CORAGEM E RESISTÊNCIA: Em meio a uma grande mobilização dos servidores, Assembleia Legislativa aprovou, na sessão desta quarta (12), o pacote econômico do governo Rui Costa. A luta continua!

CORAGEM E RESISTÊNCIA: Em meio a uma grande mobilização dos servidores, Assembleia Legislativa aprovou, na sessão desta quarta (12), o pacote econômico do governo Rui Costa. A luta continua!

Mesmo tristes e indignados com a votação e aprovação do pacote econômico do governo Rui Costa, PL 22.975/2018, que modifica a estrutura da organização da administração pública do estado,  e traz projetos que prejudicam não apenas os servidores, mas toda a sociedade, os funcionários públicos deixaram  a Assembleia na tarde desta quarta-feira(12), com a certeza do dever cumprido e dispostos a continuar a mobilização contra a retirada de direitos e o desmonte do estado. Nesta segunda-feira as lideranças sindicais dos servidores já terão uma reunião para decidir os próximos passos da mobilização.

“Ainda que os projetos tenham sido votados e aprovados, de forma escondida e sem permitir o acesso dos trabalhadores, nós saímos daqui com a certeza de que quem saiu enfraquecido deste triste episódio de nossa história foi o governador Rui Costa, que se manteve inflexível e não buscou o diálogo. Nós, ao contrário saímos fortalecidos, fizemos uma grande mobilização e inclusive conseguimos, de forma inédita, barrar a sessão de ontem. Agora vamos manter a mobilização, as reuniões e a luta pela valorização dos servidores públicos, contra o aumento da alíquota do FUNPREV, contra o reajuste zero e contra o fechamento de escolas, entre outras pautas que compõem a nossa agenda de lutas para 2019”, avaliou a Professora Marilene Betros, vice-coordenadora da APLB-Sindicato. (Veja abaixo vídeo da Professora Marilene Betros sobre o resultado da mobilização).

Fotos: Aristeu Chagas e Leda Albernaz

https://www.facebook.com/aplbsindicatoba/videos/204723560433940/

Como foi a votação

As mudanças na contribuição do Funprev e no custeio do Planserv, plano de saúde dos servidores públicos da Bahia, foram aprovadas por todos os 39 governistas presentes na votação. Antes da votação, os 19 deputados da a bancada da oposição abandonaram o auditório Jorge Calmon, onde as matérias foram apreciadas.

Foram favoráveis à aprovação das medidas: Aderbal Caldas (PP), Adolfo Menezes (PSD), Alan Castro (PSD), Alex de Piatã (PSD), Alex Lima (PSB), Angela Souza (PSD), Angelo Almeida (PSB), Angelo Coronel (PSD), Antônio Henrique (PP), Bira Coroa (PT), Bobô (PCdoB), Carlos Geilson (PSDB), Carlos Ubaldino (PSD), Eduardo Salles (PDT), Fabíola Mansur (PSB), Falcão (PCdoB), Fátima Nunes (PT), Gika Lopes (PT), Jânio Natal (Pode), Joseildo Ramos (PT), Jurandy Oliveira (PRP), Luiz Augusto (PP), Manasses (PSD), Marcelo Nilo (PSB), Maria Del Carmen (PT), Marquinho Viana (PSB), Mirela Macedo (PSD), Nelson Leal (PP), Neusa Cadore (PT), Pastor Sargento Isidório (Avante), Paulo Rangel (PT), Reinaldo Braga (PR), Roberto Carlos (PDT), Robinho (PP), Rosemberg Pinto (PT), Vitor Bonfim (PR), Zé Neto (PT), Zé Raimundo (PT). 

