Rede Estadual – manifestação contra a enturmação foi um sucesso. Dia 8 tem assembléia geral
No 7 de setembro a APLB-Sindicato estará participando do Grito dos Excluídos, entregando jornais e panfletos da entidade sobre os problemas que afetam a educação.
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No dia 8 de setembro, terça-feira, tem assembléia geral no ginásio de esportes do Sindicato dos Bancários, na Ladeira dos Aflitos, a partir de 9 horas.
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A manifestação pública dos professores, estudantes e pais de alunos contra a enturmação foi vitoriosa. Realizada em frente à SEC na tarde de quinta-feira, o protesto demonstrou à sociedade o quanto é ruim a enturmação, que penaliza estudantes e professores.
Enturmação causa mal a estudantes e professores
A novela da “enturmação” – junção de turmas diferentes de alunos em um único grupo – continua na Bahia. Tanto na capital quanto no interior do Estado há denúncias sobre essa péssima forma de condução do ensino público. Por isso, nesta quinta-feira, 3 de setembro, às 14 horas, professores, pais de alunos e estudantes, liderados pela APLB-Sindicato, farão uma manifestação em frente à Secretaria Estadual da Educação, no Centro Administrativo da Bahia.
Para o professor Rui Oliveira, coordenador geral da APLB-Sindicato e secretário de Política Sindical da CNTE, a enturmação atrapalha os alunos, que não têm condições de absorver o conteúdo, e os professores que não conseguem passar claramente os assuntos em classe. “Uma coisa é certa, a enturmação só causa mal”, afirma o professor Rui.
Convocar professores concursados e realizar novos concursos são as propostas defendidas pela APLB-Sindicato.
Clique aqui e veja mais sobre enturmação e o documento entregue ao secretário Osvaldo Barreto Filho.
Clique nos links e veja algumas reportagens sobre a manifestação no CAB, na quinta-feira:
Até o fim do ano, 375 mil alunos irão abandonar escolas estaduais da Bahia
04/09/2009 às 00:23
A evasão – quando o aluno sai de vez do sistema de educação – vem se mantendo no mesmo patamar nos últimos quatro anos. É de 9,9% no ensino fundamental (da 5ª a 8ª série), e de 9,2% no ensino médio (do 1º ao 3º ano). Já o abandono – o estudante fica entrando e saindo do sistema sem concluir as etapas de ensino – fica na casa dos 20%. Em 2009, foram matriculados 1,257 milhão de alunos na rede pública de ensino do Estado.
O cenário baiano é preocupante quando comparado com o quadro nacional. Enquanto aqui a evasão não se altera, em São Paulo os índices gerais caíram de 7% (em 2005) para 5,4% (em 2008). Além disso, o abandono na Bahia é acima da média nacional, que é de 15,3% conforme dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
A pedagoga Marilena Oliveira, coordenadora do Fórum Baiano de Educação Infantil, avalia que a ausência de um projeto pedagógico atrativo e a falta de infraestrutura das escolas levam à situação atual. “Há alguns alunos que estudam à noite e largam a escola por conta do trabalho, mas isso é muito pouco. É preciso reconhecer aquele sujeito na sala não só como aluno, mas como gente”, avalia.
Em abril deste ano, a Fundação Getúlio Vargas divulgou estudo sobre as causas da evasão e do abandono. O desinteresse é o principal fator. Conforme o relatório, 40% dos jovens entre 15 e 17 anos que deixam a escola o fazem por considerar desestimulante; 27% por causa de trabalho.
A SEC está realizando desde agosto o processo de enturmação (ver abaixo). A medida não agradou professores e alunos em Salvador. Na manhã de ontem, mais de 50 docentes de 12 escolas se reuniram no Colégio Estadual Raphael Serravalle para definir ações. Pela tarde, junto com alunos, protestaram em frente à sede da SEC. Os professores realizam assembleia na próxima terça-feira. Ontem, ameaçaram fazer greve caso não haja acordo.
A Tarde – entrevistas
03/09/2009 às 20:14
Professores da rede estadual protestam no CAB contra enturmação
E leia, abaixo, notícias da quinta-feira no A Tarde e no Correio.
03/09/2009 às 11:02
Professores discutem enturmação proposta pelo governo do estado
George Brito | A TARDE*
Cerca de 70 professores de 12 escolas da rede pública estadual definem, na manhã desta quinta-feira, 3, a ação da categoria contra o processo de enturmação proposto pelo governo da Bahia. Eles estão reunidos com Rui Oliveira, presidente da APLB – sindicato da categoria, no Colégio Rafael Serravale, localizado na Pituba.
De acordo com os professores, o governo pretende acabar com as turmas pequenas e transferir os estudantes para outras turmas, que podem estar em colégio e turno diferentes dos que constam na matrícula do aluno. A meta da Secretaria de Educação do estado, de acordo com os professores, é manter uma média de 35 estudantes por sala no ensino fundamental e 40 no ensino médio.
Os professores argumentam que isso pode prejudicar o processo de aprendizagem dos alunos, já que eles estariam acostumados com a metodologia de seus professores e rotina na turma e escola de origem. A enturmação também prevê que alguns docentes sejam transferidos para outras escolas, suprindo o déficit das unidades do Subúrbio, o que é visto com insatisfação pela categoria.
Brasil – Um projeto de lei tenta regulamentar no país o número de alunos por cada professor. O texto, aprovado nesta quarta, 2, pela Câmara de Deputados, e segue para o Senado, prevê o limite de 25 estudantes para um docente nos cinco primeiros anos do ensino fundamental. Depois, nos outros anos do ensino fundamental e no ensino médio, a meta é de 35 alunos. Na educação infantil, o limite é menor. As creches devem manter um adulto a cada cinco crianças de até um ano, ou um adulto para oito crianças com idade entre um e dois anos. Turmas na faixa de 2 a 3 anos devem ter o máximo de 13 crianças; 15 alunos, de 3 a 4 anos e 25 estudantes, de 4 a 5 anos de idade.
03.09.2009 – 10h15
Câmara aprova projeto que limita número de alunos por sala de aula
Redação CORREIO
Um projeto que limita o número de alunos por sala de aula nas escolas públicas foi aprovado na quarta-feira (2) pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados. Para os anos iniciais do ensino fundamental, o máximo de estudantes será de 25 por professor. Nos anos finais o limite será 35. A proposta segue agora para tramitação no Senado.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) não específica o número exato de alunos por turma. Cada rede de ensino organiza as salas de acordo com a demanda. A proposta estabelece que, nas creches, a proporção seja de cinco crianças de até 1 ano por adulto, oito crianças de 1 a 2 anos por adulto e até 13 crianças de 2 a 3 anos por adulto.
Na pré-escola serão aceitos até 15 alunos de 3 a 4 anos por professor. Na faixa etária de 4 a 5 anos o limite será de 25 crianças. As escolas terão prazo de três anos, após a aprovação da lei, para se adaptar à nova norma.
(com informações da Agência Brasil)
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Na quarta-feira, 2 de setembro, a APLB-Sindicato realizou o Seminário sobre a Educação, no auditório da Faculdade Olga Mettig. Os principais temas da educação foram debatidos durante todo o dia.