APLB-Sindicato – 58 anos de uma História digna

 

APLB-Sindicato – 58 anos de uma História digna

 

Lutar, com a consciência política de liderar a categoria em busca de uma educação pública e gratuita, de qualidade e digna. Esta é a força que move a APLB-Sindicato nesses seus 57 anos de existência,  completados neste 24 de abril. Em defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores em educação o sindicato não admite submissão a nenhum governo. O apoio a determinada corrente política, como ocorreu na eleição passada demonstra que o sindicato e a categoria queriam se livrar de um domínio autoritário que estava a se perpetuar na Bahia.

 

Não significa, porém, abrandamento da luta. As reivindicações para se chegar à educação pública e gratuita, digna e de qualidade continuam. A diferença é que agora existem canais de negociação, de discussão, e isto não deve ser confundido, intencionalmente ou não, como submissão, de forma nenhuma, a um governo que se elegeu com bandeiras de luta humanitárias e de apoio aos movimentos sociais.

 

A APLB-Sindicato está mais viva do que nunca.

 

Afinal, desde quando onze professoras e professores assinaram a ata da histórica sessão, no longínquo ano de 1952, a entidade só fez lutar pela categoria.

 

Depois dos anos 50 e início dos desenvolvimentistas 60, o Brasil caiu num dos seus período mais tristemente lembrados: a ditadura militar de 64. Mas, mesmo nos chamados anos de chumbo lá estava a APLB, com sua defesa do ensino público e dos trabalhadores em educação.

 

Após 1968, depois do AI-5, a repressão aumentou e fazer uma simples reunião tornou-se difícil e perigoso, mas a APLB marcou seu nome na história lutando para acabar a a discriminação entre contratados e efetivos. E olhe que contrariar a ordem ditada pelos militares era quase impossível, ainda mais na Bahia, onde a ditadura encontrou quem a apoiasse integralmente.  A luta salarial era o ponto crucial, uma vez que os contratados tinham salários bem inferiores aos efetivos. A greve de 1978 foi um marco. Professoras e professores paralisaram todas as atividades de ensino no Estado da Bahia, no mês de junho.

 

No ano seguinte, nova paralisação, que prenunciava a forte presença dos trabalhadores em educação na luta pelos seus pontos específicos, mas também exigindo a volta da democracia e das eleições diretas no País. Em seguida, ampliação das reivindicações, incluindo a luta por uma assembléia nacional constituinte.

 

Derrubada a ditadura militar, a APLB manteve sua postura de luta, sempre colocando a autonomia e a liberdade sindical como princípios básicos. Nesse sentido, nunca é demais reafirmar as conquistas políticas do nosso sindicato, do ponto-de-vista da construção da unidade dos trabalhadores, bem como sua unidade interna.

 

Em 1989, a associação ficara pequena demais para a amplitude desejada pelos associados, e se transforma em Sindicato, para consolidar os direitos conquistados pela categoria dos trabalhadores em educação. Manteve a antiga sigla da associação, uma marca forte e com uma História que só orgulha toda a classe trabalhadora.

 

Na condição de entidade representativa da educação no Brasil é o 3º maior sindicato do Brasil na área da educação, com um universo de 70 mil sócios e estruturada em todo o Estado da Bahia. Tem sido uma referência de luta para o movimento sindical classista.

 

Lutar para conquistar!

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