A AUSTERIDADE NA ADMINISTRAÇÃO NETO NADA PRA NÓS, TUDO PRA ELES!
É inacreditável o que estamos presenciando em Salvador, no momento em que o prefeito reeleito ACM Neto fecha o exercício de 2016, com prejuízos para os soteropolitanos e com uma grande dívida para servidores municipais. É dessa forma que estamos iniciando o ano de 2017!
Aqui vale fazermos uma análise dos principais pontos desta administração que renovou o mandato por mais quatro anos, ao tomar posse neste 1º de janeiro. Trata-se de um modelo de gestão que se alicerça nos interesses econômicos e empresariais.
Senão vejamos:
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Para Salvador e os soteropolitanos:
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O PDDU (Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano), votado em junho de 2016: trata-se de um planejamento urbano que presta um desserviço para a nossa cidade e seus munícipes, uma vez que não prioriza as necessidades e demandas da maioria da população de Salvador, mas está voltado, objetivamente, para atender aos interesses dos grandes grupos econômicos, já que facilita a instalação de novos empreendimentos imobiliários na cidade, em especial na orla marítima, centro histórico, etc.;
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A mudança ocorrida na tributação referente ao valor venal do IPTU em Salvador pesou mais para os moradores residentes nos bairros populares, em detrimento dos bairros nobres;
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O PME (Plano Municipal de Educação-2016) foi aprovado sem nenhuma discussão com a sociedade, ou mesmo com os educadores. Com um conteúdo que não contempla a adoção de políticas públicas para as questões de gênero, sexualidade e raça (quando Salvador é considerada a cidade mais negra fora da África), o PME mostra o desinteresse desses temas para o prefeito reeleito.
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PARA OS SERVIDORES, EM ESPECIAL OS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO:
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Temos denunciado incansavelmente a posição dessa administração, que se manteve inflexível, oferecendo ZERO POR CENTO de reajuste salarial aos servidores municipais, em 2016;
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A Prefeitura descumpre a lei (LC 01/91 – Regime Jurídico Único dos Servidores da Prefeitura do Salvador – artigo 92), ao deixar de pagar o adicional de 1/3 de férias aos servidores junto com o salário de dezembro e, nesse caso, foram atingidos, principalmente, todos os professores e coordenadores pedagógicos, cujas férias são coletivas, nesse mês;
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Nega direitos quando:
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Não publica as mudanças de nível, prejudicando professores e coordenadores pedagógicos que, em consequência, não vêm sendo remunerados de acordo com a titulação. Isto já vem acontecendo há mais de um ano;
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Não libera as licenças para que os profissionais da educação possam fazer cursos de mestrado e doutorado. Entendemos ser uma prioridade para qualquer administração o aprimoramento desses profissionais, pois eleva a qualidade da educação no âmbito municipal;
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Não concede a gratificação aos profissionais da educação que concluíram cursos de aperfeiçoamento, em percentuais de 2,5%, 5% e 7,5%;
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Não autoriza a concessão de licenças prêmio para os servidores, mesmo sabendo que esse direito está previsto em lei;
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Durante todo o ano inúmeras escolas funcionaram com grandes dificuldades, quer seja pela falta de pessoal de apoio, especialmente ADIs, quer seja pela falta de material didático, de limpeza e higiene, falta de segurança, dentre outras.