A APLB-Sindicato apoia a greve dos professores das universidades estaduais e é contra a falta de diálogo do governo
Professores da Universidade Estadual da Bahia (Uneb) iniciaram na última terça-feira (4) um acampamento em frente à Secretaria de Educação, no Centro Administrativo da Bahia (CAB). Com origem no movimento sindical, o governador Rui Costa está fazendo o contrário do que todos imaginavam: simplesmente não negocia com associações e sindicatos, e corta o ponto dos grevistas. As críticas à sua maneira de lidar com o movimento social, desde que assumiu o governo, são muitas. Sob a justificativa de manter as contas equilibradas, o governo sequer admite discutir a pauta de negociações.
A margem de concessões por parte do governo é realmente pequena. O relatório do Tribunal de Contas do Estado sobre as contas de 2018 sinaliza que o limite de gastos com pessoal está muito próximo do teto e isso dificulta uma política de reajustes para o serviço público. Como o contexto nacional inclui o atraso no pagamento de vencimentos em diversos estados, Rui usa a seu favor o histórico de nunca ter tido problema com a folha. Só que não é apenas isso que os professores reclamam.
A possibilidade de que as alterações no Estatuto do Magistério Superior sejam feitas apenas com a discussão com os professores é, por exemplo, algo razoável. Porém é muito mais fácil usar a força das urnas e de uma base aliada elástica do que conversar. Esse é apenas um dos pontos possíveis e que não existe uma sinalização pública de que o governo pode conversar.
A APLB-Sindicato sugere ao governador que se lembre do tempo em que era sindicalista e diretor do Sindiquímica e atue com diálogo com os professores universitários grevistas.
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