APLB-Sindicato protesta contra a prisão do professor José Messias de Oliveira
A APLB-Sindicato repudia a violência policial contra o professor José Messias de Oliveira, o Dom Bahia
A APLB-Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia informa que exigirá do Governo do Estado, assim como da Secretaria Estadual de Educação e da Secretaria de Segurança Pública investigação com relação às denúncias feitas pelo professor José Messias de Oliveira sobre a existência de irregularidades no colegiado escolar do Centro Territorial de Educação Profissional Itaparica (Cetep Itaparica I), no município de Paulo Afonso, interior da Bahia, assim como a apuração dos motivos que levaram a Polícia Militar interromper a aula noturna de Física que o professor ministrava na unidade escolar e, na frente dos seus alunos, levá-lo preso em um camburão (na parte traseira, como um criminoso) até a delegacia do município para prestar declarações.
Na segunda-feira (29 de junho), o professor José Messias de Oliveira, popularmente conhecido como Dom Bahia, esteve na sede da APLB-Sindicato e relatou todo o ocorrido aos diretores do Sindicato que, após tomar conhecimento dos fatos, ofereceu todo apoio ao professor e decidiu apurar as denúncias para tomar as medidas cabíveis.
De acordo com Dom Bahia, a sua prisão ocorrida no dia 16 de junho foi uma tentativa de aterrorizá-lo e coagi-lo, pois os quatro policiais militares, que não apresentaram em nenhum momento o mandado de prisão, alegaram a falsa informação de que Dom Bahia teria ameaçado dois professores efetivos e um Reda, todos denunciados anteriormente pela vítima por irregularidades, como acúmulo de funções, nepotismo, contratação de pessoas sem capacitação ou que nunca apareceram no local de trabalho.
A direção da APLB-Sindicato repudia a abordagem dos PMs dentro da sala de aula, na frente de alunos, que causou vergonha e humilhação ao professor, assim como o tratamento desumano que os policiais ofereceram pois, segundo relato do professor, foi jogado na traseira de um camburão mesmo tendo sinalizado que estava sob cuidados médicos devido a uma recente cirurgia na barriga.
A APLB-Sindicato defende a transparência de uma educação pública, laica e de qualidade e repudia qualquer forma de violência, arbitrariedade ou abuso de poder e declara que acionará o departamento jurídico, para a tomada das devidas providências no sentido de punir os culpados de abusos cometidos.
Salvador, 29 de junho de 2015
Diretoria da APLB-Sindicato