“É trocar seis por meia dúzia”, diz Rui Oliveira sobre nomeação de novo ministro da Educação

“É trocar seis por meia dúzia”, diz Rui Oliveira sobre nomeação de novo ministro da Educação

Nomeado hoje como ministro interino do MEC (Ministério da Educação), Victor Godoy Veiga ocupava até então o cargo de secretário-executivo da pasta, o segundo na hierarquia . Ele assume o MEC em meio à crise envolvendo o antigo ministro Milton Ribeiro, pastor presbiteriano que deixou o comando da pasta após a divulgação de um áudio em que ele afirma que o governo federal prioriza a liberação de verbas a prefeituras ligadas a dois pastores.

Veiga é servidor de carreira como auditor federal na CGU (Controladoria-Geral da União) desde 2004. Em julho de 2020, quando Ribeiro passou a chefiar o MEC, ele foi convidado para o ocupar o cargo. Fontes do ministério dizem que o novo ministro interino deve conduzir a pasta seguindo o caminho de Ribeiro. Veiga sempre teve espaços privilegiados em reuniões e decisões do MEC.

“Na realidade, a nomeação desse novo ministro é trocar seis por meia dúzia. Nesse governo de extrema direita sempre vai prevalecer o clientelismo, o obscurantismo, o fundamentalismo religioso”, declarou Rui Oliveira, coordenador geral da APLB.

O currículo de Veiga divulgado pelo MEC informa que ele é formado em engenharia de redes de comunicação de dados pela UnB (Universidade de Brasília) e fez pós-graduação na Escola Superior de Guerra e na Escola Superior do Ministério Público.

Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, Veiga foi responsável por ameaçar servidores que tentassem levar para Polícia Federal a investigação da Unifil, de Londrina. O jornal revelou que uma fraude teria ocorrido no curso de biomedicina da instituição a partir do vazamento da avaliação do ensino superior.

Nos bastidores, comenta-se que Veiga deve assumir o cargo oficialmente. Caso isso se confirme, será o quinto a assumir a pasta desde o início do governo Bolsonaro.

 

Com informações do UOL

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