APLB repudia publicação de jornalista que culpa professores e sindicato por índices de reprovação
A APLB-Sindicato repudia a publicação de um artigo do jornalista Cloves Pedreira, no portal A Voz de Feira, que culpa professores (as) e a entidade pelos índices de reprovação de estudantes na rede estadual de ensino. No texto, o profissional de imprensa faz uma curiosa defesa do governador Jerônimo Rodrigues, que, recentemente, apresentou acusações parecidas, quando a categoria se voltou contra a portaria 190, que cria o sistema de aprovação em massa na Bahia.
Para defender o seu limitado ponto de vista, Cloves Pedreira faz acusações graves: que estudantes são maltratados (as) e xingados (as) por professores (as), que profissionais da Educação são ‘incapazes’ e que não dão aulas devidamente, o que, para ele, é uma regra no estado. Sobre a APLB, ele afirma que o sindicato luta por interesses próprios e não tem “a mínima empatia com os alunos”.
São levianas, desrespeitosas e irresponsáveis as acusações feitas por Cloves Pedreira, que não parece compreender o contexto daquilo que escreve. É legítimo que o profissional expresse concordância com a aprovação em massa para defender o governador, mas não é possível admitir que, para isso, atente contra a reputação de uma categoria séria, que oferece permanentes demonstrações de compromisso real com a qualidade da educação pública.
Parte significativa dos (as) profissionais da Educação ingressa no serviço público por meio de rigoroso e concorrido concurso e todos (as), mesmo os (as) temporários (as), trilham o caminho da qualificação, durante a carreira. Há uma infinidade de educadores (as) com especializações, mestrado, doutorado, por exemplo, além das licenciaturas, o que torna totalmente inverídica a acusação de falta de preparo.
A sociedade sabe que não é responsabilidade dos (as) trabalhadores (as) os complexos problemas da Educação da Bahia e também está convencida de que a aprovação em massa não é o caminho para resolvê-los. É preciso uma reforma profunda no sistema estadual, que passa, fundamentalmente, pela valorização dos (as) trabalhadores (as) em Educação e pela garantia de melhores condições de trabalho.
Ao tempo em que repudia o artigo, a APLB-Sindicato também exige uma retratação do jornalista, o mínimo que se espera, diante das absurdas ofensas proferidas no texto.