APLB participa de debate com secretário de Saúde Léo Prates e MP-BA sobre retorno às aulas presenciais

APLB participa de debate com secretário de Saúde Léo Prates e MP-BA sobre retorno às aulas presenciais

Após uma série de polêmicas em relação à vacinação dos profissionais de educação e o retorno às aulas presenciais no município de Salvador, a APLB-Sindicato, em parceria com o Comitê Baiano Vacina no SUS JÁ!, promoveu, na última terça-feira (25/05), o evento “Em Debate: Vacina x Retorno às aulas presenciais.

No debate, que foi transmitido via Facebook e YouTube, além do coordenador-geral da APLB, Rui Oliveira, os diretores da entidade Marcos Barreto e Arielma Galvão, estavam presentes a professora da Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e ex-vereadora, Aladilce Souza, que mediou o evento;  o secretário de Saúde de Salvador, Léo Prates; o promotor do Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), Valmiro Macêdo; a Dra. em Medicina e Saúde Lorene Pinto; e a deputada estadual Olívia Santana, que fez uma breve passagem.

O evento foi semelhante aos que foram realizados, no mesmo formato, com gestores municipais de Saúde das regiões sul e recôncavo da Bahia. O número de espectadores assistindo simultaneamente de todas as plataformas foi de cerca de 2.000 pessoas.

Diálogo

Depois das saudações iniciais, Rui Oliveira deu um panorama geral da situação da Educação e afirmou que “ano letivo a gente recupera, o que não se recupera são as vidas que estão sendo perdidas”. O coordenador-geral fez uma comparação entre o mês de novembro de 2020, quando o governo e a prefeitura fizeram menção de retorno às aulas presenciais, e o mês de maio de 2021, quando os educadores estão sendo pressionados a retornar por já terem sido vacinados. De acordo com ele, a quantidade de óbitos diários em novembro chegava a 20, e hoje está em aproximadamente 100.

Rui aproveitou a presença do promotor Valmiro Macêdo para denunciar ações da Secretaria Municipal de Educação para com os pais de alunos, e afirmou ter áudios relatando ameaças de suspensão de matrículas e cortes de benefícios caso os estudantes não retornassem às salas de aula. Por sua vez, o promotor afirmou não ter conhecimento da denúncia, que, de acordo com Rui, já teria sido enviada ao Ministério Público em documento, mas que a verificaria.

Outra passagem relevante do debate foi o momento em que a ex-vereadora Aladilce Souza perguntou ao secretário Léo Prates qual a recomendação que ele daria em relação ao retorno às aulas, tendo em vista o atual cenário da pandemia da Covid-19 na capital. Em resposta, Léo disse que “se a única atividade aberta fosse as escolas, não teria problema epidemiológico”. De acordo com o secretário, o problema é a junção de várias atividades abertas. “Quando a gente vai somando as atividades, a gente vai gerando uma movimentação maior na cidade”, afirmou. Durante todo o evento, a maioria dos participantes lamentou e criticou a ausência do secretário municipal de Educação, Marcelo Oliveira. A atitude foi considerada desrespeitosa pelos convidados.

*Com informações do Comitê Baiano

O debate está publicado nas plataformas do Youtube e Facebook da APLB-Sindicato. Confira! 

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