Escola é o lugar da diversidade de pensamento!
A APLB-Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia repudia os atos de violência, de tentativa de intimidação e de ameaças contra professoras e professores, que vem se repetindo na Bahia e no Brasil, fatos estes mais evidenciados após a última campanha eleitoral.
A defesa dos trabalhadores em educação, professores, coordenadores pedagógicos e gestores escolares, é um dos objetivos desta entidade classista! Por este motivo, a APLB-Sindicato não admite em nenhuma circunstância patrulhamento, uso de imagem ou áudio, perseguição nas redes sociais e nas escolas, posto que ferem a liberdade de cátedra, do direito de ensinar a aprender, e se configuram como desrespeito aos processos pedagógicos e, sobretudo, aos direitos civis.
Esta onda de denuncismo que ataca a honra e ameaça a integridade física e moral dos trabalhadores da Educação, mostra a cara do fascismo que se instala em nosso país.
Somos contra o Projeto Escola Sem Partido que tenta impor uma ideologia burguesa, que tira do trabalhador o senso crítico e a capacidade de reflexão sobre sua realidade histórica, social, econômica e política! Um modelo que visa acomodar o sujeito (preferencialmente de modo resignado) em seu papel de explorado nas relações de produção.
Defendemos os fundamentos do pensamento de Paulo Freire, Patrono da Educação Brasileira, posto que seu legado humaniza a Educação e a sociedade, e emancipa o cidadão quebrando as grades dos currais ideológicos impostos por aqueles que visam apenas expropriar a força de trabalho das classes populares. Freire defendeu o trabalho como princípio para a Educação em detrimento da Educação para o trabalho: a leitura do mundo precede a leitura da escrita!
Quando se deparava com o típico esvaziamento da educação burguesa das cartilhas que traziam coisas como “Vovó viu a uva”, ele perguntava: E quem era a Vovó? Quem plantou essa uva? Quanto custou a uva e como foi dividido esse valor entre o lavrador e o vendedor? Essas perguntas precisam ser ensinadas aos trabalhadores que trabalham de sol a sol para sobreviver, enquanto os grandes fazendeiros enriquecem à custa desta atividade laboral.
A APLB reafirma seu compromisso histórico de lutar ao lado dos trabalhadores em educação defendendo direitos, seja buscando avanços, seja diante da ameaça de sua retirada, seja pela garantia de proteção aos que forem ameaçados, assediados ou patrulhados no exercício da sua profissão. Não permitiremos que a escola seja transformada no palco do autoritarismo que ora cerca a nação e compromete a diversidade de pensamento, a liberdade de expressão, e a pluralidade cultural e acadêmica que sempre marcou esse país miscigenado.
Trabalhador da Educação, sempre que seu direito for violado procure a APLB!
Juntos, lutaremos por uma educação pública, gratuita, democrática, plural, laica e de qualidade socialmente referenciada!
Não à escola com mordaça!
APLB-Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia