FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS A BEIRA DA FOME: 4 ANOS SEM REAJUSTES SALARIAL
Estamos vivenciando aqui na Bahia um cenário político complicado para os funcionários públicos, que amargam quatro anos sem reajuste salarial. O governador Rui Costa tem agido com muita crueldade com os trabalhadores públicos, com a alegação de que, diante da crise econômica em que o país se encontra, o Estado não tem dinheiro para conceder um reajuste. Observe-se que em nenhum momento a arrecadação do Estado caiu! Mesmo com crise, as fontes de receitas continuam a prosperar, tanto assim que o governo não parou as obras do metrô, das clínicas, e das rodovias estaduais. Portanto, esta maldade com o funcionalismo está no DNA do PT, que segundo falam não gosta de funcionário publico. Mesmo assim, os funcionários públicos conscientes votaram no governador.
Além dessa perversidade com os funcionários públicos, o governo do Estado quer fechar mais de 200 escolas. Fala-se até em fazer uma reforma administrativa, privatizando instituições como a Embasa, e nessa reforma administrativa tirar diversos direitos dos trabalhadores públicos, configurando-se em governo neoliberal.
Um governo que se diz democrático, mas que não dialoga com a sociedade organizada, principalmente com as entidades sindicais ligadas aos trabalhadores públicos. Diante dessa situação os funcionários públicos têm que reagir, para não morrer de fome, uma vez que o aviltamento salarial naturalmente levará a isso, consumido por uma inflação alta e um custo de vida que se expressa em nosso cotidiano, com aumentos dos produtos básicos, água, energia, gás de cozinha, remédios, aluguel residencial, e gasolina, que determina um efeito cascata.
Vimos recentemente os ministros do Supremo reajustaram seus salários em 16%%, eles que ganham muito bem com direito a auxilio moradia e outros privilégios. Nesse cenário, poucos municípios do Estado da Bahia não deram reajuste salarial a seu funcionalismo, nesse período de quatro anos, só o governo do Estado e município de Salvador não deram.
Nesse sentido as entidades dos servidores públicos devem forçar uma audiência com o governo do Estado, para saber do governador, se os funcionários vão passar mais um ano sem reajuste, e se não tiver resposta minha proposta é greve por tempo indeterminado.
A luta continua!
Nivaldino Felix
DIRETOR DE IMPRENSA DA APLB-SINDICATO
Crédito das fotos: Getúlio Lefundes