesto exigindo do Governo respeito à vida. Sem a vacina, a melhor medida de proteção ainda é o isolamento social”, concluiu Rui Oliveira.