Fotos: Adriana Roque

Para evitar os servidores, os deputados estão votando os projetos que retiram direitos dos trabalhadores e cortam investimentos propostos pelo governador Rui Costa. Agora, 12h15 desta quarta-feira, 12 de dezembro, a História registra um momento triste na Assembleia Legislativa da Bahia. Os mais de 100 servidores públicos que estão acampados no Plenário da Assembleia Legislativa desde a tarde de terça-feira (11) e que dormiram no foyer e Plenário estão cercados pela polícia e impedidos de acompanhar a votação que acontece às escondidas, assim como outros servidores que foram barrados pela polícia e não tiveram acesso à Casa do Povo. A vereadora Aladilce Souza (PCdoB) e o deputado eleito Hilton Coelho (PSOL) estiveram apoiando a manifestação. 

Do lado de fora e sob o sol quente, os trabalhadores tentaram impedir alguns deputados de entrar, e usaram até o próprio corpo, veja vídeo abaixo, mas não obtiveram sucesso diante da truculência de representantes do povo que usam alguns servidores, os policiais, para coibir e enfraquecer o movimento. Alguns deputados conseguiram furar o bloqueio, não dialogaram com os servidores e entraram pelas portas laterais. Tropas de Choque barram a entrada principal da AL-BA, assim como cercam toda a estrutura em volta da Assembleia. Veja nas fotos e imagens abaixo:

Para o coordenador-geral da APLB-Sindicato o dia de ontem, terça-feira, 11, foi vitorioso, pois a categoria unida conseguiu barrar a votação. “Foi uma grande vitória porque entidades de várias categorias estiveram juntas, ocupamos o Plenário e conseguimos obstruir a votação paralisando a sessão. Considero uma derrota para o Poder Legislativo, pois os deputados irão fazer uma sessão às escondidas, com medo dos trabalhadores que irão denunciar todos os deputados que votaram contra os direitos destes servidores.  Nós queremos o diálogo! É inadmissível que o governador do Estado antecipe a Reforma do Governo Bolsonaro. A luta continua contra o aumento da alíquota do Funprev, de 12% para 14%; contra privatizações de empresas e órgãos estaduais; contra o fechamento de escolas e contra a precarização do Planserv. Convocamos todos os servidores para essa luta”, declara Rui Oliveira.

O aparato policial esteve forte durante toda a manhã desta quarta-feira na Assembleia. O detalhe é que os servidores estão lutando pelos direitos destes policiais também.

 Servidores tentam entrar pela porta lateral, mas sem sucesso. Apenas trabalhadores da Casa Legislativa e uma parte da Imprensa teve acesso.

Flagrantes do momento das votações que ocorrem no auditório Pedro Calmon, às escondidas, longe dos trabalhadores que não tiveram acesso ao local.  As informações é que não obtiveram o quorum suficiente, mas isso pode mudar a qualquer momento.

    

Fotos: Aristeu Chagas  

O momento da ocupação. Reportagem da TV APLB:

 

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Fotos: Getúlio Lefundes/Leda Albernaz

Numa demonstração de força, unidade e disposição de luta, os servidores públicos estaduais realizaram uma grande manifestação na Assembleia Legislativa na tarde desta terça-feira, 11. Indignados com a inflexibilidade do governo Rui Costa, que não aceitou dialogar e muito menos negociar os projetos que tratam do Funprev, Planserv e empresas públicas, centenas de servidores presentes na Assembleia Legislativa para mais um dia de mobilização, ocuparam o plenário da Casa.

A intenção do ato, que começou com os manifestantes obstruindo o acesso dos deputados ao plenário, foi impedir a votação das matérias, que compõem o pacote econômico do governo Rui Costa enviado desde o final de novembro à Assembleia.

A ação dos servidores forçou a suspensão da sessão ordinária, que posteriormente foi encerrada, com marcação de nova assembleia para esta quarta-feira, 12, às 8h30. Após o anuncio de suspensão da sessão, feito pelo presidente da Casa, deputado Angelo Coronel, um grupo de sindicalistas, representando as entidades presentes, realizaram uma reunião para avaliar e definir as estratégias para a continuidade do movimento.

