Prado – reivindicação por eleição para diretores de escolas

Prado – reivindicação por eleição para diretores de escolas

Servidores da Educação em Prado querem eleição para diretor em escolas do município

E  ameaçam “Estado de Greve” caso a eleição não aconteça 

Os servidores da Educação do município de Prado paralisaram suas atividades nesta terça-feira (19/07) para participar de uma assembléia da categoria na Câmara Municipal de Prado, organizada pelo Núcleo da APLB/Sindicato daquele município.

As razões para a realização da reunião são inúmeras, por isso, no decorrer do evento eles discutiram sobre vários assuntos, entre estes o rateio dos recursos do Fundeb (sobras), eleição para escolha de diretores e vice-diretores das escolas do município e campanha salarial.

Uma paralisação semelhante a essa já havia acontecido no final do mês de maio e, na semana passada, os servidores deliberaram em assembléia com a APLB em cruzar os braços nesta terça-feira para decidir sobre o futuro da mobilização.

O coordenador da APLB de Prado contou a nossa equipe que no mês passado o município recebeu aproximadamente R$ 1,3 milhão em recursos do Fundeb e, como a categoria havia aberto mão do reajuste em janeiro em detrimento de recebe-lo em duas parcelas nos meses de abril e agosto, a categoria resolveu então pleitear junto ao Executivo que este fizesse um repasse das sobras dos recursos.

Em um primeiro momento, foram feitos os cálculos e com o aval dos secretários da Educação e de Finanças, o prefeito Jonga se comprometeu em fazer o rateio. De acordo com os cálculos feitos durante uma reunião entre a Prefeitura e a categoria, ficou acertado que cada trabalhador iria receber aproximadamente R$ 830,00 a mais.

Nessa reunião, também ficou acertado que haveria outros encontros para que fosse decidido sobre os pormenores do pagamento, entretanto, nas duas reuniões marcadas com o prefeito, ele não compareceu e, por fim, quando os servidores da educação deliberaram na semana passada que estariam paralisando as atividades hoje (19/07), a Prefeitura voltou a se reunir com a categoria para informar que o rateio não poderia mais ser feito, tendo em vista o pouco volume de recursos na conta do Fundeb.

José Nilton Santos de Oliveira, 36 anos, informou que realmente, o saldo, de R$ 125 mil, era insuficiente para o rateio, mas ele questiona o fato de a Prefeitura ter demorado para se manifestar a respeito, “por que não nos chamaram antes, por que prometeram se não iam cumprir”, indaga. José Nilton defende que o ideal é que não sobre dinheiro para o rateio entre os funcionários, “no dia em que tivermos uma boa remuneração não vamos fazer questão do rateio”, defende.

Diante do impasse, a categoria deliberou que não vai mais cobrar o rateio, até porque a Prefeitura tem, por lei, até o mês de dezembro para fazê-lo, “vamos esperar até o final do ano e aí vamos cobrar”, conta, acrescentando que o foco será a partir de agora, a campanha salarial e a eleição para diretor.

José Nilton disse que os servidores estão atentos para o cumprimento do que foi acordado entre PMP e APLB: a segunda parte do reajuste (15,08%) para o mês de agosto. Mas eles também querem a garantia de pagamento da AC a alguns professores do interior e o reajuste na Regência de Classe que hoje é de 12%.

No entanto, a “ordem do dia” das reivindicações é mesmo a eleição para diretor e vice-diretor nas escolas do município, à exemplo do que já ocorre nas escolas do estado. Os servidores deixaram claro que a Secretaria Municipal de Educação vai ter que se comprometer, inclusive com apresentação de um cronograma, em realizar a eleição o mais breve possível.

Para tanto a APLB/Sindicato já encaminhou ofício para a Prefeitura e se a resposta for negativa, a categoria pode deflagrar o “Estado de Greve”. Atualmente, a folha de pagamento da Educação municipal de Prado é de aproximadamente R$ 670 mil com 450 mil servidores registrados.

Estado de Greve

Nele não ocorre a paralisação total das atividades, apenas uma paralisação parcial, tendo em vista que as aulas nas escolas vão continuar acontecendo, entretanto, com redução de horário. No turno matutino, por exemplo, os alunos serão liberados às 9h da manhã e nas creches, ao meio dia. Apesar dos estudantes serem mandados mais cedo pra casa, os servidores continuam nas unidades educacionais cumprindo o horário.

Por Nilson Chaves

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