Professores de Iaçu tiveram cortes de até R$ 1,5 mil nos salários
Profissionais da Educação de Iaçú (BA) tiveram de R$600 a R$1,5 mil descontados do contracheque, no último mês de março. O corte foi promovido pelo prefeito, Adelson Sousa, após recusar a proposta de reposição de aulas enviada pela categoria. Em fevereiro deste ano, professores do município fizeram paralisação de 10 dias pedindo a revogação de um decreto da prefeitura que há 3 anos congelou o salário dos profissionais do Magistério. Além de não responder a reivindicação, a administração resolveu descontar os dias parados dos salários dos professores.
“O prefeito editou um decreto sobrepondo a lei municipal que dispõe sobre o plano de carreira dos servidores do Magistério. Desde então, a prefeitura vem pagando o piso nacional para servidores de nível 1 e congelando todas as vantagens da carreira”, disse o professor e secretário da APLB-SINDICATO em Iaçu, Vinícius Oliveira.
De acordo o educador, a categoria tentou, por várias vezes, diálogo com a gestão local, na tentativa de revogar a medida. No entanto, todos os pedidos de negociação foram negados pela prefeitura. A classe agora tenta na Justiça a reposição dos valores.
“Estamos acionando o departamento jurídico APLB para resolver essa situação. Sofremos um ato de abuso institucional, praticado pelo prefeito, e esperamos a devolução dos valores descontados. A nossa paralisação foi legítima. Lutamos pelo descongelamento dos nossos salários e o cumprimento, na íntegra, da lei do Magistério”, destacou Oliveira.