Na reunião, os sindicatos decidiram permanecer na Assembleia, por isso a APLB reforça a convocação de todos os educadores para comparecerem à AL-BA nesta quarta (12), às 8h30, a fim de fortalecer o movimento e garantir que os projetos não sejam votados.

Servidores acampados na AL-BA

Para manter o plenário ocupado, cada sindicato ficou responsável por manter de 10 a 15 servidores na AL-BA. A estratégia foi tomada após a reunião entre as lideranças sindicais das diversas categorias. “Cada entidade deve convocar, por WhatsApp ou vídeo, uma grande contingência de pessoas para ficar aqui ou lá fora, mesmo cheio de polícia”, concluiu Rui Oliveira. 

Os sindicatos que organizaram o movimento, entre os quais a APLB-Sindicato, realizando mobilização e manifestações na Assembleia desde o dia 3 de dezembro, buscaram desde o início, junto à bancada do governo e a presidência da Casa, a abertura de negociação sobre os projetos que tratam sobre o aumento da alíquota do Funprev de 12% para 14%; a redução em 50% do repasse do governo ao Planserv; extingue empresas públicas; e reduz cargos em diversos órgãos e secretarias. Porém não obtiveram uma resposta positiva.

Caso as matérias sejam votadas, os servidores estão dispostos a entrar na justiça com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade – ADIN, além de fazerem cartazes com as fotos dos deputados que votarem contra o povo para serem divulgados na mídia e redes sociais, entre outras ações.

 

Continua nesta terça (11) a mobilização dos servidores estaduais contra o aumento no Funprev e redução de recursos do Planserv.

A APLB-Sindicato convoca todos os educadores da rede estadual para a manifestação que acontecerá nesta terça (11), às 13 h, na Assembleia Legislativa, para pressionar o governo a retirar de pauta os projetos que aumentam a alíquota de contribuição ao Funprev de 12% para 14% e reduz em 50% a participação do Estado no custeio do Planserv. Os educadores estão com as atividades paralisadas e mantêm a mobilização para impedir a votação destes projetos do governo do estado que prejudicam os servidores.

Nesta segunda, 10, os servidores mais uma vez ocuparam o foyer do Plenário da AL-BA, porém  a situação continuou sem novidades. O presidente da Assembleia não estava presente e a  sessão ordinária foi aberta, mas em seguida caiu por falta de quorum. O coordenador geral da APLB,  Prof. Rui Oliveira reforçou a convocação reforçou a convocação da  categoria, conclamando a todos para comparecerem à manifestação na assembleia Legislativa nesta terça. “Só com a participação de todos poderemos barrar a votação destes projetos”.

 Para o Professor Rui, o servidor baiano, que já acumula uma perda salarial de 25% nos últimos quatro anos, não é culpado pelo alegado rombo no Funprev. “Ao longo de décadas, políticas governamentais equivocadas foram fragilizando a situação previdenciária do Estado, além disso, o Estado vem substituindo o concurso público por contratação pelo regime de Reda e Terceirização, contratando trabalhadores que contribuem para o INSS e não para o fundo de previdência estadual”, argumenta.

Ele assinala também que a redução do custeio do Planserv vai inviabilizar os serviços do plano de saúde, que hoje já mantém um atendimento com a utilização de cotas pelas clínicas e médicos.

“Os mais prejudicados com as medidas do governo serão exatamente os servidores com menor remuneração. Eles serão punidos duplamente, com o aumento na contribuição ao Funprev e com a queda de qualidade no atendimento do Planserv”, analisa o dirigente sindical.

Vale lembrar que estes trabalhadores tiveram aumento recente no valor do plano de saúde, quando o Estado já praticava o congelamento salarial!

Fotos: Aristeu Chagas

 

Os servidores públicos estaduais, que se encontram em luta contra o aumento da alíquota do FUNPREV, projeto proposto pelo governador Rui Costa, continuam na pressão contra a votação da  matéria pela Assembleia Legislativa. Nesta quinta-feira, 6, eles realizaram mais um dia de protesto e articulações na AL-BA e conseguiram fazer com que o projeto não fosse votado.

