A APLB-Sindicato nesse mês de abril faz 61 anos. Mesmo na época da ditadura militar, quando não havia liberdade nenhuma para contestação, esta entidade se posicionou e, mesmo sendo perseguido pelo regime, sempre procurou defender os interesses da categoria de forma vibrante e firme.
Nesse período a entidade não tinha como tem hoje uma estrutura estadual, isto foi sendo construído ao longo dos anos e tem sua consolidação nos anos 80, quando ampliou seu número de filiados e com isso se fortaleceu ao longo desses anos.
A greve de 115 dias, comandada por sua direção com a contribuição da base, é um fato, e é um marco histórico. Todos se lembram que a categoria foi duramente atingida por golpes desleais do governo e que resultaram em uma derrota política imensurável do PT no Estado.
O ano letivo de 2013 começou com uma assembleia diante de ambiente extremamente democrático onde a categoria por ampla margem de voto optou pela proposta da diretoria da APLB.
Querer diminuir a pauta de reivindicações apresentada pela diretoria ao governo, quando 90% dessas reivindicações foram atendidas, é de uma maldade extraordinária.
Dizer que a diminuição da carga horária não é uma conquista da categoria é ir de encontro aos interesses dessa categoria; dizer que os professores readaptados que agora vão ter os mesmo direitos dos que estão dentro da sala de aula não é uma conquista é um exagero de absurdo; dizer que os aposentandos que em seis meses que não estiverem aposentados irão esperar a aposentadoria em casa não é conquista é uma manipulação perversa; falar que não é conquista que os funcionários que ao longo dos anos, humilhados historicamente, não foram beneficiados e que dessa negociação resultou em ganho de 15% de gratificação, é uma loucura!
Essa estorinha, boato, de que APLB está ligada ao governo é um conto de fadas mal contado. Prova disso é que já que fizemos duas greves poderosas, uma de 57 dias e outra de 115 dias durante o governo Wagner. Perguntamos: que categoria ligada ao governo faz greve contra este mesmo governo?
Respeitamos a opinião de todos os segmentos políticos que fazem oposição à diretoria da APLB, mas não aceitamos o tipo de oposição desleal de determinados grupos que – em última análise – querem destruir o sindicato, construído com tanto zelo e abnegação pelos profissionais em educação.
É bom lembrar a estas pessoas que buscam nos desmoralizar junto à categoria, que erguemos uma muralha e esta muralha é a única força política paralela que tem condições de enfrentar qualquer governo.
Concluindo quero também dizer que APLB fez greve em todos os governos que passaram pela Bahia nos últimos 40 anos.
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