Eleições diretas: uma conquista dos trabalhadores em educação
Leia o que foi publicado em jornais e sites sobre as eleições diretas para diretores de escolas, e também as mensagens enviadas por professores de Vitória da Conquista e Boquira.
Antes, confira a entrevista do professor Rui Oliveira à TV Bahia:
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http://www.bahiaja.com.br/noticia.php?idNoticia=12532
17/12/2008 – 19:26
ESCOLAS ESCOLHEM DIRETORES COM PARTICIPAÇÃO DE ALUNOS E COMUNIDADES
Um dirigente comprometido com a comunidade, participativo, que forneça meios para que a escola se torne aberta ao diálogo e construída em conjunto com pais, estudantes, professores e funcionários.
Esta é a expectativa de quem está participou, nesta quarta-feira (17), nas 1.753 unidades de ensino da rede estadual, do processo de eleição dos primeiros diretores escolhidos por meio de eleição direta, que acontecerá até às 20h.
Na disputa concorrem aproximadamente 1.300 chapas. O secretário da Educação, Adeum Sauer, que visitou algumas escolas, ressaltou a importância da conquista do voto direto com a participação dos segmentos da educação junto com o governo e comunidade escolar.
A movimentação foi grande nas escolas da capital e do interior, mesmo sendo para a primeira vez que os estudantes participam de um processo de eleição democrático, mostraram que já sabem o perfil de liderança que querem. Quem envolver a comunidade nos projetos estará na frente.
Um exemplo é a estudante Rosana Rastelli, 15 anos, do Colégio Central. Ela considera o momento um marco para a história da Educação da Bahia e de extrema importância para o alunado.
“Queremos um diretor que seja a nossa cara”, desabafou. A expectativa da mãe da estudante, Joselice Rastelli, é que a relação entre escola e pais se estreite. Para Joselice, o diretor tem que ser transparente em suas propostas para que todos conheçam e dêem opinião.
Expectativas
Para a professora de Geografia, Maria de Lourdes Nepomuceno, da Escola Henriqueta Catharino, na Federação, o momento demorou de acontecer, mas “está sendo muito positivo, porque é uma oportunidade de fazemos nossa escolha. É importante que a pessoa aja de forma correta e rentável ao ensino-aprendizagem, cujo único objetivo deve ser o alcance do sucesso pelo alunado. Espero que venham pessoas comprometidas com a comunidade para tornar uma escola melhor”.
Sindicalista considera uma vitória
Para Rui Oliveira, da APLB/Sindicato, entidade representativa dos professores, o momento marca a vitória de uma luta que durava mais de 20 anos, com objetivo de garantir um processo democrático na gestão escolar.
“Hoje, estamos vivendo um momento histórico, acabando com a indicação política, e é fundamental que isso seja daqui para frente melhorado para que possa refletir na melhoria da Educação pública do nosso estado”.
Ainda na sua avaliação, “é importante que o diretor eleito tenha participação e compromisso com a comunidade, pois esta iniciativa é também uma tentativa de diminuir a evasão e de valorização dos profissionais da educação”.
Processo
O processo eleitoral só é válido se houver uma cota mínima de participação de 30% dos pais, 30% dos estudantes, 50% dos membros do magistério e 50% dos funcionários.
No intuito de equilibrar o processo, o voto também tem peso diferente, de acordo com o segmento: pais e estudantes têm peso de 25%, cada, professores, de 45%, e os demais servidores, 5%.
Os pais, alunos, professores e funcionário recebem uma cédula para votação. Embora o decreto deixasse de fora do processo apenas 114 escolas – as prisionais, creches e de 1ª à 4ª série -, outras 447 não apresentaram chapas ou não tiveram candidatos aprovados no processo seletivo.
http://correio24horas.globo.com/noticias/noticia.asp?codigo=12641&mdl=50
17.12.2008 – 16h51
Escolas estaduais realizam eleições para diretores nesta quarta
Paula Outerelo | Redação CORREIO
Todas as 999 escolas públicas do estado realizaram pela primeira vez, nesta quarta-feira (17), eleição direta para diretoria. Em 75% das instituições, os pais, alunos com mais de 14 anos, professores e funcionários não tiveram opções para votar, pois 746 unidades escolares só tinham uma chapa.
No pleito, pais e estudantes têm peso de 25% cada segmento, os dos professores é de 45% e o dos demais servidores é de 5%. “Nós caminhamos para chegar ao voto universal. Mas, acho que está de bom tamanho. Juntos, pais e alunos tem 50% dos votos. Além do mais, a quantidade de pais e alunos é muito maior que a quantidade de professores e funcionários”, se explicou a diretora da gestão descentralizada da Secretaria de Educação do Estado, Euzelinda Dantas. Para ela, ter este grande percentual de chapas únicas é normal para o início de um processo democrático.
