Para o Dieese, salário mínimo deveria ser de R$ 1.797

A evolução do preço da cesta básica no país continua pressionando o custo de vida do brasileiro. Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo atual deveria ser 4,73 vezes maior do que é atualmente.
Ou seja, cada brasileiro deveria ganhar R$ 1.797,56 por mês para ter condições de desembolsar com outros gastos básicos como moradia, saúde, educação, transporte, lazer, previdência e vestuário, para si e para a família, conforme estabelece dispositivo constitucional.
De acordo com Dieese, tal cálculo leva em conta o preço mais alto da cesta básica no Brasil, de R$ 213,97, apurada em Porto Alegre no mês de outubro, quando a alta foi de 3,48%.
Além de ganhar menos do que seria necessário na avaliação do departamento, os trabalhadores precisaram se dedicar mais tempo ao trabalho para adquirir a cesta básica.
Conforme cálculo do Dieese, o brasileiro que recebe o salário mínimo de R$ 380 teve que cumprir 99 horas e 19 minutos de serviço para comprar os produtos básicos no mês passado. O número de horas é superior à média de setembro (98 horas e 22 minutos), e à de outubro de 2006, quando a jornada de 96 horas e 15 minutos era suficiente para arcar com o valor médio da cesta básica no país.
Quando se considera a relação entre o custo da cesta e o salário mínimo líquido – com a dedução do valor destinado à Previdência – verifica-se que o percentual do rendimento líquido comprometido em outubro com os produtos essenciais ficou em 48,89%, acima dos 48,41% necessários em setembro e dos 47,37% de outubro no ano passado.
Tanto para horas trabalhadas como para o comprometimento mensal da renda, o departamento usou como base a média nas 16 capitais pesquisadas.

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