Marcha das Mulheres Negras

Marcha das Mulheres Negras

Marcha Mulheres Negras
Educadoras participam do movimento e incentivam a luta contra o racismo e a violência

 

Usando roupas e turbantes coloridos, ao ritmo de muita música e dança, cerca de 25 mil pessoas participaram  na quarta-feira (18/11), em Brasília, da 1ª Marcha Nacional das Mulheres Negras, em um protesto contra o racismo e a violência. A vice-coordenadora da APLB-Sindicato e titular da Secretaria da Mulher Trabalhadora da CTB-Ba Marilene Betros e a diretora Educacional professora Clarice Pereira se juntaram ao movimento, que saiu do Ginásio Nilson Nelson em direção à Praça dos Três Poderes, exigindo do Poder Público políticas que promovam equidade racial e de gênero.

Educadores de todo o Brasil se uniram à luta das mulheres e incluíram na pauta de empoderamento o esforço em fazer valer a lei 10.639/03, que torna obrigatório o estudo sobre a cultura e história afro-brasileira e africana, garantindo educação pública de qualidade e antirracista para todos.

“É tarefa da Educação e compromisso dos trabalhadores em educação promover ferramentas de conscientização dos estudantes e da sociedade de que não devemos aceitar a discriminação de qualquer pessoa pela cor da sua pele. Para que o Brasil avance e se transforme num país melhor é preciso respeitar o povo negro”, pondera Marilene.

Violência

O último censo do IBGE aponta que as mulheres negras representam 25,5% da população brasileira, ou seja, 48,6 milhões de pessoas. De acordo com o Mapa da Violência, estudo feito pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), a pedido da ONU Mulheres e divulgado no início do mês de novembro, os casos de homicídio envolvendo mulheres negras cresceram 54,2% entre 2003 e 2013, passando de 1.864 para 2.875. No mesmo período, o número de ocorrências envolvendo mulheres brancas caiu 9,8% (de 1.747 para 1.576).

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Marcha das Mulheres Negras na quarta-feira (18), em Brasília

A Marcha foi idealizada, no Tulip Inn Hotel, Salvador-BA, por ocasião do Encontro Paralelo da Sociedade Civil para o Afro XXI: Encontro Ibero Americano do Ano dos Afrodescendentes (16 a 20 de novembro de 2011) e este ano será realizada na quarta-feira (18). Trata-se de uma iniciativa de articular as mulheres negras brasileiras. A intenção é aglutinar o máximo de organizações de mulheres negras, assim como outras organizações do Movimento Negro, sem dispensar o apoio de organizações de mulheres e de todo tipo de organização que apoiem a equidade sociorracial e de gênero. Sem dúvida, O PROTAGONISMO É DE MULHERES NEGRAS BRASILEIRAS.

“Ao adotar o lema ‘contra o machismo, a violência e pelo bem viver’, a Marcha das Mulheres Negras coloca em xeque o avanço conservador que assola a sociedade acenando com retrocessos inimagináveis”, diz Mônica Custódio, secretária da Igualdade Racial da CTB.  A CTB terá uma tenda na concentração da Marcha para distribuir material e passar informações às participantes.

 Chamada para a Marcha das Mulheres Negras 2015:

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A Marcha ocorre dois dias antes do Dia Nacional de Consciência Negra (sexta, 20) e promete tomar as ruas da capital federal. “Em Brasília mostraremos a força da mulher negra brasileira que tem sido o sustentáculo desta nação desde o início”, diz.

As guerreiras negras estarão marchando em Brasília na próxima quarta-feira (18) para defender o direito de “viver e amar como outra qualquer do planeta”, como diz a bela canção “Maria, Maria”, de Milton Nascimento e Fernando Brant, hino das feministas brasileiras.

O site oficial da Marcha (www.marchadasmulheresnegras.com) traz um guia completo sobre esse histórico evento. “É muito importante buscarmos informação sobre tudo o que vai acontecer para que a primeira Marcha a nível nacional reforce nossa luta por igualdade e justiça”, acentua Mônica.

Gicélia Bitencourt, secretária da Mulher Trabalhadora da CTB-SP, afirma que “é essencial a participação de todas nesta Marcha para valorizar a luta por igualdade e avançarmos nas discussões de se igualar as oportunidades para todas e todos, independente de sexo, etnia, cor e orientação sexual”. Tudo para “valorizar também a luta de Zumbi dos Palmares, o grande herói negro da história brasileira”.

 Negras em Marcha – Luana Hansen (participação Leci Brandão):

NegrasEmMarcha

 

Conheça o Guia das Guerreiras Negras.

Atente para os endereços abaixo e participe!

Inscrição para as participantes da Marcha 2015

Inscrição para o Acampamento das Jovens Negras

Credenciamento de Imprensa e Cobertura Colaborativa

 

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