CONVITE: COLETIVO TRANSFORMAÇÃO PROMOVE 2ª RODA DE CONVERSA – “ELAS E ELAS EXISTEM!”, NESTA TERÇA (29) ÀS 15H, NA APLB

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O mês de agosto marca o mês da luta pela visibilidade lésbica

 *O mundo das artes ocupado por lésbicas e o desafio da visibilidade

Agosto é o mês da visibilidade lésbica. Neste período duas datas se destacam: 19 é o Dia do Orgulho Lésbico e 29 Dia da Visibilidade Lésbica no Brasil. O segundo nasceu durante o 1º Seminário Nacional de Lésbicas e Bissexuais, realizado no Rio de Janeiro em 1996. Desde então, ativistas empenham mais esforços para debater o tema durante esta época do ano.

Por Alessandra Monterastelli e Mariana Serafini

Entretanto, a grande imprensa não aproveita o período para fazer o mesmo e dar mais visibilidade à questão. Os veículos alternativos tampouco se dedicam ao tema. Isso faz pensar sobre como as lésbicas e bissexuais são encaradas na sociedade em que vivemos: com pouco ou nenhum espaço.

Não são raros os clichês como “toda mulher é bissexual” ou que em um relacionamento lésbico “falta alguma coisa”. Isso coloca em xeque a sexualidade feminina e torna o tema um tabu, muitas vezes difícil de ser encarado. O machismo e a lesbofobia não podem ser encarados como simples “piadas” que tratam o universofeminino, especificamente das lésbicas, como uma “excentricidade divertida”.

A arte também é influenciada por essa corrente de pensamento. Nos filmes e livros, quando aparecem casais de mulheres, ou o destino de uma delas é a morte, ou uma delas trai a outra com outro homem (muitas vezes, deixando-a). Quando o amor entre duas mulheres é narrado por um homem, o mais provável é que o foco seja o erotismo; esquece-se, assim, do companheirismo, da luta e da complexidade feminina como pessoa e ser psicológico.

Pensando em tudo isso, o Portal Vermelho dedicou este Prosa, Poesia & Arte em homenagem ao mês da Visibilidade Lésbica. Nesta edição do caderno, apresentamos filmes que abordam a temática de forma profunda e realista, dirigidos por mulheres; livros escritos por autoras lésbicas, merecedores de grande reconhecimento. Para além de Safo, pioneira e revolucionária na literatura, porém não única.

Selecionamentos também 15 imagens de mulheres lésbicas responsáveis por marcar gerações. Por fim, trazemos um artigo que reflete sobre como o descobrimento da sexualidade pode vir na infância, através de desenhos e animações que apresentam personagens queer.

O atual conceito de cidadania torna-se torpe e excludente a parir do momento em que se sustenta em um paradigma universal, masculino e heterossexual; as vozes que destoam dessa normatividade são abafadas. E a cultura hegemônica ajuda a moldar essa normatividade quando não aborda o outro, excluindo, assim, o diferente, o que sai da ordem convencional. Cabe às mulheres lésbicas – e não só – se levantar contra o patriarcado para fortalecer a luta por direitos e conquistar um espaço sólido no mundo das artes.

Fonte: Portal Vermelho

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