“Não são educadores, são criminosos”, afirma presidente do Conselho Estadual de Educação sobre escolas em funcionamento
“Eu acho, neste momento da pandemia, um crime tão grande a escola abrir, que eu sou favorável a banir essas pessoas da Educação. Porque são criminosos. Estamos com 3 mil mortos por dia e estão com escolas abertas. Então, não são educadores, são criminosos”, afirmou o professor Paulo Gabriel, ao citar que, mesmo sem autorização do governo, escolas particulares de Teixeira de Freitas e Barreiras estão funcionando.
O professor é o presidente do Conselho Estadual de Educação, que neste momento cumpre uma função de fiscalizar as unidades de ensino a respeito do cumprimento do decreto governamental. De acordo com ele, são várias denúncias recebidas por pais de alunos e inclusive de escolas contra outras unidades de ensino.
“Nós fizemos visitas em algumas escolas e constatamos que algumas escolas privadas estão funcionando. Conversamos com elas, algumas fecharam e outras continuam abertas e nós não vamos tolerar isso. Ai não tem jeito, é fechar mesmo”, afirma o professor que completa que até o momento, não há denúncia contra as escolas de Salvador.
Ele explica que quando o conselho recebe a denúncia, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) é acionado e buscam confirmar a veracidade da informação. “A partir de agora, uma vez constatado que as escolas estão funcionando, iremos abrir um ato de inflação, conversar com a escola para que ela feche e se ela não parar nós vamos abrir um processo que vai descredenciar a escola”, disse.
Modelo Semipresencial
Conforme o professor, o conselho discute um modelo semipresencial, mas que a autorização precisa partir do governo do estado.
“Nós temos várias soluções para isso, nesse momento, a gente só pode autorizar o modelo presencial quando o governo autorizar. A gente não pode debater isso porque é proibido abrir hoje. Quem tem condições de definir se vai abrir ou não é o governo. Quando a escola abre a revelia do governo, ela está cometendo uma inflação e pode fechar. Ela perdendo a autorização vai ter problemas”, finaliza.
O coordenador geral da APLB-Sindicato, Rui Oliveira, diz que “a entidade solidariza-se com os profissionais da rede privada que estão sendo obrigados ao trabalho presencial neste estágio tão avançado da pandemia. Seguiremos firmemente a luta em defesa da vida, contra a reabertura de escolas sem a vacinação dos trabalhadores da Educação. Conteúdo se repõe. Vidas, não”, destacou.
Fonte: Muita Informação