Jornal denuncia desvalorização dos professores indígenas na Bahia
O jornal Correio denunciou, em edição desta quarta-feira (03/04), a desvalorização dos (as) professores (as) indígenas da Bahia. Docentes não indígenas recebem um salário-base de R$ 4.420,55 para uma carga horária de 40 horas semanais, enquanto indígenas recebem apenas R$ 1.253,12, uma diferença de R$ 3.167,43.
A publicação lembrou que os (as) professores (as) indígenas ingressaram na rede estadual de ensino no concurso público de 2014 e, desde 2016, reivindicam uma equiparação do salário. A carreira para docentes desta etnia foi criada em 2011, a partir da Lei 12.046, e foi necessária uma nova luta para que um concurso fosse realizado dois anos depois.
Fontes ouvidas pelo Correio explicaram que o Fórum de Educação Escolar Indígena (Fórumeiba) já elaborou um projeto de lei para alterar a legislação de 2011. Uma recente reunião foi feita entre a Secretaria de Educação e o Fórumeiba para discutir o pleito, mas os (as) docentes temem que o calendário eleitoral atrapalhe a votação na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA).
A APLB-Sindicato reitera a solidariedade ao (às) professores (as) indígenas do estado pelo cenário de desvalorização e a defesa da equiparação salarial, que é um direito.