APLB repudia declarações de Weintraub e defende o papel das universidades públicas. “Atitude extremamente desrespeitosa e que demonstra total desconhecimento da área”, diz Rui Oliveira
A APLB-sindicato legítima representante dos trabalhadores em Educação do Estado da Bahia repudia veemente às declarações do ministro da Educação, Abraham Weintraub, que cumprimentou apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) neste domingo (14), em Brasília, e disse que não quer sociólogos, antropólogos e filósofos estudando com o que chamou de “meu dinheiro”.
“Todas as universidades que a gente tem, não brota da terra o dinheiro, vem do imposto. Quando a gente for comprar pão, gasolina para a moto, telefone celular, vem imposto. E esse imposto é usado para pagar salário de professor, de técnico, bolsa, alimentação, tudo isso. Eu, como brasileiro, eu quero ter mais médico, mais enfermeiro, mais engenheiro, mais dentistas. Eu não quero mais sociológico, antropológico, não quero mais filósofo com o meu dinheiro”, disse o ministro.
A direção da APLB-Sindicato considera as palavras do ministro uma vergonha para o País e um desrespeito aos profissionais de Educação.
A APLB defende o papel da universidade pública na construção da mudança da estrutura social, sendo possível o rompimento do ciclo de pobreza, não só com os cursos de Filosofia, Sociologia e Antropologia, mas com todas as licenciaturas que formam professores da educação básica.
Para o professor Rui Oliveira, coordenador-geral da APLB, as declarações do ministro se repetem refletindo “uma atitude extremamente desrespeitosa, que demonstra total desconhecimento da área”.