Em encontro com Secretário de Educação APLB pede revogação de Portaria que privatiza ensino público da Bahia

Em encontro com Secretário de Educação APLB pede revogação de Portaria que privatiza ensino público da Bahia

A diretoria da APLB-Sindicato se reuniu hoje (4), pela manhã, com secretário Estadual de Educação, Jeronimo Rodrigues, para discutir a Portaria 770, que cria a possibilidade de Organizações Sociais (OSs) administrarem escolas estaduais em Salvador, Alagoinhas, Ilhéus e Itabuna.

“Isso faz parte de um projeto neoliberal que quer reduzir o papel do Estado e entregar dinheiro público à iniciativa privada, tendo em vista que as organizações sociais aptas a desenvolver esse processo são exatamente escolas particulares, interessadas em verba pública”, afirmou Rui Oliveira, coordenador-geral da APLB.

Durante a reunião, o secretário fez uma apresentação em defesa do projeto. Em contrapartida, a direção da APLB manifestou posição contrária e argumentou, com provas documentais, que o mesmo modelo foi adotado no estado da Paraíba e, ao contrário do que se pretendia, o ensino público local foi fortemente prejudicado.

“Mostramos a ele o resultado da implantação de tal medida  nas escolas paraibanas, cuja as OSs fizeram intervenção,  inclusive, na parte pedagógica das escolas. Reafirmamos que a entrega da administração das unidades estaduais de ensino a essas organizações faz parte de um processo neoliberal, que atende a interesses privados. Setor público que quer valorizar trabalhador não pode terceirizar serviço”, disse Rui.

Na ocasião, os dirigentes da entidade pediram a revogação imediata da portaria e entregaram uma nota, assinada por centrais sindicais e diversas entidades ligadas à Educação, repudiando a medida.

Jerônimo Rodrigues encerrou o encontro dizendo que a reivindicação das entidades seria analisada pelo governo estadual.

“Reafirmamos que não aceitamos isso. Educação não é mercadoria, não pode ser terceirizada. Inadmissível contratar professor via organização social e entregar a gestão das escolas públicas à organização privada. Tal atitude caracteriza a privatização de parte expressiva das atividades escolares e a terceirização de funções exercidas por professores e funcionários administrativos da Educação”, concluiu o coordenador-geral da APLB.

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