Como foi pedido vista ao projeto pela oposição, os servidores ganham um pouco mais de tempo nesta luta. Diante disso, a APLB-Sindicato convoca a categoria para continuar com a paralisação na rede e a mobilização, na Assembleia Legislativa, na segunda e terça-feira, dias 10 e 11, às 13h,  com o objetivo de barrar a tramitação do nefasto projeto.

Durante toda esta semana, servidores de diversas categorias do funcionalismo estão se mobilizando na Alba, concentrados no foyer do Plenário e visitando os gabinetes dos deputados. Os trabalhadores entregaram um manifesto, assinado pela coordenação do movimento: Sinpojud, APLB-Sindicato, Sindsaúde e Sindsefaz, à presidência da Casa e às lideranças partidárias, com o objetivo de barrar o projeto que aumenta a contribuição da Previdenciária dos servidores públicos de 12% para 14% e encontra-se na Assembleia Legislativa da Bahia para votação.

Além disso, os servidores entregaram um estudo do DIEESE sobre o referido projeto, que aponta uma defasagem de 25% nos salários dos servidores, acumulado no período de 2014 até os dias atuais.

O coordenador geral da APLB, Rui Oliveira destaca a importância da mobilização dos trabalhadores contra o projeto. “Os servidores públicos baianos não podem pagar por uma crise que não foi nós que criamos, ao contrário, estamos sem reposição linear há 4 anos, e um aumento nesta alíquota vai diminuir ainda mais os salários. Por isso, convoco toda a categoria para estarmos juntos nesta luta, comparecendo na AL-BA para  protestar e barrar este projeto”.

 Fotos: Leda Albernaz

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Atenção para as resoluções da assembleia dos funcionários públicos realizada nesta terça, 4 de dezembro. Quinta-feira: 13h, assembleia conjunta

Os servidores públicos estaduais realizaram uma assembleia na tarde de terça-feira, dia 4, na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). Participaram da assembleia conjunta a APLB-Sindicato, Sindsefaz, Sinpojud, Aduneb, Sindsaúde, Adusb, Sindipoc, Ascom, Sintracom, CTB, Simpem, entre outras entidades.

A luta contra o aumento da alíquota da Previdência Estadual, de 12% para 14%, continua.

Na quinta-feira, 6 de dezembro , Dia Estadual de Luta do Funcionalismo Público, haverá paralisação do trabalho e mobilização. Às 13 horas haverá manifestação e assembleia conjunta na AL-BA.

Vamos denunciar os parlamentares que votarem contra os trabalhadores públicos.

Vamos entrar com uma ação na justiça, caso o governo aprove  o aumento da alíquota que o governador Rui Costa quer impor.

Fotos: Getúlio Lefundes

Servidores estaduais realizam segundo dia de mobilização na AL-BA, nesta terça-feira, 4, e aprovaram Dia Estadual de Luta, na quinta,6, com ato a partir das 13h, também na AL-BA

Os servidores estaduais realizaram, nesta terça-feira, 4, o  segundo dia de mobilização na AL-BA. Diante da postura irredutível do governo, que mantém pé firme em relação ao aumento da alíquota do FUNPREV, e do Legislativo, que não se mostrou sensível aos pedidos da categoria, de abertura de canais de diálogo, os servidores, reunidos em assembleia conjunta, aprovaram continuidade da mobilização, com agenda de luta marcada para a próxima quinta-feira, 6, na AL-BA.

Desde o final da manhã na Assembleia, a comissão de servidores, formada por dirigentes dos vários sindicatos que organizam a mobilização, buscou o diálogo com a presidência da casa e as lideranças partidárias, fez articulações com alguns deputados, inclusive sugerindo emendas ao projeto do governo, além de tentar barrar, na sessão ordinária desta terça-feira, a votação do regime de urgência urgentíssima para apreciação do projeto.

