Claudemir Nonato é eleito vice-presidente da CTB Nacional

Claudemir Nonato é eleito vice-presidente da CTB Nacional

Salvador sediou o 4º Congresso Nacional da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB). Os 1,2 mil delegados presentes elegeram a nova diretoria nacional da CTB, que vai presidir a entidade no próximo quadriênio (2017/2021). A direção continua sendo liderada pelo atual presidente nacional, Adilson Araújo e o PSB-Bahia está bem representado pelo professor e integrante da corrente do Sindicalismo Socialista Brasileiro (SSB), Claudemir Nonato, que foi eleito um dos vice-presidentes.

A bancada de socialistas, liderada por Vicente Selistre, conta ainda com mais dois representantes da Bahia: André Alves (Sindilegis/Direção Plena) e Maria Raimunda (APLB/Suplente Conselho Fiscal), que também foram eleitos na chapa. A nova direção renovou alguns quadros e criou algumas novas secretarias.

Em entrevista, Claudemir Nonato, conhecido como Pig, ressaltou o momento difícil que a classe trabalhadora brasileira está vivenciando e a importância da organização e do crescimento do movimento sindical socialista para intervir nesse processo. O vice-presidente da CTB também reforçou que o movimento precisa de unidade e mobilização para lutar em defesa dos direitos dos trabalhadores.

Confira a entrevista completa:

Qual a sua expectativa para a CTB Nacional com essa nova gestão?

Claudemir: A CTB tem se consolidado como a principal Central na articulação da unidade da classe trabalhadora. A expectativa é que possamos dar continuidade a esse processo de unidade num momento tão difícil que exigirá de todos muita capacidade para entender a realidade e determinação para intervir, para que o país volte a ter um momento de conquistas para os trabalhadores.

Qual é o principal desafio? Já tem alguma meta para o próximo quadriênio?

Claudemir: O principal desafio é a possibilidade de organizar e fazer crescer o movimento socialista através da nossa corrente sindical, o momento exige uma maior organização do movimento. Como meta, temos a construção de uma nova Conferência Nacional da Classe Trabalhadora – a CONCLAT, para que possamos construir o caminho de lutas e as principais bandeiras a serem defendidas pelo movimento sindical.

Quais são os principais obstáculos que serão enfrentados pela categoria nos próximos quatro anos?

Claudemir: Temos uma conjuntura amplamente desfavorável, onde os ataques aos direitos trabalhistas têm ocorrido com intensidade e de maneira tão feroz. A nossa CLT foi rasgada para atender interesses do patronato, temos uma proposta de emenda à constituição que altera o regime previdenciário e significa o fim ao direito à aposentadoria dos mais pobres. O Governo congelou os investimentos públicos por vinte anos, o que vai aumentar os índices de pobreza no país e tem intensificado os ataques a organização sindical. Toda essa pauta negativa exige do movimento muita unidade e capacidade de intervenção.

De que forma a CTB vai tratar os temas que estão sendo discutidos no Congresso Nacional, a exemplo das Reformas Trabalhista e da Previdência?

Claudemir: Com estudo, mobilização, greves, além de convocar os trabalhadores e trabalhadoras a debaterem o processo eleitoral que se avizinha em 2018, possibilitando a eleição de governantes e parlamentares aliados dos trabalhadores.

O que a classe trabalhadora pode esperar da nova gestão? 

Claudemir: Compromisso de classe, unidade e muita luta na defesa dos nossos direitos, da soberania e do patrimônio nacional que está sendo dilapidado por esse governo golpista instalado no planalto central.

 

 

Fonte:  Portal PSB-BA

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