Interior da Bahia: atraso de salários e problemas nas eleições para diretor de escola

Nesse início de ano centenas de trabalhadores em educação sofrem com o descaso das autoridades. Prefeitos que perderam a eleição simplesmente deixaram de pagar salários de dezembro e o 13º aos profissionais da educação em Mulungu do Morro, Sento Sé e Teofilândia. Como estamos num país em que a impunidade é a regra, nada acontece aos malfeitores. Na Bahia, então, não é novidade. Tivemos prefeitos afastados do cargo; retornados ao cargo; afastados de novo; e mais uma vez voltando e até terminando o mandato. Quem não se lembra de Queimadas?

 

Em Riachão do Jacuípe o problema foi o processo eleitoral para diretor de escola. Estamos aguardando mais informações. Os professores dizem temer o atual diretor. Em Boquira, a eleição no Colégio Luiz Eduardo Magalhães foi anulada.

 

De Mulungu do Morro, a professora Neuraide Teles de Souza envia e-mail explicando que “o prefeito que perdeu as eleições deixou de pagar 1/3 de férias, o rateio e o mês de dezembro. Portanto estamos pedindo um reforço dos dirigentes da APLB para nos dar um apoio já que somos 130 associados e aqui estamos lutando, mas precisamos de mais reforço”.

 

A Assessoria de Comunicação da APLB-Sindicato enviou a denúncia para a imprensa, pelo menos para tornar pública a situação.

 

A Delegacia Litorânea Norte da APLB-Sindicato informa que os professores de Entre Rios estão sofrendo com uma situação jamais vista no município: nem o 13º salário; nem o salário de dezembro, nem mesmo o 1/3 das férias foram pagos. Os professores de Entre Rios pedem a atenção das autoridades governamentais para o seu problema.

 

Sem maiores detalhes, Teofilândia e Sento Sé também se queixam da falta de pagamento. Estamos aguardando contato dos dirigentes e professores dessas cidades para informarmos a imprensa.

 

Riachão de Jacuípe

 

Em Riachão, no Colégio João Campos, houve problemas nas eleições para diretores de escola. Todos os professores de lá estão amedrontados com o atual diretor.

 

Confira a amensagem enviada por e-mail por um grupo de professores:

 

Somos professores do Colégio João Campos.MEDO,não chegaria a ser este o termo,mas estamos assustados com os últimos fatos que vem ocorrendo em nossa escola desde a chegada deste diretor,indicado pelo PT local,que desrespeitando a vontade do professorado trouxe uma pessoa que não tem nada haver com a instituição e em nome de uma pseudo-democracia vem causando uma série de arbitrariedades, abusando da “autoridade” do cargo que lhe foi dado.O referido diretor é totalmente desequilibrado:Manda professores calarem a boca quando se manifetam contrários às suas ideias “malucas”,se recusa a assinar documentos impedindo que os mesmos dem entrada em seus benefícios junto a DIREC ,desacato aos profissionais de educação no uso de suas funções, devido a contendas com o atual prefeito pixou os muros da escola, diz que usar farda é caretice,os alunos fazem o que querem e entendem pois a intenção dele é ter o apoio dos mesmos…è um verdadeiro ABSURDO e por último nas eleições, quando sentiu-se ameaçado em perder o pleito,   simplesmente providenciou para que as luzes da escola fossem apagadas por volta das 18:30 e a urna do segmento professores foi roubada da sala onde estavam ocorrendo as eleições. Apesar das luzes terem sido apagadas todos que estavam na referida sala enxergaram nitidamente  a pessoa que roubou a urna.Quando um dos mesários gritou: Não faça isso Marquinhos! O Marcos Diego é um ex- aluno que o atual diretor deu  um cargo de PST e agora é porteiro  da instituição e faz tudo que ele manda.
Os fiscais presentes também viram e um deles ainda correu atrás do referido porteiro que pulou o muro e entregou a urna a 2 motoqueiros que já estavam aguardando.Uma verdadeira quadrilha montada. O portão de entrada da escola foi trancado,quando a Polícia Militar,que havia sido acionada pelos professores presentes chegou ao local teve que arrombar o cadeado para adentrar no recintoA presidente da Comissão  Seletiva   pretou queixas na Delegacia de Polícia Civil e estamos aguardando o esclarecimento dos fatos pois o  diretor quase todos os dias vai às rádios locais ameaçando as pessoas dizendo que quem não tiver como provar que foi o “Marquinhos” que foi o autor do delito será processado.
Sendo assim estamos aguardando um veredicto do òrgão competente e buscando uma resposta da SEC que também foi informada de todos os fatos e sabe que o referido diretor não tem comdições moral, emocional nem psicológica de ocupar um cargo de tamanha relevância para uma escola como o de diretor.Que cidadãos estamos querendo formar?

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Em Boquira, também ocorreram problemas. Leia a mensagem enviada por professores daquele município:

No Município de Boquira, no Col. Luís Eduardo Magalhães,a eleição foi anulada devido ao boicote praticados por funcionários, orientados pelos chefes políticos locais. Não houve quórum e a única candidata, temendo mais coisas do tipo, desistiu de se lançar outra vez, já que quase todos os alunos estavam de férias. Agora, o grupo que promoveu o boicote espera que o governo indique alguém desse grupo. É bom que esclareça que as pessoas que aguardam a nomeação por decreto recusaram-se a se candidatarem.

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O fato é que muitos municípios e representantes de escolas da capital reclamam do processo eleitoral. O que fazer? Bom, enviem para a Assessoria de Comunicação (imprensa@aplbsindicato.org.br) as informações. Fizemos contato por telefone e estamos aguardando as informações detalhadamente.

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