“Apesar de falarem, estas eleições não são democráticas. Além de não termos escolha com o candidato, o peso de nosso voto é diferente”, comentou o estudante e presidente da União Municipal dos Estudantes da Bahia, Joselito Pinheiro.
“Com o passar do tempo, isto pode mudar. Já foi um grande ganho, já estávamos esperando que isso fosse acontecer no início”, confessou. Ainda de acordo com o decreto, para que seja validado o processo, mesmo com uma única chapa, é necessário uma cota mínima de participação de 50% dos membros do magistério, 50% dos funcionários, 30% dos pais e 30% dos alunos.
No Colégio Almirante Barroso, em Paripe, o candidato à diretoria, professor Paulo Pericles, já está no cargo há um ano e meio. Aluna desta unidade escolar há quatro anos, Lucilene Sapucaia, de 18 anos, considera que ter apenas uma chapa não é interessante. “Eu, por exemplo, gosto do diretor, mas o vice não me agrada. Nunca votaria nele. Mas, não tenho outra opção”, disse a garota, estudante do 3º ano do ensino superior.
O dia de votação esteve bastante movimentado, também, no Colégio Teixeira de Freitas, na Mouraria. Na unidade, estudantes ligados ao movimento estudantil foram acompanhados de perto pelos professores. “Olha lá o que você vai falar viu?”, dizia a professora de prenome Patrícia, ao perceber um estudante conversando com a imprensa.
Caso algum aluno queira fazer qualquer tipo de denúncia referente às eleições, a secretaria adverte que o telefone apropriada para ligar é o 3115-9154. “Se a acusação for documentado, faremos uma inspeção escolar”, destacou Euzelinda Dantas
http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=1032911
Eleições agitam escolas na capital e no interior
17/12/2008 às 22:52
| ATUALIZADA EM: 18/12/2008 às 00:47
Apesar do clima ameno que prevaleceu na maioria das sessões visitadas por A TARDE, em Salvador, a eleição para escolha de diretores da rede estadual de ensino público teve momentos de tensão.
No Colégio da Polícia Militar, em Dendezeiros, uma das candidatas das chapas concorrentes acusou a atual diretora, que concorre à permanência no cargo, de impedir a presença de fiscais das chapas adversárias nas duas salas onde ocorreu a votação.
A professora Reginalva Silva Ribeiro, vice-diretora do período matutino e candidata pela chapa 3, acusou a atual diretora, Jaciara Simões, da chapa 2, de cometer a irregularidade.
Analista técnica da Diretoria Regional de Educação em Salvador (Direc), Lúcia Soledade esteve na escola durante a manhã e disse ter recebido a informação de que Reginalva não havia designado um fiscal, descartando, portanto, eventual proibição.
A TARDE tentou entrar em contato com a diretora do colégio e com os membros da comissão seletiva local, responsável pela fiscalização das urnas, mas a equipe de reportagem foi barrada na porta da instituição, sob argumento de que a entrada não poderia ser liberada sem a autorização de um superior.
Após 40 minutos de espera, o acesso continuava sendo negado e o nome do superior, omitido.
Presença dos pais – Em outras escolas visitadas, a expectativa era que pelo menos 30% de pais de alunos comparecessem à votação. Pela regra, a eleição em cada escola terá validade se um percentual mínimo de cada segmento votar – 30% de estudantes com mais de 14 anos, 50% de servidores administrativos e 50% de professores.
No Colégio Estadual Praia Grande, em Periperi, até o meio-dia de quarta-feira, 17, 160 pais já haviam comparecido, o que correspondia a 12% do total para este segmento.
“O maior problema é a vinda dos pais. Então, não sabemos se a eleição vai ser validada. Eu acredito que a Secretaria de Educação deveria estipular um percentual menor”, avaliou Cléber Azevedo, professor do Colégio Central, em Nazaré, e concorrente em uma das duas chapas inscritas.
Previstas para ocorrer após o término da votação, às 20h, as apurações não tiveram os resultados divulgados até o fechamento desta edição.
Iniciativa inédita – É a primeira vez que os diretores de escolas estaduais são escolhidos por meio de eleição direta. Ao todo, 999 unidades da Bahia participam do processo eleitoral, sendo que 74,7% delas apresentaram candidato único.
Das 1.535 escolas convocadas pela Secretaria de Educação, 536 não tiveram professores inscritos no Curso de Gestão Escolar – pré-requisito para a candidatura – ou não tiveram candidatos considerados aptos.
