Porto Seguro: ex-secretário nega envolvimento no assassinato de professores

Porto Seguro: ex-secretário nega envolvimento no assassinato de professores

19/07/2010 às 23:34

Ex-secretário nega envolvimento no assassinato de professores

Mário Bittencourt l Sucursal Porto Seguro

 

Com a voz embargada de choro, o ex-secretário de Governo e Comunicação de Porto Seguro (a 709 km de Salvador, no extremo sul da Bahia), Edésio Ferreira Lima Dantas, em depoimento nesta segunda-feira, 19, na Vara Crime local, negou que tenha qualquer envolvimento com o assassinato dos professores Elisney Pereira Santos, 31 anos, e Álvaro Henrique Santos, 29, ocorrida na zona rural da cidade, em 17 de setembro de 2009.

Dantas está preso há cinco meses na Polinter, em Salvador, e é apontado pelo Ministério Público Estadual (MPE) como mandante do crime. Nas 2h13 de depoimento, o ex-secretário afirmou, dentre outras coisas, que dias antes do assassinato, ele e Álvaro Henrique Santos, à época dos fatos presidente da APLB-Sindicato – que representa a categoria dos professores municipais –, estavam em negociação sobre reajuste de salário, dentre outras demandas, e se entendiam bem.

“Ele dizia que era contrário à greve e eu via que íamos chegar a um acordo. Eu já fui sindicalista e tive embates piores e nunca pensei em fazer algo do tipo. Isso nunca fez parte de minha índole. Sou inocente. Fizeram comigo um assassinato político”, disse. A acusação do MPE é feita com base no depoimento dos supostos traficantes Inamar Pereira Santos, que sobreviveu a um atentado de 12 tiros em 25 de janeiro deste ano, Marcelo Santos da Fonseca, o Marcelo Caolho, e João d’Ajuda Cardoso Filho.

A Polícia Civil, na conclusão das investigações, indicia Edésio, três policiais militares (Sandoval Barbosa dos Santos, 37, Geraldo Silva de Almeida, 29, e Joilson Rodrigues Barbosa, 29) e mais dois funcionários da prefeitura local – Antônio Andrade dos Santos Júnior, 22, e Danilo Costa Leite, 24. Estes dois últimos estão foragidos desde fevereiro deste ano, quando as prisões dos acusados foram decretadas.

 

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