Chega de Impunidade! Protesto cobra justiça nos 8 anos das mortes de Colombiano e Catarina
O assassinato do casal Paulo Colombiano e Catarina Galindo, que aconteceu em 2010, em Salvador, completa oito anos nesta sexta-feira (29/06), ainda sem uma punição para os mandantes e executores do crime, denunciados pelo Ministério Público. A direção da APLB-Sindicato esteve presente junto com os familiares, amigos e movimentos sociais que promoveram, na manhã desta sexta-feira (29), um ato para cobrar celeridade no julgamento do caso, em frente ao Fórum Ruy Barbosa, no Campo da Pólvora.
O processo judicial, que já tinha chegado à segunda instância, sofreu um revés, no final do ano passado, quando desembargadores da 2ª Turma da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) devolveram a sentença proferida em primeiro grau, que levava a júri popular os acusados. A alegação da defesa foi de que o juiz Paulo Sérgio Barbosa de Oliveira, que era do 2º Juízo da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Salvador, usou de ‘excessos de linguagem’ ao proferir a sentença.
Com a decisão, o processo volta à primeira instância para a ‘adequação da linguagem’, mas só depois que forem apreciados todos recursos que a defesa apresentou.
O Caso
A autoria dos crimes, já reconhecida em primeira instância, é atribuída ao empresário e oficial aposentado da PM Claudomiro César Ferreira Santana, apontado como mandante, e a seus funcionários Adaílton de Jesus, Edilson Araújo e Wagner Lopes, que seriam os executores. A acusação contesta a exclusão de responsabilidade de um outro acusado, o irmão de Claudomiro, o médico Cássio Antônio.
Os dois irmãos eram proprietários da MasterMed, empresa do ramo de plano de saúde que tinha um contrato com o Sindicato dos Rodoviários, onde Paulo Colombiano era tesoureiro. Para os familiares e a polícia, as mortes foram planejadas por Claudomiro e Cássio depois de saberem que Colombiano havia descoberto uma fraude milionária no contrato de prestação de serviços ao sindicato.
Catarina e Colombiano foram mortos a tiros enquanto voltavam de carro para casa, no bairro de Brotas, área central da capital baiana.