Porém, diante da decisão de continuidade da tramitação da matéria,  os servidores aprovaram um Dia Estadual de Luta, com mobilização e paralisação, a ser realizado na quinta-feira, 6, com um grande ato na Assembleia, a partir das 13 horas, quando vão protestar contra a votação do nefasto projeto. Caso o projeto seja votado, a decisão dos sindicatos de servidores é entrar com ação judicial visando reverter a medida.

A mobilização é organizada pela APLB-Sindicato, Sindsaúde, Sindsefaz, Sinpojud, com a participação de entidades e representantes de várias outras categorias de servidores estaduais.

Na segunda-feira, 3, a APLB-Sindicato,  juntamente com Sinpojud, Sindsaude e Sindsefaz, entregaram um documento na Presidência da Assembleia Legislativa do Estado, pedindo que o legislativo não vote as matérias enviadas pelo governador Rui Costa, especialmente o aumento da alíquota do FUNPREV.

Projetos – No último dia 29/11, o governo enviou projetos que aumentam a alíquota previdenciária de 12% para 14%, reduz de 4% para 2% a participação dos poderes no custeio do Planserv e modifica o Teto Salarial da Bahia, que passará do vencimento de desembargador para o vencimento do governador.

     

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Fotos: Leda Albernaz

Indignados com o anúncio feito pelo governador Rui Costa de que vai promover  reajuste da alíquota da previdência, dos atuais 12% para 14%, os servidores públicos estaduais movimentaram a Assembleia Legislativa, na tarde desta segunda-feira, 3, onde realizaram um protesto para exigir a retirada do projeto de aumento enviado aquela Casa pelo Governo do Estado e abrir canais de diálogo com o presidente da ALBA, deputado Ângelo Coronel, e as lideranças partidárias, para discussão da matéria com os sindicatos dos servidores e representantes do DIEESE, em busca de saídas que não penalizem os servidores, que estão sem reajuste linear há cinco anos.

Com faixas e cartazes e gritando palavras de ordem, os servidores ocuparam o foyer do Plenário, bem como a área eterna da Assembleia.

“Pagar mais previdência significa para os servidores perder ainda mais o poder aquisitivo, já achatado e um dos mais baixos do país, com piso de R$ 788,00, abaixo do valor do salário mínimo”, analisa o coordenador geral da     APLB-Sindicato, Professor Rui Costa.

Durante a mobilização, os servidores protocolaram a entrega de um manifesto, assinado pela coordenação do movimento: APLB-Sindicato, Sindsaúde, Sindsefaz e Sinpojud, à presidência da Casa e às lideranças partidárias, bem como um estudo do DIEESE sobre o referido projeto, que aponta uma defasagem de 25% nos salários dos servidores, acumulado no período de 2014 até os dias atuais.

Também participaram do ato, servidores da Universidade de Feira de Santana e de diversas secretarias, além de representes do Sindimed e da Aduneb, e também das centrais CTB e CUT, que apoiam o movimento dos servidores estaduais da Bahia.

 “Os servidores não podem pagar a conta pela crise, já estamos há cinco anos sem reajuste salarial e não vamos aceitar mais 2% na contribuição previdenciária. Mesmo porque, a maioria dos estados tem alíquotas inferiores a 12%”, ponderou o coordenador d APLB.

Para o Professor Rui Oliveira, a medida do governador tenta adiantar na bahia a agenda neoliberal do governo federal. Ele acrescentou ainda que a baixa arrecadação do FUNPREV  é consequência da política de terceirização do serviço público adotada no estado, que tem um alto índice de funcionários contratados por REDA, que não arrecadam para o FUNPREV e sim para o INSS.

Nesta terça-feira, 4, às 13 h, os servidores mais uma vez estarão na Assembleia Legislativa, onde vão realizar uma assembleia conjunta para deliberar sobre os próximos passos do movimento.

