CTB está de luto pela morte de Eduardo Campos
13 de agosto de 2014
Morre Eduardo Campos, um dos promissores políticos brasileiros
A aeronave que levava o presidenciável caiu em Santos, litoral paulista, na manhã desta quarta-feira (13). O avião modelo Cessna 560XL, prefixo PR-AFA, vinha do Rio de Janeiro e tinha sete pessoas a bordo. Além de Campos, morreram os pilotos Geraldo Cunha e Marcos Martins, o assessor de imprensa Carlos Augusto Leal Filho, o fotógrafo Alexandre Gomes e Silva e ainda Pedro Valadares Neto e Marcelo Lira.
A CTB lamentou a morte prematura de Campos. “Ele, Campos era um companheiro, um amigo, um irmão de causa, uma pessoa muito especial e atenta aos problemas brasileiros. Zeloso ao nosso partido, apoiador da causa dos trabalhadores. Ele foi uma das pessoas que autorizou a nossa entrada para a CTB”, afirma emocionado Joílson Cardoso, vice-presidente da CTB.
“Para a CTB, a morte de Eduardo Campos representa uma imensa perda política por sua postura, histórico político e compromisso com a classe trabalhadora e a população brasileira”, afirma Adilson Araújo, presidente da CTB.
Carreira política meteórica
Eduardo Campos, que tinha cinco filhos, acabava de completar 49 anos no domingo (10), Dia dos Pais. Filiado ao PSB desde 1990, foi eleito deputado estadual e conquistou o Prêmio Leão do Norte por sua atuação na Assembleia Legislativa de Pernambuco. Também se destacou no Congresso Nacional com presença constante nas listas dos políticos mais influentes do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap).
Aos 21 anos, foi eleito presidente do Centro Acadêmico da Faculdade de Economia da Universidade Federal de Pernambuco. Fez parte do gabinete de seu avô Miguel Arraes (1916-2005) por dois mandatos. De 1987 a 1990 foi chefe de gabinete e entre 1995 e 1998 foi secretário de Governo e da Fazenda no mandato do avô no Poder Executivo de Pernambuco.
Defensor do desenvolvimento independente do país, criou a Secretaria de Ciência e Tecnologia do Nordeste e a Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco. Também foi presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Natural Brasileiro, criada em 2000 por sua iniciativa.
Um dos articuladores da vitoriosa campanha de Lula à Presidência em 2002, em 2004 assumiu o Ministério Ciência e Tecnologia a convite do ex-presidente, com uma atuação exemplar.
Foi eleito governador de Pernambuco em 2006 e reeleito em 2010, com a maior votação da história do país (82% dos votos). Deixou o governo em abril de 2014, para se candidatar à Presidência da República.
Eduardo Campos tornou-se ao longo de sua meteórica carreira política numa das principais referências do país. Ao lado da classe trabalhadora, Campos fez da política a sua vida e da vida uma dedicação ao país e aos interesses dos trabalhadores e trabalhadoras. Em todas as suas gestões, fez questão de defender a educação, a saúde, a cultura e projetos de realce para o desenvolvimento do saber de maneira pudessem beneficiar a vida dos brasileiros e brasileiras.
