Funcionários exigem a atualização do salário mínimo, concurso e fim da terceirização
Realmente o panorama político no Brasil é de extrema dificuldade para alguns setores, mas em cima da crise não se pode sacrificar os trabalhadores mesmo porque não são eles que projetaram esta situação.
O governo estadual da Bahia alega que não tem recursos para dar o reajuste aos funcionários públicos e se conceder tem que fatiar o salário, isto é pagar de três ou mais vezes. Uma das alegações é que a folha com pessoal já chegou ao limite prudencial, mas o governo não chama os líderes do movimento para analisar as folhas orçamentárias, e para provar que isto é verdade.
Enquanto isso os funcionários continuam ganhando abaixo do mínimo concedido pelo governo federal, em um cenário econômico onde a inflação e o custo de vida continuam sem controle. Esse aviltamento de salário tem levado progressivamente os funcionários à linha da pobreza e prejudicado a educação pública na Bahia.
Segundo o secretário de Educação, Walter Pinheiro, no programa de Raimundo Varela, 50% do terceirizados estão na Secretaria de Educação, o que representa um volume de recursos de R$ 600 milhões por ano. Muitos contratos, segundo ele, foram feitos com as empresas de forma fraudulenta. Nesses contratos não tinha a lei anticalote , que é a contenção dos recursos dessas empresas como reserva, para pagar os encargos sociais e salários dos funcionários terceirizados. Se esta lei estivesse no contrato naturalmente os funcionários não estariam com salários atrasados, e não estava prejudicando tanto a educação básica na Bahia.
A proposta da APLB, como já foi mencionado em outros momentos, é o concurso público. Se o governo se mantiver com a mesma política de contratação, através da terceirização, mesmo com as boas intenções do secretario Walter Pinheiro, o caos continuará no ensino publico da Bahia.
NivaldinoFelix
Diretor de Imprensa da APLB-Sindicato