Teixeira de Freitas – greve por tempo indeterminado
O prefeito foi vaiado no 7 de Setembro. Veja as notícias do movimento dos professores em Teixeira de Freitas
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Em greve, professores transformarão 7 de setembro em Dia de Luta
Os professores da rede municipal de ensino de Teixeira de Freitas voltaram a protestar no final da tarde desta segunda-feira, 5 de setembro, e afirmaram que irão transformar o dia 7 de setembro num “Dia de Luta”.
Há cinco dias a categoria entrou em greve por tempo indeterminado e a APLB-Sindicato afirma que não houve avanço nas negociações junto ao Executivo Municipal. Na manhã desta segunda-feira, a coordenadora da APLB, professora Brasília, entrou com um pedido no Ministério Público para que o órgão intervenha nas negociações.
Se a greve continuar, pela primeira vez na história do município, mais de 1.300 professores e 25 mil alunos poderão não participar do desfile cívico em comemoração ao Dia da Independência.
O sindicato já afirmou que não participará diretamente do evento, mas, entrará na avenida com as camisetas pretas em forma de protesto. “A gente não pode desfilar e fingir que nada esta acontecendo, 7 de setembro será um dia de luta para a educação de Teixeira de Freitas”, comentou a professora Brasília no primeiro dia da greve.
Motivos da greve
Segundo a APLB–Sindicato, a greve está sendo feita mediante a falta de alternativa para resolução de uma série de problemas enfrentados pelo setor municipal da educação. Dentre as reivindicações da categoria está o pagamento do piso nacional no valor de R$ 1.187,97, e o reajuste salarial com base na arrecadação do Fundeb de 2010/2011, que teria aumentado 23%.
Para a professora Brasília, diretora da APLB–Sindicato, falta transparência nas verbas públicas e condições de trabalho para os profissionais da educação. “Existem escolas com três turnos. E nós queremos saber por que a escola do Colina Verde foi licitada duas vezes, porque a creche do Tancredo Neves não está funcionando, qual foi o motivo da interdição do MEC. São coisas que o prefeito tem que vir a público dizer, e prestar esclarecimentos do que é feito com a verba da educação”, disse Brasília.
O secretário de Administração do município, Ednilton Pereira Barreto, que concedeu entrevista ao Sulbahianews, dia 1º de setembro, disse que a greve é ilegal por conta de um acordo firmado entre a prefeitura e sindicato, em novembro do ano passado, onde a APLB teria concordado em não fazer cobranças ao Executivo em 2011.
Ainda de acordo com Ednilton, o salário dos professores está equivalente ao piso nacional. Ele afirmou que a prefeitura paga aos professores que cursam ensino superior R$ 1.127,01 para 20 horas semanais, enquanto o piso reivindicado pela categoria para 40 horas é de 1.187,97.
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Os 25 mil alunos da rede municipal de ensino em Teixeira de Freitas estão sem aula por conta de uma greve por tempo indeterminado, deflagrada pelos profissionais da educação na manhã desta quinta-feira, 1º de setembro. Com a paralisação, 1.300 professores de 60 escolas estão de braços cruzados.
Segundo a APLB–Sindicato, a paralisação está sendo feita mediante a falta de alternativa para resolução de uma série de problemas enfrentados pelo setor municipal da educação. Dentre as reivindicações da categoria está o pagamento do piso nacional no valor de R$ 1.187,97, e o reajuste salarial com base na arrecadação do Fundeb de 2010/2011, que teria aumentado 23%.
Para a professora Francisca Brasília, diretora da APLB–Sindicato, falta transparência nas verbas públicas e condições de trabalho para os profissionais da educação. “Existem escolas com três turnos. E nós queremos saber por que a escola do Colina Verde foi licitada duas vezes, porque a creche do Tancredo Neves não está funcionando, qual foi o motivo da interdição do MEC. São coisas que o prefeito tem que vir a público dizer, e prestar esclarecimentos do que é feito com a verba da educação”, disse Brasília.
Durante o protesto fei,to pelas ruas da cidade no primeiro dia de greve, os professores ganharam apoio dos alunos. Clarice Laine que estuda no Igualdade e Justiça, disse que a situação é fruto da falta de respeito com o setor. “A greve tem que continuar até que haja uma melhoria na educação do município”, afirmou.
Caso a greve se estenda, as escolas poderão não participar do desfile cívico do dia 7 de setembro, isso se ele for realizado. “O Dia da Independência é uma data para exercer o seu direito cívico, e as escolas não participarão por única e exclusiva responsabilidade do prefeito, que poderia ter sentado conosco desde abril, quando foi aberta as negociações para tentar resolver esta situação. A gente não pode desfilar e fingir que nada esta acontecendo, 7 de setembro será um dia de luta para educação de Teixeira de Freitas”, desabafou a diretora do APLB-Sindicato.
Ainda nesta quinta-feira, a prefeitura também divulgou panfletos que vão de encontro com as reivindicações dos professores. A professora Brasília disse que o comunicado é tendencioso, que ao contrário do que diz o panfleto, a prefeitura é que está tentando confundir a população. “Nós estamos abertos ao debate, deixaram de publicar o valor real do nosso piso e a arrecadação do município”, argumentou.
Já o secretário de Administração, Ednilton Pereira Barreto, que concedeu entrevista ao Sulbahianews, disse que APLB está tentando confundir a população, e, principalmente, os pais dos alunos, quando distribuiu um comunicado, que, segundo ele, não condiz com a verdade.
De acordo com Ednilton, a APLB anunciou o valor de R$ 1.187,97 para o piso nacional e esqueceu de esclarecer que este valor é para quarenta horas. Enquanto o salário que a prefeitura paga aos professores que cursam ensino superior é de R$ 1.127,01 para 20 horas semanais, “mas, na verdade, os professores, do 6º e 9° ano, só dão quatorze horas semanais, pois às seis horas restantes são para o trabalho extraclasse, tais como: planejamento de aulas, correção de provas, realização de projetos entre outros”, disse.
Ainda segundo o secretário, os professores efetivos de nível superior concursados para 20 horas semanais recebem um salário acima do piso nacional, e que a renumeração pode dobrar, caso o professor tenha dois cursos.
Ednilton também afirmou que a greve é ilegal, ele apresentou uma ata de reunião de 11 de novembro do ano passado assinada pela professora Brasília, e outros diretores da APLB-Sindicato, pelo vice-prefeito Hosmário Roberto e o próprio secretário de Administração, onde foi negociado o fim da greve passada com reajuste de salário a partir do mês de fevereiro de 2011 em 7,36%, durante o exercício de 2011, o que, segundo ele, está sendo cumprido, e que, por este motivo, na ocasião ficou acordado verbalmente que este ano não teria mais nada a ser cobrado.
“O município não está aqui para ser pressionado por algo que foi acordado, porque depois os próprios professores poderão ser prejudicados. O município poderá descontar os dias não trabalhados, pois o professor é pago com uma verba pública e temos que seguir a Lei de Responsabilidade a risca. O professor tem que refletir, se algum deles não tem conhecimento, ou não leu a ata que foi assinada ano passado, que venha até o setor de administração para maiores esclarecimentos”, concluiu o secretário Ednilton.
Fonte: site SulBahia News