A greve dos Trabalhadores em Educação de Vera Cruz
Os trabalhadores em educação de Vera Cruz continuam em greve. Veja abaixo a moção do 11º Congresso Estadual da APLB-Sindicato e, mais abaixo, outras informações já publicadas neste site. Antes, veja as fotos (autoria de Getúlio Lefundes) feitas em 30 de outubro, quando houve assembleia e manifestação dos trabalhadores em educação em Vera Cruz.
Moção de Apoio à greve dos Profissionais de Educação do Município de Vera Cruz/Ilha de Itaparica
O 11º Congresso Estadual da APLB-Sindicato elogiou a consciência e garra demonstradas pelos trabalhadores em educação
Os Trabalhadores da Educação do município de Vera Cruz, na luta para garantir os seus direitos, fazem a maior greve da história da educação municipal. O momento é de muita luta, pois, o governo investe na derrota dos trabalhadores, ferindo a dignidade ao agir de forma tempestuosa, não sentando para negociar. Os trabalhadores desde o dia 02 de setembro enfrentam com bravura o governo. O que está em jogo? Os direitos primordiais da educação e a valorização dos seus trabalhadores, garantidos pela Lei do PISO Nacional e pela Lei 855/2011 – Plano de Carreira Unificado. A APLB-Sindicato Núcleo de Vera Cruz se contrapõe aos procedimentos adotados pelo governo, deixando de cumprir as Leis da Educação para oferecer 5% de reajuste salarial e não aplicar o Plano de Carreira, prejudicando não só aos professores como aos demais Trabalhadores da Educação (Não-Docentes), principalmente os que se qualificaram no Pró-funcionário, eles não tem seus direitos respeitados.
O Piso sofreu reajuste desde janeiro de 7.97%, e o governo não repassou para os salários dos professores, muito menos para o Plano de Carreira Unificado, a lei tem como princípio o escalonamento frente ao percentual determinado pelo ajuste do PISO Nacional. A luta nacional é grande. O Piso já caiu de 22.22% em 2012 para 7.97% em 2013 e o governo que diminuir mais ainda o que determinou o governo federal. É injusto, cruel e desrespeitoso. O prefeito Antonio Magno de Souza Filho deve ao Fundeb desde 2009 o valor de R$654.579.4 (mais de meio milhão). Gastou indevidamente R$ 6.494,40, que devolveu as contas do Fundeb, no entanto não apresentou os documentos. Além desses valores o Tribunal de Contas adverte ao prefeito que o não-cumprimento da determinação dos débitos acima e outros não ditos aqui, mais registrados no Parecer do TCM, comprometerá os méritos das contas futuras do prefeito. Assim, desde 2009 o gestor é avisado e não respeitou as Leis e nem a orientação do TCM, razão que as suas contas em 2011 foram totalmente rejeitadas. Tem muito dinheiro em jogo e os Trabalhadores, as escolas, os alunos não são beneficiados. O dinheiro da educação é para a Educação. O prefeito é “reincidente, é omisso na avaliação do cumprimento das metas previstas no Plano Plurianual (PPA), não analisa os resultados quanto à economia, eficiência e eficácia da gestão orçamentária, financeira, patrimonial e operacional” da prefeitura. O “ORÇAMENTO, elaborado sem critérios adequados de planejamento”, “dívida de irregularidades, totalizando R$ 1.443.454,70”. Ainda, devendo restituir as contas do FUNDEF/FUNDEB as quantias de “R$889.872,27 e de R$ 1.383.977,47”. Aqui estão um pouco da situação e os motivos que levaram os Trabalhadores da Educação a GREVE. Há corte de salário referente a dois (2) meses, EDUCAÇÃO PAROU. Parou para acertar e não permitir que o prefeito Antonio Magno de Souza Filho nos trate de forma desrespeitosa e arrogante. Aos pais, alunos e a comunidade escolar, nossa luta tem sentido, somos trabalhadores da educação e devemos ser valorizados. Portanto continuaremos na luta e convidamos a todos para juntos defendermos o que é nosso.
Vera Cruz, 26 de outubro de 2013
Silvia Ferreira da Silva
Diretora do núcleo da APLB-Sindicato em Vera Cruz
Notícias anteriores
PROFESSORES DE VERA CRUZ CONTINUAM EM GREVE E COBRAM DIÁLOGO DA PREFEITURA
12 de outubro de 2013 18
A APLB-Sindicato Núcleo de Vera Cruz torna público o ofício nº101/2013 que cobra da comissão instituída pelo prefeito de Vera Cruz resposta da última reunião com a entidade. Também declara que o prefeito e sua comissão se fecharam ao diálogo e não querem negociar. Importante destacar que a entidade continua aguardando a resposta do prefeito para resolver as questões que causaram a greve no município.
Os trabalhadores em educação de Vera Cruz paralisaram suas atividades desde o dia 3 de setembro.
Leia abaixo o ofício:
Notícias anteriores:
Os professores da Rede Municipal de Educação de Vera Cruz continuam em greve e ocupando a Câmara Municipal de Vereadores desde o último dia 3 de setembro.