Nas unidades em que a eleição for invalidada por falta de quórum, o secretário de Educação nomeará uma chapa diretora. Pintor autônomo e pai de um estudante no Colégio Central, Jailton Pereira, 42, disse que só pôde votar porque não possui horário fixo de trabalho. “Eu tenho mais facilidade de estar presente, participo muito das reuniões e acho que votar é um meio de escolher o diretor que realmente faz um trabalho com a comunidade”.
Escolas da Bahia elegem seus diretores e vices
Essa é a primeira vez que se realiza uma eleição desse tipo na Bahia
Esta quarta-feira (17) é dia de eleição direta para diretor e vice-diretor das escolas da Rede Estadual de Ensino. É a primeira vez que isso acontece na Bahia. Em Juazeiro, no Norte do estado, as escolas estão mobilizadas e a expectativa é grande. Na véspera da votação, toda a propaganda eleitoral foi retirada das escolas.
A campanha foi suspensa de acordo com as regras da eleição de dirigente escolar. Os candidatos, que são professores concursados, também estão proibidos de dar entrevistas. Poderão votar professores, funcionários, estudantes, pais ou responsáveis. Para ter direito a voto, o estudante tem que ter, no mínimo, 14 anos de idade.
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Leia as mensagens de Vitória da Conquista e Boquira
De:
PARA:
Assunto: APLB Sindicato: Contato via site
Data: quinta-feira, 18 de dezembro de 2008 07:36
site.: www.aplbsindicato.org.br
assunto.: APLB Sindicato: Contato via site
destinatario.: imprensa@aplbsindicato.org.br
destino.: https://www.aplbsindicato.org.br/obrigado.php
remetente_nome.: Ileusa Aurea de Magalhães
email.: ileusa45@hotmail.com
tel1.: 77-3082-6347
mensagem.: UMA VERGONHA é o que se pode chamar as eleições para direção do Colégio Estadual Padre Luiz Soares Palmeira em Vitória da Conquista. Com duas chapas concorrendo, a direção por não ter passado no Concurso de Gestão Escolar e consequentemente não podendo se candidatar, discaradamente fez a campanha do NÃO, induzindo os alunos e pais de alunos a não irem votar, garantindo aos mesmos que se invalidassem a eleição, ela (a atual direção) permaneceria no cargo. Em relação aos funcionários, alguns foram ameaçados de perderem o emprego – principalmente os do REDA e outros foram liberados para não comparecerem à Escola no dia da votação. Adesivos feitos pela direção com o SLOGAN “EU FIZ MINHAN OPÇÃO – VOTO NÃO” foram distribuídos para os alunos – diga-se de passagem – pelas mãos da própria diretora. Quanto aos professores, num universo de 53 docentes, apenas 23 exerceram a cidadania, pois os demais têm regalias com o apoio da direção, entre elas não pagar AC, chegar atrasada, faltar e não ter nenhuma punição.
Várias turmas tiveram provas desmarcadas, pois aconteceriam no dia da eleição – era Prova de Língua Portuguesa. Sendo assim vários alunos deixaram de votar. No tocante aos pais de alunos, a direção fez reunião em alguns bairros próximos á escola,pedindo aos mesmos que não fossem votar. Resultado: Dos 12 funcionários da Escola, apenas 01 (um) votou, já que é politicamente conscientizada e não se deixa manipular. A eleição foi invalidada em todos os segmentos. Fica no ar a seguinte pergunta: – Que conceito e prática de democracia os alunos e alguns professores desta Comunidade têm? Os alunos, com certeza, aprenderam uma grande lição: TRABALHAR COM A CORRUPÇÃO, O NÃO EXERCÍCIO DA CIDADANIA E O PIOR – FALTA DE OPINIÃO PRÓPRIA.
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De: “Maria azevedo”
PARA:
Assunto: Eleições pra diretores escolares estaduais em Boquira
Data: quinta-feira, 18 de dezembro de 2008 00:38
Uma vergonha para a educação em Boquira
As eleições para diretores estaduais em Boquira foi uma verdadeira vergonha.Enquanto Estudantes, pais e professores compareceram em massa para votar os funcionários Reda que nem sequer a maioria tem ensino médio ou fundamental decidem as eleições no Colégio Estadual Luís Eduardo Magalhães.Apenas três dos nove funcionários compareceram pra votar. Decidindo assim a invalidação das eleições, deixando muitos alunos indignados.
Essa foi a tabela de comparecimento dos segmentos votantes da referida unidade escolar:
Estudantes: Universo – 793 Total de votantes – 626
Professores: Universo – 24 Total de votantes – 20
Pais/ responsáveis: Universo – 275 Total de votantes – 92
Funcionários: Universo – 9 Total de votantes – 3