A APLB-Sindicato e a crise de desabastecimento no Brasil, no cenário da greve dos caminhoneiros x governo ilegítimo de Temer
A CTB e as outras centrais sindicais brasileiras divulgaram nota (sexta-feira, 25) criticando a decisão do governo federal de convocar as forças nacionais de segurança para desbloquear as estradas paralisadas pela greve dos caminhoneiros.
“É querer apagar fogo com gasolina, ou seja, só acirra e dificulta uma solução equilibrada”, afirma o texto. As centrais também se ofereceram para mediar a negociação sobre a greve, que se arrasta desde o dia 21 de maio.
A APLB-Sindicato tem o mesmo entendimento da CTB. Neste momento de impasse nas negociações entre o governo ilegítimo e golpista representado por Michel Temer, não é a força física e bélica que vai resolver o impasse. Mais experiente que as lideranças dos caminhoneiros e mais democrática que os representantes do governo, a CTB e as outras centrais sindicais decidiram se colocar à disposição como mediadoras na busca de um acordo que solucione o caos social para o qual o País caminha.
A proposta do governo, de convocar as Forças Armadas como instrumento de repressão, é querer realmente apagar fogo com gasolina, ou seja, só vai acirrar o conflito e dificultar uma solução equilibrada, entende a APLB-Sindicato. O cenário político e social do Brasil se agrava a cada dia desde o golpe de Estado protagonizado pela articulação das forças conservadoras contra as forças progressistas.
O governo ilegítimo de Temer prometia gerar empregos, mas retirou direitos dos trabalhadores através da reforma trabalhista e ao mesmo tempo congelou os investimentos do Estado em políticas de desenvolvimento social, notadamente na educação e na saúde. Ao contrário do prometido provocou a estagnação da economia e o crescimento vertiginoso do desemprego que segundo dados recentes do IBGE chegou ao maior índice da série histórica acumulando o assombroso número de 27 milhões de desempregados.
O governo ilegítimo de Temer demonstra incapacidade e absoluta incompetência para gerir o Brasil com ética e respeito aos anseios da sociedade brasileira. O governo é desaprovado por 96%da população.
E agora chegou ao ápice com a falta de alimentos em supermercados e nas feiras, gás de cozinha, álcool, gasolina e óleo de diesel em falta nos postos, devido a uma elevação de preços sem procedência que culminou a greve dos caminhoneiros.
Na origem de tudo isso está a política desastrosa, privatista e golpista em relação à Petrobras. Os inúmeros aumentos nos combustíveis promovem em cadeia os aumentos de outros produtos o que provoca a perda do poder de consumo do trabalhador.
Os trabalhadores e as trabalhadoras que transportam alimentos para o povo brasileiro são os (as) que estão lutando hoje. E essa luta não pode ser tratada meramente pela redução dos preços do diesel, deve ser ampliada por melhores condições de vida e trabalho da categoria.
Exigimos a redução dos preços do diesel, da gasolina, do álcool e do gás de cozinha.
Destacamos a importância dos trabalhadores e trabalhadoras do transporte rodoviário. Os caminhoneiros e caminhoneiras, tão explorados (as) pelas grandes transportadoras, esta é que é a realidade.
A APLB-Sindicato e a CTB apoiam os trabalhadores dos transporte em sua luta por melhores condições de trabalho e também pela redução dos combustíveis. Não é possível que os combustíveis tenham sofrido 229 aumentos desde o início do ilegítimo governo de Temer. Um absurdo desse não ficaria impune, a greve é uma consequência dos atos irresponsáveis desse governo.