Nivaldino Felix: “Dilma, por que não taxar as fortunas dos ricos?”

Nivaldino Felix: “Dilma, por que não taxar as fortunas dos ricos?”

Reunião da Diretoria Executiva,21 e 22.08 (293)  Reunião da Diretoria Executiva,21 e 22.08 (336)Fotos de autoria de Getúlio Lefundes, durante Reunião da Diretoria Executiva Ampliada, em 21 e 22 de agosto de 2015
Diante das crises política e econômica  pelas quais o Brasil está passando, o povo está fazendo um extremo sacrifício para sobreviver a este grande terremoto social.
O movimento sindical tem levantado de forma sistemática a necessidade de taxar as fortunas. Que é uma tese do economista francês Thomas Piketty – autor do best seller O Capital no Século XXI, que trata da concentração de renda em vários países do mundo. Ao visitar o Brasil, recentemente, o professor Piketty, em entrevista,  disse que a melhor estratégia seria taxar nesse momento também as fortunas.
Outra ideia que poderia ser tomada pela presidenta Dilma e sua equipe econômica seria aumentar a taxação das heranças, o que poderia gerar, segundo o professor de economia de São Paulo, Walter Feldman, uma arrecadação de 4,5 bilhões de reais.
Hoje, no Brasil, 225 mil famílias concentram renda. Se o governo taxar as fortunas dessas famílias o país arrecadaria 100 bilhões de reais por ano. Nos Estados Unidos existe uma  alíquota de 40% para os ricos. Na França, 50%, nos países escandinavos, mais de 50%. No Brasil está comprovado que os ricos não pagam impostos, quem paga são os pobres.
O incrível é que o governo sacrifica o povo, com um malvado plano econômico e isenta os ricos, como os banqueiros, que nessas crises são os que ganham mais dinheiro. O povo paga de juros 5% do PIB brasileiro. No ano passado isso representou 250 bilhões de reais. Em nenhum país a gente vê isto, só no Brasil.
O governo deveria confiar nos brasileiros que foram no dia 20 de agosto às ruas defender a permanência do governo da presidenta, gritando Dilma fica! Dilma fica!
O Brasil segue um caminho neoliberal, contraria as propostas do PT e aliados de esquerda que nunca defenderam ajustes fiscais dessa ordem, já que nenhum plano desse trouxe benefício e prosperidade para a classe trabalhadora .
O que vemos com essas medidas, é que tudo de benéfico que foi feito para o povo nos governos de Lula, e da própria Dilma, está sendo perdido.
Mesmo assim, os setores democráticos defendem a permanência do governo Dilma, já que ela foi eleita com 54 milhões de votos. O povo não aceita a interrupção do processo democrático no país.
 
VIVA A DEMOCRACIA E VIVA O PODER POPULAR !
Nivaldino Felix
Diretor de Imprensa da APLB-Sindicato – poeta e escritor

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