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Sindicatos reagem ao aumento de alíquota da previdência e mobilizam servidores públicos: Segunda-feira, 13 horas, haverá mobilização na Assembleia Legislativa. Terça-feira, 4, no mesmo horário e também na AL-BA, assembleia dos servidores públicos, que se sentem traídos pelo governo de Rui Costa

 

Em reunião conjunta no auditório da APLB-Sindicato, na manhã desta sexta-feira, 30 de novembro, dirigentes da APLB, do Sinpojud, do Sindsfaz e do Sindsaúde demonstraram indignação com a decisão do governador Rui Costa em aumentar a alíquota previdenciária de 12% para 14%, a ser paga pelos servidores estaduais, a partir de 2019, e decidiram convocar os trabalhadores para uma mobilização geral na próxima segunda-feira, 3 de dezembro, às 13 horas na Assembleia Legislativa (AL-BA). Ficou decidido, também, a realização de assembleia dos servidores públicos da capital e do interior, terça-feira, dia 4, às 13 horas, na AL-BA. Os sindicatos prometem reagir e pressionar os parlamentares.

Como havia sinalizado para deputados da base governista, o governador Rui Costa enviou à AL-BA, quinta-feira, 29 de novembro, o projeto de lei que prevê o aumento da alíquota da contribuição da Previdência Estadual de 12% para 14%. Os dirigentes dos sindicatos, de imediato, repudiaram a proposição. Segundo eles, essa proposta impõe queda no poder aquisitivo dos trabalhadores, já penalizados por salários defasados há mais de 4 anos. Além disso, estados em situação financeira pior que a Bahia não adotaram a mesma medida e buscaram alternativas.

Para José Lourenço Dias, diretor da APLB-Sindicato, “é triste ver um governo que se diz de esquerda e ter conseguido mais de 75% de votos antecipar a pauta do próximo presidente da República, Bolsonaro”.

Dias diz não ter dúvida que Rui Costa vai fechar 210 escolas e privatizar empresas públicas. “E, se não reagirmos, também nos enfiará goela abaixo esse aumento da alíquota para 14%. Desse jeito, terminará sendo chamado de BozoRui, ou Ruisolnaro, pois está tomando a pauta do representante da direita”, esbraveja Dias.

Defasagem e direitos

Marlúcia Paixão, diretora do Sindsefaz, afirmou que estudo do Dieese aponta uma defasagem de 25%, de 2014 aos dias de hoje, nos salários dos servidores públicos estaduais da Bahia. Acrescente-se a esse dano a permanente terceirização no serviço público e chega-se ao resultado de crescente desqualificação dos trabalhadores.

“Nós fomos às ruas para combater a reforma tentada pelo governo de Michel Temer, agora somos surpreendidos por proposta semelhante de um governo que apoiamos”, afirma Marlúcia.

De acordo com estudo do Sindsefaz (como comprova tabela anexa) a maioria dos estados brasileiros tem alíquota de 11% para previdência estadual. A Bahia já praticava 12%, agora quer aumentar para 14%, sobrecarregando, ainda mais, o poder aquisitivo dos servidores públicos. “O que o governador Rui Costa e seu secretário de Administração estão fazendo é cortar gastos e tirar direitos”, disse a diretora.

O Sindsefaz afirma que compreende as dificuldades do governo diante da crise, mas alerta que os servidores públicos – que não são os culpados pela realidade financeira do Estado – já estão pagando uma conta alta, porque desde 2013 sofrem perda salarial.

A diretora do Sindsefaz acrescenta que não há do governo e da Sefaz ações de combate à sonegação, monitoramento dos benefícios fiscais concedidos a vários setores da economia, modernização de procedimentos de fiscalização e renovação do quadro de pessoal da Fazenda. “Sem fazer isso, mesmo outros cinco anos de congelamento salarial ou mais aumentos de alíquotas previdenciárias não resolverão o problema financeiro do Estado”, informa em nota o Sindsefaz.

