Protesto pelo piso reúne educadores/as no CAB; “se for preciso, vamos invadir prefeituras”, diz Rui Oliveira
A APLB-Sindicato promoveu nesta quarta-feira (13/03) uma grande paralisação das redes estadual e municipais de ensino da Bahia. Educadores/as da capital e mais de 250 municípios do estado atenderam ao chamado da APLB e participaram de três atos de protesto, pela manhã, em frente ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), à Secretaria Estadual e Educação (SEC) e à sede da União das Prefeituras da Bahia (UPB), ambos no Centro Administrativo da Bahia (CAB). A mobilização pediu o pagamento do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN), valorização dos profissionais de Educação, cumprimento dos planos de carreira, sem distorções, melhores condições de trabalho, realização de concursos públicos em todos os segmentos e convocação dos aprovados nos últimos processos seletivos.
“Queremos parabenizar toda a categoria que participou. Foi a maior manifestação dos últimos 10 anos aqui no CAB”, disse Rui Oliveira, coordenador geral da APLB.
No TCM, uma comissão formada por dirigentes do sindicato foi recebida por representantes do órgão. “A APLB cobrou uma resposta às denúncias feitas pela entidade sobre prefeituras baianas que desviam dinheiro do Fundef e não pagam o piso aos professores. Ficou acordado uma reunião na próxima segunda (18/03), 9h30, no Tribunal”, informou Rui.
Durante a manifestação na SEC, a secretária da pasta, Adélia Pinheiro, foi vaiada pelos profissionais de ensino, que pediram ainda a revogação da Portaria 190, por promover aprovação em massa de alunos.
“A comissão da APLB não foi atendida pela secretária. Esperamos muito tempo e tivemos que sair para seguir com a agenda de atividades do dia. Os equívocos praticados pelo governo têm desgastado sua imagem perante a categoria, inclusive por não pagar o piso dos aposentados”, destacou o coordenador do sindicato.
Na UPB, a APLB pediu uma intermediação com as prefeituras para dialogar, na busca de soluções para destravar o pagamento do piso. “Precisamos de estratégias para fazer valer nossos direitos. O poder público tem que nos ouvir. Se for preciso, vamos invadir prefeituras”, declarou Rui Oliveira.