Cenário mostrado era outro

Diretora do Sindsaúde, a vereadora Aladilce Souza (PCdoB) afirma que é inaceitável essa proposta do governador Rui Costa, principalmente depois de mostrar um cenário favorável da Bahia durante o período eleitoral. “Seu discurso foi sempre de que seu governo é eficiente, o que se comprovava com os salários – mesmo sem reajuste – pagos em dia, ao contrário de estados como o Rio de Janeiro, por exemplo, por isso essa medida drástica que ele apresenta agora só aumenta o massacre a que estão submetidos os servidores públicos”, afirma Aladilce.

Não é possível, continua a diretora do Sindsaúde, que o que Temer não fez, e Bolsonaro disse que fará, Rui Costa faça, uma reforma previdenciária que prejudica os trabalhadores. “Sabemos que isto sendo aprovado abre brechas para quebra de estabilidade e outros direitos dos trabalhadores”, alerta Aladilce.

Em sua análise, se o governo – apoiado pelas forças de esquerda – se afastou dos seus princípios, é preciso que os sindicatos e todos servidores públicos se mobilizem e reajam, “senão a direita ocupa esse espaço”.

Tereza Deiró, vice-presidente do Sindsaúde, acrescentou que além dos 4 anos sem reposição salarial, é preciso levar em conta que nos dois anos anteriores (2012 e 2013) o reajuste salarial foi dividido.

Reação

 Na reunião conjunta desta sexta-feira, o coordenador-geral da APLB-Sindicato, professor Rui Oliveira enfatizou que é importante reagir a mais essa tentativa do governo de precarizar o servidor público, desconhecendo sua importância para a dinâmica do Estado. “Precisamos reagir e mostrar ao governador que ele está errado”, disse Rui Oliveira.

Inalba Fontenelle, diretora do Sindsaúde, criticou o governo estadual por não conversar com as representações dos servidores e discordou da justificativa do governador para propor o aumento. Em sua opinião, esses anos todos sem reajuste significam uma economia para o governo, e não justifica agora jogar nas costas dos servidores os problemas da gestão.

Representando o Sinpojud, o diretor Luís Quixabeira concorda que sem reajuste linear há tanto tempo não se pode culpar os servidores por o Estado estar em situação econômica difícil, como tem dito o governador.

 

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Notas anteriores

Dirigentes da APLB-Sindicato, o Sinpojud, o SindSefaz e o SindSaúde darão uma entrevista coletiva à imprensa nesta sexta-feira, 30 de novembro, às 8h30, no auditório da APLB, na Rua Francisco Ferraro, número 45, ao lado do portão lateral do Colégio Central


Durante a reunião que teve no dia 19 de novembro com a bancada governista na Assembleia Legislativa, o governador Rui Costa (PT) antecipou que enviaria um projeto à Casa que eleva de 12% para 14% a alíquota de contribuição de servidores à previdência estadual. Diante da cara de espanto dos parlamentares, Rui disse que esta é a única alternativa para enfrentar o déficit do setor, que já ultrapassou os R$ 3 bilhões e é considerado impagável pelo governo.

Os servidores públicos estaduais tão logo souberam da péssima surpresa demonstraram sua indignação em redes sociais.

A APLB-Sindicato, o Sinpojud, o SindSefaz, o SindSaúde e outras entidades sindicais não concordam com essa decisão do governador, que só vai penalizar os servidores públicos estaduais.  A proposta impõe queda no poder aquisitivo desses trabalhadores, já penalizados por salários defasados há mais de 4 anos.

Como prometera, o governador enviou governador Rui Costa enviou à Assembleia Legislativa da Bahia projeto de lei que prevê o aumento da alíquota da contribuição da Previdência Estadual de 12% para 14% nesta quinta-feira, 29 de novembro.

Para tentar chamar a atenção do governador para o problema que ele está criando e para mobilizar todos os servidores públicos estaduais, os sindicatos convidam a imprensa para o café da manhã no auditório da APLB-Sindicato nesta sexta-feira, 30.

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